Misteriosos pulsos cósmicos poderiam ser sinais de atividade alienígena

14/03/2017 às 12:553 min de leitura

Você já ouviu falar a respeito das “rajadas rápidas de rádio”? Elas se referem a um misterioso fenômeno astrofísico que consiste em intensos pulsos de luz de alta energia — elas geram uma energia equivalente à de 500 milhões de sóis! — com duração inferior a 5 milissegundos. Os primeiros sinais desse tipo só foram descobertos em 2007 e, até recentemente, pouco mais de uma dezena deles havia sido detectada pelo Universo.

As rajadas rápidas de rádio são um fenômeno novo

Modelos desenvolvidos pelos cientistas apontaram que cerca de 2 mil dessas emissões podem ocorrer pelo cosmos em um único dia. Contudo, o problema é que, por conta de sua natureza incrivelmente fugaz e aleatória, estudar esses sinais se provou um desafio e tanto. Afinal, por serem de curtíssima duração e acontecerem de forma totalmente randômica, era impossível prever para onde os telescópios deveriam ser apontados para capturar um desses pulsos “no pulo”.

As rajadas poderiam ser resultado do choque entre  estrelas de nêutron

Sem falar que, até onde se sabia, as rajadas consistiam em fenômenos que aconteciam uma vez só; sendo assim, na impossibilidade de acompanhar as emissões de forma consistente, outro desafio era estabelecer o que provoca as rajadas. As teorias mais aceitas são que elas seriam resultado de grandes eventos cósmicos, como a fusão de buracos negros, colisões de estrelas de nêutrons ou explosões de estrelas supermassivas em galáxias distantes, situadas a bilhões de anos-luz de nós.

Mistério

Agora que você já sabe — mais ou menos — o que são as rajadas rápidas de rádio, ficou claro que é bastante difícil se deparar com esses eventos, certo? Pois, algo muito estranho ocorreu no final de 2016... Pela primeira vez desde que as emissões foram descobertas, pesquisadores detectaram um total de 11 rajadas, todas elas originárias de uma mesma região do espaço. E mais: no início deste ano, outros seis pulsos foram detectados vindo do mesmo lugar.

Originárias do mesmo lugar

Os cientistas determinaram que os sinais foram produzidos em uma galáxia anã pouco brilhante situada a mais de três bilhões de anos-luz da Terra, mas não conseguiram identificar a fonte exata das curiosas emissões. Então, uma dupla de cientistas do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica propôs uma explicação alternativa para o fenômeno.

Aliens

Veja, não é que os astrofísicos estejam afirmando que as rajadas rápidas de rádio sejam produzidas por seres de uma civilização alienígena tecnologicamente avançada! Entretanto, segundo explicaram Manasvi Lingam e Avi Loeb — os cientistas em questão —, na falta de determinar uma fonte natural que emita os poderosos sinais, não podemos descartar a possibilidade de que elas sejam provocadas por uma fonte artificial, isto é, por extraterrestres.

Ilustração acima mostra uma imensa vela solar

Uma das hipóteses sugeridas pelos astrofísicos é que as emissões estão associadas com o funcionamento de velas solares — isto é, sistemas de propulsão baseados na ação de fótons usados para impulsionar naves espaciais. Esse tipo de tecnologia ainda se encontra nos estágios iniciais de desenvolvimento aqui na Terra, mas, hipoteticamente, ela viabilizaria viagens pelo espaço a velocidades próximas à da luz e praticamente sem a necessidade de combustível.

Os astrofísicos explicaram que, em teoria, uma civilização alienígena avançada poderia ter essa tecnologia dominada e, portanto, usá-la para realizar viagens intergalácticas. Segundo os cálculos que os cientistas realizaram, a energia emitida pelas rajadas rápidas de rádio seria ideal para alimentar as velas e, alternativamente, na falta de uma fonte natural, os ETs poderiam utilizar um poderoso transmissor de rádio.

Mas esse transmissor teria que ser imenso — com o dobro do diâmetro da Terra — e, primariamente, seria movido a energia solar. Além disso, os cientistas propuseram que o equipamento poderia ser instalado no planeta “lar” dos alienígenas, cobrindo boa parte de sua superfície ou, ainda, se tratar de uma imensa estrutura independente semelhante à hipotética Esfera de Dyson.

A hipotética Esfera de Dyson

Ainda de acordo com os cientistas, para evitar que as velas fossem “fritas” pelos fótons necessários para colocá-las em funcionamento, esse sistema de propulsão necessitaria de um imenso sistema de resfriamento baseado na circulação de água. E as rajadas que são detectadas aqui na Terra poderiam muito bem ser parte da energia usada para impulsionar as velas.

Você acha que os astrofísicos viajaram e que a coisa toda parece saída de um livro de ficção científica? Eles admitiram que a proposta é altamente especulativa e não oferece todas as respostas sobre o fenômeno das rajadas.

Entretanto, os cientistas também disseram que, em se tratando de Ciência, temos que deixar de lado o que acreditamos e atentar para o que as evidências sugerem. Ademais, é sempre válido considerar novas abordagens na hora de solucionar um problema. Afinal, “pensar fora da caixa” muitas vezes leva à resposta certa, não é mesmo? E você, caro leitor, o que acha?

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