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Buracos negros em miniatura podem estar viajando pelo espaço neste momento

30/08/2016 às 04:473 min de leitura

Conforme nós aqui do Mega Curioso já contamos para você, os buracos negros são regiões do espaço incrivelmente densas nas quais a gravidade é tão (tão) poderosa que nada, nem mesmo a luz, é capaz de escapar de sua atração — uma vez se ultrapasse o que os físicos chamam de horizonte de eventos, ou seja, o ponto no limite dos buracos negros a partir do qual não existe mais escapatória.

Além disso, nós também já explicamos que os buracos negros são deformações criadas no tecido espaço-tempo depois que estrelas supermassivas — com massas entre 20 e 100 vezes superiores do que a do nosso Sol — entram em colapso, o que significa que eles são bem (bem) grandes.

Representação artística de uma dessas temidas estruturas

Aliás, por conta dessas características, é bom que você saiba que seria uma péssima ideia se aproximar muito de uma dessas regiões do espaço — e você pode descobrir o que seria do Sistema Solar, da Terra ou de um ser humano se isso (por azar) acontecesse através deste link, deste aqui e deste também. Portanto, o que vamos explicar agora para você não é o que podemos chamar de boa notícia.

Composição cósmica

De acordo com Dave Mosher, do portal Business Insider, os astrofísicos acreditam que o cosmos está infestado de miniburacos negros que se formaram nos primórdios do Universo e estão viajando por aí feito balas cósmicas. Segundo os cientistas, essas deformações têm massas que variam do equivalente à massa de um asteroide até à da nossa Lua, e a maioria teria o tamanho aproximado do pinguinho que colocamos sobre a letra “i”.

Pequenos, mas poderosos

Os astrofísicos deram com essa teoria depois de imaginar uma série de cenários para explicar do que o Universo é feito. Segundo Dave, cerca de 80% são compostos pela matéria escura — e os cientistas sabem disso porque ela exerce força gravitacional no restante do cosmos, constituído pela matéria comum. Entretanto, embora a matéria escura possa ser medida, nenhuma partícula dela jamais foi detectada. E é aqui que entram os miniburacos negros.

Pequeninos

Na falta de partículas que comprovem a existência da matéria escura, alguns pesquisadores propuseram a existência de buracos negros de dimensões diminutas, medindo cerca de 0,25 milímetro de diâmetro — ou o equivalente à largura de um fio de cabelo — no caso de que eles possuam massa inferior à da Lua. Outros, com massa semelhante à de um asteroide, seriam mais minúsculos ainda, medindo menos do que um único átomo.

Não se deixe enganar

Mas não se deixe enganar pelo tamainho dos pequenos! Conforme explicamos no início da matéria, os buracos negros são extremamente densos, e mesmo os que contam com dimensões reduzidas seriam capazes de fazer belos estragos.

Embora os astrofísicos não estejam apostando todas as suas fichas na teoria de um Universo infestado de buraquinhos negros — no fundo, os cientistas acreditam que a existência da matéria escura será comprovada mais cedo ou mais tarde —, caso essas deformações tenham massa inferior à da Lua, nós, terráqueos, certamente notaríamos a sua aproximação.

Efeitos

Para começar, os miniburacos negros (do tamanho de pontos) afetariam as órbitas de todos os satélites que estão ao redor da Terra. Além disso, se um ser humano resolvesse chegar muito perto de um deles, os físicos não descartam a possibilidade de que o xereta pudesse morrer no encontro — já que os miniburacos negros, mesmo pequenos, funcionariam como espécies de balas cósmicas e produziriam graves danos ao gerar calor intenso e deformar o corpo por meio de sua força gravitacional.

Será que eles estão perambulando por aí?

Já no caso dos buracos negros com o tamanho aproximado de um átomo, os físicos acreditam que eles provavelmente já desapareceram há muito tempo — como resultado de um fenômeno natural conhecido como Radiação Hawking.

Mas não precisa se preocupar — nem procurar uma caverna subterrânea para se esconder! Se esses diminutos monstrinhos existirem mesmo, os pequeninos só passariam pelas nossas vizinhanças uma vez a cada milênio, enquanto os maiorezinhos só passariam entre a Terra e o Sol uma vez a cada 100 milhões de anos, aproximadamente.

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