G-cans: a tecnologia envolvida na maior galeria subterrânea do mundo

04/02/2013 às 07:502 min de leitura

O projeto G-Cans, concebido para impedir inundações na região de Tóquio, no Japão, esconde uma colossal obra de arquitetura subterrânea – o maior sistema de drenagem construído pelo homem.

A obra está ao norte da capital, em uma região rural na cidade de Kasukabe. Historicamente, a área ao redor de Tóquio sofria com inundações decorrentes de tufões e chuvas de monções. Grandes enchentes no começo dos anos 80 chegaram a atingir diretamente mais de 50 mil pessoas.

A fantástica fábrica de deságue

O projeto começou a ser construído em 1992 e ficou pronto em 2009. Conhecido também como Canal Subterrâneo de Drenagem Externa da Área Metropolitana (Metropolitan Area Outer Underground Discharge Channel), a obra dispõe de 5 cilindros de 65 metros de profundidade e 32 de diâmetro dispostos a cada 6,5 quilômetros de distância entre eles.

Topo de um cilindro na altura do solo, na cidade de Kasukabe (Fonte da imagem: Reprodução/WikiArquitectura)

Esses cilindros estão conectados subterraneamente por túneis a 50 metros abaixo do solo, formando um extenso corredor para abrigar o excedente das chuvas e temporais. Cada cilindro pode conter até 5 milhões de litros de água.

Enormes cilindros drenam a água das chuvas na região de Tóquio (Fonte da imagem: Reprodução/Atlas Obscura)

Os cilindros interligados por esses túneis desbocam em um imenso espaço de 177 metros de comprimento e 78 metros de largura. A ala, chamada de “templo subterrâneo”, tem inacreditáveis 25 metros de altura e é sustentada por 59 pilares de 500 toneladas.

A área é equipada com 78 turbinas que são capazes de bombear até 200 toneladas de água por segundo. O sistema é capaz de conter um enorme volume de água e despejá-lo quando precisar no Rio Edogawa.

Uma sala de controle administra as turbinas do “templo subterrâneo” (Fonte da imagem: Reprodução/Big Empire)

Através de uma sala de controle, localizada junto ao enorme templo embaixo da terra, as turbinas podem ser acionadas para bombear a água até o rio. A gigantesca construção foi planejada para aguentar muito mais água do que a quantidade que costuma atingir a região, mas os habitantes de Tóquio, que nunca mais sofreram com inundações e enchentes, não têm do que reclamar.

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