Igreja Católica já condenava o antissemitismo em 1919

09/04/2021 às 07:002 min de leitura

Ontem (08), durante o Dia de Recordação do Holocausto, ou Yom HaShoah, Paul Gallagher, arcebispo e Secretário de Relações com os Estados do Vaticano, anunciou em um vídeo a descoberta de uma correspondência de 1919 entre a Santa Sé e o Conselho dos Rabinos Askenazi de Jerusalém, que promovia um princípio de fraternidade entre ambas.

A carta, direcionada para o Papa Bento XV, era um pedido de ajuda para que o líder católico utilizasse "toda sua influência e força espiritual para pôr fim a atos de intolerância e medidas antissemitas", que ocorriam contra as comunidades judaicas da Europa Oriental.

(Fonte: Vatican News/Reprodução)(Fonte: Vatican News/Reprodução)

A gravação também serviu para promover a campanha #StopAntiSemitism (Acabe com o Antissemitismo, em tradução livre), criada pela Embaixada de Israel junto com a Sé Apostólica, em comemoração ao 55º aniversário da Nostra Aetate, a declaração da relação da Igreja Católica com religiões não cristãs.

Respeito e fraternidade

Durante seu pronunciamento sobre o documento, o arcebispo afirma que o mesmo serviu como "um processo histórico de reconciliação e compreensão mútua", além de ressaltar a constante necessidade ao respeito do direito de todos.

(Fonte: Wikipedia/Romreise Karin Kneissl/Reprodução)(Fonte: Wikipedia/Romreise Karin Kneissl/Reprodução)

"O respeito ao direito dos outros à vida e à integridade física, às liberdades fundamentais, isto é, à liberdade de consciência, de pensamento, de expressão e de religião, nos permite construir juntos um clima de paz de fraternidade, como recordado muitas vezes pelo Papa Francisco em sua encíclica Fratelli tutti", explicou o Secretário.

Desaprovação ao antissemitismo

Gallagher também frisou "a condenação do antissemitismo em todas as formas e espécies", dizendo que não foi algo que surgiu do nada, mas sim um "fruto de atitudes amadurecidas no decorrer dos anos anteriores". 

"Já em 1919, dentro destes nossos muros, circulava a firme convicção de que o princípio da fraternidade não poderia ser pisoteado pela fúria antissemita e se esperava que o direito à religião fosse respeitado", salientou o prelado.

(Fonte: Vatican News/Reprodução)(Fonte: Vatican News/Reprodução)

O arcebispo também reiterou que o documento de 1919 é um exemplo claro que não era possível tolerar qualquer forma de antissemitismo, sendo necessário muito trabalho para combatê-lo. Como as ações de Dom Angelo Rotta, núncio apostólico húngaro reconhecido como Justo entre as Nações por sua luta para salvar muitos judeus durante o período do Holocausto.


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