Junk food danifica o cérebro e afeta a memória a longo prazo

24/04/2024 às 10:002 min de leituraAtualizado em 24/04/2024 às 10:00

O consumo de uma dieta rica em alimentos processados, gorduras saturadas e açúcares simples, não só está associado a problemas metabólicos e obesidade, mas também afeta a função cognitiva, aponta um novo estudo publicado na revista científica Brain, Behavior, and Immunity.

Ao investigar os mecanismos neurobiológicos, os pesquisadores da University of Southern California descobriram que a sinalização da substância acetilcolina no hipocampo estava desregulada em ratos expostos à dieta baseada em junk food, comprometendo funções relacionadas à memória.

A acetilcolina é um neurotransmissor essencial no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico dos mamíferos, incluindo humanos. Ela desempenha múltiplos papéis importantes, principalmente relacionados à transmissão de sinais entre células nervosas e células alvo.

Impactos duradouros

Estudo mostra importância da alimentação durante a adolescência para o desempenho do cérebro pelo resto da vida. (Fonte: Pexels/Pavel Danilyuk/Reprodução)
Estudo mostra importância da alimentação durante a adolescência para o desempenho do cérebro pelo resto da vida. (Fonte: Pexels / Pavel Danilyuk / Reprodução)

O estudo concluiu que o consumo de hambúrgueres, batatas fritas, sorvetes e outros alimentos ultraprocessados na adolescência pode levar a déficits de memória duradouros, especialmente na memória episódica contextual, responsável pela retenção de informações a longo prazo.

Nos testes realizados em laboratório com camundongos, esses déficits persistiram mesmo após a mudança para uma dieta saudável na idade adulta. Desta forma, os estudiosos concluíram que os danos causados pela podem ser difíceis de reverter completamente.

Por outro lado, os cientistas afirmam que, no estudo com ratos, não houve diferenças significativas na memória de reconhecimento de objetos que não dependem do hipocampo, nem foram observados efeitos significativos sobre a ansiedade ou atividade locomotora.

Risco de demência

Outro estudo, que acompanhou 10 mil brasileiros por 10 anos, destacou que consumir mais de 20% das calorias diárias provenientes de alimentos ultraprocessados pode aumentar o risco de declínio cognitivo, provocando doenças como demência.

A dieta rica em gordura, açúcar e alimentos ultraprocessados foram associados a taxas mais rápidas de deterioração das funções executivas do cérebro, que incluem a capacidade de processar informações e tomar decisões.

Homens e mulheres que consumiram mais desses alimentos apresentaram uma taxa 25% mais rápida de declínio das funções executivas e uma taxa 28% mais rápida de comprometimento cognitivo geral em comparação com aqueles que consumiram menos alimentos ultraprocessados.

O que comer para melhorar o cérebro?

Para melhorar a saúde do cérebro e promover uma função cognitiva otimizada, é importante consumir uma dieta balanceada e rica em nutrientes. As frutas e vegetais coloridos, especialmente os ricos em antioxidantes, como morangos, espinafre e couve, ajudam a reduzir o risco de doenças neurodegenerativas.

Os peixes, como salmão, cavala, sardinha e arenque, são ricos em ômega-3. A substância promove a função cognitiva e reduzindo o risco de declínio cognitivo relacionado à idade. Já os ovos são fonte de colina, um componente dos neurotransmissores que ajudam na comunicação entre as células cerebrais.

O café e o chá-verde contêm cafeína e antioxidantes que podem melhorar a concentração, o foco e a memória a curto prazo, além de oferecerem proteção contra o declínio cognitivo.

 

NOSSOS SITES

  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • Logo Mega Curioso
  • Logo Baixaki
  • Logo Click Jogos
  • Logo TecMundo

Pesquisas anteriores: