7 animais que mudam de sexo e não se enquadram em um gênero específico

20/07/2016 às 14:223 min de leitura

1. Dragões-barbudos

As espécies do gênero Pogona, de répteis, são popularmente conhecidas como dragões-barbudos. Elas têm a capacidade de mudar de sexo ainda no ovo! Os cientistas explicam que os dragões-barbudos geneticamente são do gênero masculino, mas que assumem o papel e as capacidades reprodutivas do sexo feminino.

Muitos cientistas explicam que esse é um fenômeno bastante natural, que ocorre principalmente pela mudança do clima – em laboratórios, animais masculinos se transformaram em femininos quando expostos a altas temperaturas. Isso pode ajudar a entender como será a evolução da espécie com as mudanças climáticas e como isso vai alterar a biodiversidade de outros animais.

Macho vira fêmea com altas temperaturas

2. Peixe-palhaço

Sabe o Nemo? Pois então: quando ele perdeu seus irmãozinhos no começo do primeiro filme, todos eles eram do gênero masculino. Ao longo da vida, entretanto, os peixes-palhaço dominantes se transformam em fêmeas – processo conhecido como dicogamia. As fêmeas possuem um papel importantíssimo na manutenção da espécie, por isso costumam andar na companhia de vários machos. Quando elas morrem, o segundo macho dominante se transforma e assume o papel de fêmea.

Os "Nemos" nascem todos machos

3. Labridae

Já os peixes da família Labridae se comportam ao contrário dos peixes-palhaços: quando o macho dominante morre, é a maior fêmea do grupo que assume o seu papel. Em duas semanas, crescem seus órgãos sexuais masculinos e ela se torna mais agressiva, para garantir que é capaz de proteger o seu território e o seu bando.

Fêmea se torna macho com comportamento agressivo

4. Ariolimax

As lesmas do gênero Ariolimax normalmente possuem uma cor amarelada e até 20 centímetros de comprimento – uma das maiores espécies de lesmas. Elas nascem com os órgãos reprodutores masculinos e femininos, portanto são hermafroditas. Quando “se apaixonam”, normalmente por um indivíduo do mesmo tamanho, elas praticam uma espécie de yin-yang – sim, bem isso que você deve estar imaginando – já que o pênis se encontra na cabeça! Dessa forma, ambas as lesmas saem inseminadas.

Se você achou isso muito bizarro, fique sabendo que tem mais: quando uma lesma não encontra nenhumx parceirx, ela faz uma autoinseminação! Para piorar, a cópula é única. Após a inseminação, uma lesma normalmente é vista roendo o pênis da outra, e os cientistas acreditam que isso tenha a ver com o fato de o órgão ficar preso ou até mesmo que haja uma competição maluca de espermas!

Espécie de lesma pode se autofecundar

5. Choco

O choco, um tipo de molusco, tem uma forma curiosa de “namorar”: em vez de um macho competir violentamente com outro por uma fêmea, ele pode optar por “virar” uma fêmea! Na verdade, eles só “se tornam fêmeas” aos olhos dos rivais, já que, na verdade, estão é tentando atrair a fêmea de verdade. Assim, seus rivais machos acabam ficando confusos e liberam o espaço para o molusco travestido conquistar a fêmea em questão. Engenhoso, hein?

Macho se finge de fêmea para... conquistar uma fêmea

6. Peixe-papagaio

Mesmo com a maioria dos peixes-papagaio nascendo fêmea, elas carregam os órgãos sexuais masculinos. Elas podem se tornar machos a qualquer altura da vida, mas os cientistas não entendem muito bem o motivo para isso – alguns acham que é uma forma de equilibrar a distribuição de gênero da espécie.

Naturalmente fêmea; igualitariamente macho

7. Sapo

Foi provado que o popular herbicida atrazina causa a mudança no sexo dos sapos. O veneno é forte o suficiente para alterar os níveis hormonais dos machos, causando uma espécie de “castração química” que pode, inclusive, matá-los. Seus níveis de testosterona se tornam tão baixos que eles são comparados às fêmeas. Na Europa, o atrazina já foi proibido, mas ele ainda é usado em vários países ao redor do mundo. Acredita-se que 10% dos machos expostos ao veneno se tornaram fêmeas.

Esses “machos transformados em fêmeas” podem se reproduzir com outros machos, mas sua prole será apenas de indivíduos masculinos, o que pode gerar um desequilíbrio na distribuição de gênero das espécies de sapos. Além disso, os pesquisadores temem que a atrazina possa ter influência em outras espécies, e não apenas nesses anfíbios.

Herbicida pode causar mudança de sexo dos sapos

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