As atrocidades cometidas por Mussolini não conheceram limites

09/10/2021 às 08:003 min de leitura

Benito Mussolini (1883-1945) foi um monstro, e os crimes que cometeu falam por si só, ainda que, por vezes, fiquem perdidos em meio aos horrores sem precedentes desempenhados pelo Japão e pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial — considerado o período em que ocorreram os piores crimes contra a humanidade.

O regime fascista que ele estabeleceu na Itália pós-Primeira Guerra Mundial, em 1921, fomentou mudanças que o mantiveram no controle do país por 15 anos, usando força bruta para se manter no poder e ajudar Adolf Hitler (1889-1945) a tentar dominar a Europa.

Além de subverter todos os pilares democráticos do país ao pregar o nacionalismo revolucionário, estabeleceu uma autoridade ditatorial por meio ilegais, assassinou seus inimigos políticos, aprovou invasões, reprimiu a classe trabalhadora, privou a liberdade de expressão e priorizou os ricos — o líder fascista conseguiu ser ainda mais inescrupuloso.

Guerra química

(Fonte: Genially/Reprodução)(Fonte: Genially/Reprodução)

No final da década de 1890, a Itália fracassou ao tentar ocupar e controlar a Abissínia (atual Etiópia), a única nação independente em todo o território, enquanto todo o continente africano era atacado, invadido, colonizado e explorado pelas potências europeias, especialmente a britânica e a francesa.

Com o declínio do tráfico negreiro, o colonialismo foi visto por essas mesmas potências como a maneira mais lucrativa para manter o dinheiro entrando. Em meados de 1935, Mussolini tentou invadir a Abissínia usando uma disputa de fronteira com a Somalilândia como desculpa.

(Fonte: BBC/Reprodução)(Fonte: BBC/Reprodução)

Em maio do ano seguinte, a capital Addis Ababa não resistiu e cedeu nas mãos do exército italiano, lançando o imperador Haile Selassie I (1892-1975) a um exílio forçado. Para manter uma fachada, Mussolini vendeu a invasão ao povo italiano como um método de conseguir empregos para os desempregados e colocar recursos naturais de outra nação nas mãos da Itália que, segundo ele, eram essenciais para combater os efeitos da Grande Depressão.

O ditador violou imediatamente a Convenção de Genebra, que tinha várias falhas na época, no momento em que ordenou que seus soldados usassem gás mostarda como arma química para combater o exército da Abissínia. No entanto, muitos civis e a própria Cruz Vermelha foram atacados pelos soldados, resultando na morte de mais de 100 mil etíopes por envenenamento.

Alianças malignas

(Fonte: Genially/Reprodução)(Fonte: Genially/Reprodução)

O poder de Mussolini cresceu, e a situação piorou quando ele firmou o chamado Pacto de Aço, em 22 de maio de 1939, com Adolf Hitler — concretizando os piores temores dos Estados Unidos, que esperavam se manterem neutros em relação ao regime fascista italiano.

Em 6 de abril de 1941, a Alemanha e a Itália lançaram ataques simultâneos à Iugoslávia e à Grécia, que era a última grande aliada da Inglaterra que ainda se mantinha "em pé" na Europa. Com a invasão do Eixo, a Iugoslávia se viu em meio a uma guerra civil.

O general italiano Mario Roatta (887-1968) ordenou que os suspeitos inimigos do exército italiano fossem presos e executados, e tantos outros transportados para campos de concentração. Os soldados também deflagraram um rastro de terror pelo país, queimando casas, destruindo aldeias e terrenos agrícolas para poder colocar todos de joelhos.

(Fonte: HIstoric Clothing/Reprodução)(Fonte: HIstoric Clothing/Reprodução)

Já a Grécia foi controlada por Mussolini desde sua invasão e ocupação, com seus recursos esgotados até o máximo após ter derrotado a Itália em uma guerra insípida vários anos antes, que deixou mais escombros do que a Primeira Guerra Mundial para a Inglaterra. Os gregos até tentaram resistir, mas Mussolini coibiu qualquer tentativa com execução à primeira vista.

O processo de destruição que sofreu a Iugoslávia não foi muito diferente da Grécia. Aldeias inteiras também foram queimadas, bem como fazendas, e civis pendurados pelas ruas ou arrastados em tanques para dar o exemplo. No entanto, em vez de se ajoelharem à dominação, o instinto de resistência apenas cresceu, levando à expulsão do exército italiano em 1943 do território, mas não antes de sofrer de uma fome generalizada que "soprou a vida" para fora dos corpos de 300 mil gregos.

Mas esses dois países não foram os únicos a serem massacrados pela política genocida de Mussolini, pois o mesmo aconteceu com a Líbia na mesma época. Resistindo à ocupação desde 1912, o povo líbio foi alvo de ataques brutais, baleados diariamente nas ruas ou atropelados por tanques de guerra de maneira deliberada ou transportados por aviões apenas para serem torturados e jogados em pleno ar.

(Fonte: The Guardian/Reprodução)(Fonte: The Guardian/Reprodução)

Os beduínos foram expulsos do país ou forçados a campos de concentração e trabalho escravo, sucumbindo a surtos de doenças que ocasionaram a morte de cerca de 40 a 100 mil pessoas, conforme dados do TheInfoList. As crianças também não escaparam das atrocidades feitas pelo exército italiano, que as estuprou até a morte, bem como as mulheres.

Todo o horror disseminado por Mussolini durou até 25 de julho 1943, após 3 anos lutando na Segunda Guerra Mundial, em que o povo italiano sofreu grandes baixas devido ao seu nível de despreparo para lutar em um conflito daquela magnitude. O homem ainda governou no norte do país a mando das forças nazistas que invadiram a Itália, porém ele foi obrigado a fugir quando os Aliados invadiram o país em 1945.

Benito Mussolini encontrou seu fim em 28 de abril daquele ano, executado no vilarejo de Giulino di Mezzegra, no norte da Itália, por guerrilheiros antifascistas.

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