Qual foi o 1º livro proibido da história?

04/10/2021 às 04:002 min de leitura

Na década de 1630, o colonizador, advogado e escritor Thomas Morton lançou uma obra literária que logo pegaria todo seu público de surpresa. Isso porque o texto New English Canaan, ao denunciar severamente e de forma herética os costumes puritanos, foi declarado como o primeiro livro banido da história, acusado de atacar os bons costumes e desafiar as autoridades vigentes.

Nascido em Devon, Inglaterra, em 1579, Thomas Morton veio de uma família anglicana conservadora e pertencente à nobreza. Durante boa parte de sua vida, o escritor se dedicou ao estudo das colônias europeias e ao estilo atmosférico “Old English”, considerado dedicado ao paganismo por muitos integrantes do puritanismo. Logo, seu nome passou a ser conhecido como relacionado aos costumes proibidos do velho mundo, incluindo inclinações à libertinagem e à ilegalidade.

Segundo palavras de Morton, os nativos americanos tinham uma cultura mais “civilizada e humanitária” que a dos “vizinhos europeus intolerantes”, exaltando uma formal liberal do cristianismo que supostamente envolvia relações sexuais imorais com mulheres nativas, orgias com bebida em homenagem a Baco e Afrodite, e a exaltação em meio a uma colônia que surgia como uma das mais prósperas na Nova Inglaterra: Merrymount.

(Fonte: Wikipedia / Reprodução)(Fonte: Wikipedia/Reprodução)

Foi então que Morton decidiu se estabelecer de vez como antipuritano ao lançar uma das obras mais controversas para o dogma. Em 1637, a chegada do livro New English Canaan surgiu como uma das maiores ofensas aos grupos religiosos ingleses, com inspirações no polêmico texto  A Mãe do Cupido e levando referências eróticas repletas de “odes pagãos” para os antigos deuses Netuno e Tritão.

O castigo

Antes de publicar New English Canaan, Morton já havia sido preso e exilado na ilha deserta de Shoals, onde foi levado pela polícia de Plymouth para morrer de fome. Anos depois, após ser ajudado por nativos e resistir às condições adversas, ele retornou para o continente e decidiu se vingar de seus inimigos declarados, lançando um livro em três volumes em que denunciava o puritanismo e sua política de cerco de terras.

Imediatamente o texto foi banido da Nova Inglaterra e Morton, após retornar para sua colônia com o fim da Guerra Civil Inglesa (1642-1651), foi acusado de ser um “agitador” monarquista. Porém, sem evidências claras sobre seus crimes, o colonizador acabou indo trabalhar em plantações no Maine e morreu em 1647, aos 71 anos.

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