Raras atualmente, as lobotomias viveram um período de relativa crença científica, mas nunca entregaram resultados que as justificassem.

<p>No século XX, uma famosa intervenção cirúrgica em áreas específicas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> foi muito usada como tratamento de problemas relacionados à saúde mental. <strong>Na lobotomia, conexões cerebrais eram cortadas para oferecer uma vida melhor aos pacientes.</strong> Seu surgimento, na década de 1940, marca um período em que não havia tratamentos eficazes para pacientes com doenças mentais graves.</p><p>Por essa razão, o neurologista português <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123505-lobotomia-6-fatos-impactantes-para-entender-a-pratica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egas Moniz</a> desenvolveu o método, aplicado desde pacientes com esquizofrenia, depressão grave ou até para controle de agressividade. Para uma minoria que apresentou melhorias, outra parcela perdeu a capacidade de comunicação, outros a coordenação motora, enquanto alguns entraram em estado vegetativo.</p><h2>1. EUA lobotomizou veteranos da Segunda Guerra Mundial</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06153643087170.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Para lidar com os resquícios da guerra, veteranos foram lobotomizados. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Guerras são episódios terríveis que deixam sequelas eternas em seus combatentes. Após o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, o governo dos Estados Unidos, na tentativa de contornar os problemas de saúde mental de seus soldados, lobotomizou aproximadamente 2 mil veteranos com diagnósticos de esquizofrenia, depressão e psicose.</p><p>O exército norte-americano estava com dificuldade para lidar com eles e tinha poucas opções de tratamento. A lobotomia, então, foi vista como última medida para controlar o comportamento violento desses soldados.</p><p>Muitos acabaram gravemente incapacitados, tendo seu intelecto e funções cognitivas reduzidas. Outros morreram logo após o procedimento, o que levou o exército a ser duramente questionado.</p><h2>2. Procedimento foi utilizado para "curar" homossexualidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06155642408182.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Considerada uma doença mental na época, a homossexualidade foi tratada com lobotomia. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Em meados do século XX, a lobotomia foi utilizada como técnica para "curar" pessoas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123778-o-comportamento-homossexual-surgiu-antes-ou-depois-na-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homossexualidade</a>. Ainda que a extensão de seu uso para tal finalidade seja desconhecida por falta de documentação, há evidências de que o doutor Walter Freeman, principal médico praticante da lobotomia nos Estados Unidos, tenha realizado o procedimento em vários homens gays — cerca de 40% de seus pacientes.</p><p>Na época, a homossexualidade era considerada uma doença mental, ao que psiquiatras e médicos acreditavam poder "curar" utilizando a lobotomia e outros procedimentos invasivos. Pacientes considerados "desviantes" em função de sua orientação sexual eram frequentemente lobotomizados.</p><h2>3. Mais mulheres passaram por lobotomia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06160122519184.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Mulheres foram maior número entre pacientes do procedimento. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Os números mudam a cada país e hospital, mas as estimativas sempre mostram que mulheres sofreram mais lobotomias do que homens. Nos anos iniciais de execução do procedimento, 5 em cada 6 pacientes do doutor Freeman eram mulheres.</p><p>Nos Estados Unidos, 75% das lobotomias durante a década de 1940 foram realizadas em mulheres, número que ficou em 60% na década seguinte, ainda que os homens fossem o maior número entre os pacientes psiquiátricos.</p><p>A disparidade de gênero foi motivada, principalmente, pelas normas e expectativas sociais acerca do comportamento feminino na época. O que era considerado como não "normal" tornava as mulheres como candidatas adequadas para a lobotomia.</p><h2>4. Rosemary Kennedy, irmã de JFK, foi lobotomizada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06160435327190.jpg" alt="(Fonte: NPS/JFK Library Foundation/Reprodução)"><figcaption>Nem mesmo a filha de uma das famílias mais tradicionais dos EUA escapou da lobotomia. (Fonte: NPS/JFK Library Foundation/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A família Kennedy é frequentemente apontada como uma espécie de realeza norte-americana e, como toda família real, ela guarda seus próprios segredos. Um deles foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114735-lobotomia-o-mais-abominavel-capitulo-da-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rosemary Kennedy</a>, a irmã mais velha do ex-presidente JFK. Quando tinha 23 anos, Rosemary foi submetida a um procedimento de lobotomia a mando de seu pai.</p><p>Ela havia tido uma infância com desenvolvimento mais lento do que seus irmãos, mas conseguia participar da convivência familiar. Porém, na década de 1940, após retornar de Londres, seu comportamento passou a mudar. Considerada irritadiça, passou por uma lobotomia de modo a evitar suas mudanças de humor, por vezes violenta.</p><p>Incapacitada, passou a não conseguir cuidar de si mesma, sendo enviada para um colégio para crianças excepcionais no Wisconsin, onde viveu o resto da vida sendo cuidada por freiras. Sua lobotomia foi um segredo até 1987, quando os detalhes de seu procedimento se tornaram públicos.</p><h2>5. Uma vida foi perdida por uma foto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06160724458193.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>O desejo por uma foto ceifou a vida de um paciente. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Entre as inúmeras atrocidades cometidas pelo doutor <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123505-lobotomia-6-fatos-impactantes-para-entender-a-pratica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Walter Freeman</a>, uma bem absurda levou à morte de um paciente. Em 1951, enquanto realizava uma lobotomia em um paciente do Cherokee State Hospital, Freeman interrompeu a cirurgia para tirar uma fotografia.</p><p>Para conseguir bater a foto, precisou soltar o instrumento cirúrgico que estava utilizando, que acidentalmente afundou no cérebro do paciente, resultando em sua morte. Nem mesmo isso impediu que ele seguisse realizando operações por mais 16 anos.</p>

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5 fatos desconcertantes sobre as lobotomias pela história

O seu cocô pode estar indicando informações que você não está captando.

<p>Dentre as funções corporais, uma das mais importantes é fazer cocô. Muita gente evita falar sobre isso, mas o fato é que o bom funcionamento do intestino é fundamental para a nossa saúde. Não por acaso, o órgão também é chamado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121520-por-que-o-intestino-e-o-nosso-segundo-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">segundo cérebro</a>.</p><p>E o fato é que o seu cocô pode estar querendo falar coisas que nem sempre você está disposto (ou preparado) para ouvir. Mas é importante saber o que os movimentos intestinais estão nos indicando.</p><h2>1. A frequência no banheiro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/05/05104932201000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Não há uma conta exata sobre a frequência ideal das evacuações. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Diferente do que às vezes a gente pensa, não há uma conta exata sobre o que seria o ideal quando falamos em números de evacuações por período. Mas, se formos buscar uma métrica, poderíamos falar que entre três vezes por dia e três vezes por semana é considerado normal.</p><p>A quantidade de vezes que fazemos cocô pode ser influenciada por vários fatores. Um dos mais importantes é a dieta. Comer alimentos ricos em fibras é um primeiro passo para regular o intestino. O segundo ponto é a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125522-leite-hidrata-mais-que-agua-afinal-o-que-e-melhor-na-hora-de-repor-os-liquidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hidratação</a>: a água mantém as fezes macias e torna a evacuação mais fácil.</p><p>Mas estar fazendo cocô com muita frequência também pode ser algo a se prestar atenção. Se você está evacuando muito, isso pode indicar mudanças na dieta ou até algum problema de saúde. Se desconfiar disso, o ideal é sempre procurar um médico.</p><h2>2. Flutuar ou boiar?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/05/05105757771003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>É preferível um cocô que afunde no vaso. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Outro aspecto que costuma ser debatido é esse: por que o cocô às vezes afunda no vaso, e noutras vezes boia? O que seria considerado mais saudável? Para entender isso, é importante compreender a composição das nossas fezes.</p><p>Basicamente, nosso cocô é composto de água, fibras, bactérias e resíduos do sistema digestivo. A densidade das <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128519-por-que-as-fezes-sao-fedidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fezes</a> se modifica por vários fatores, o que inclui a dieta, níveis de hidratação e quão bem o nosso corpo absorve os nutrientes.</p><p>Com isso, chegamos à conclusão de que normalmente o cocô saudável deve afundar na privada. A alta densidade das fezes tende a indicar uma hidratação adequada e uma alimentação balanceada. Se seu cocô sempre boia no vaso, isso pode ser um indicativo de má absorção de nutrientes e uma dieta rica em gordura. Por isso, é bom se atentar a esse sinal se isso acontece frequentemente.</p><h2>3. Cores no cocô</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/05/05110917362005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Há uma vasta paleta de cores para as nossas fezes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>No que diz respeito às cores, o cocô também pode estar manifestando algo para nós. Há algumas variações na paleta, como o marrom clássico ou o escuro, lembrando um café forte. Esses dois tons costumam indicar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125447-5-animais-com-sistemas-digestivos-completamente-intrigantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema digestivo</a> funcionando normalmente.</p><p>Mas o cocô pode apresentar tons de verde – o que indicar o consumo excessivo de folhas ou de alimentos com corante alimentar verde. Nesse caso, é preciso se atentar quanto tempo isso dura.</p><p>Outras tonalidades possíveis são o esbranquiçado e o vermelho. No último caso, isso pode indicar consumo de beterraba, por exemplo, mas também a presença de sangue. Já o branco pode significar uma obstrução no ducto biliar. Por isso, o ideal é monitorar e, em caso de preocupação, procurar o médico.</p><h2>4. A temida prisão de ventre em viagens</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/05/05111346923006.jpg" alt="A prisão de ventre em viagens é um problema muito comum. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A prisão de ventre em viagens é um problema muito comum. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Muita gente sente que, quando viaja, experimenta uma incômoda <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111384-prisao-de-ventre-monstra-faz-mulher-perder-memoria-dos-ultimos-10-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prisão de ventre</a>. Se isso ocorre com você, saiba que há uma explicação científica: ela é causada pelo cérebro.</p><p>Isso ocorre porque o cérebro recebe um sinal de que não estamos em um ambiente normal e seguro, o que pode desencadear uma resposta ao estresse, liberando hormônios como o cortisol e desacelerando a produção de cocô.</p><p>A mudança na rotina também impacta. Nosso intestino gosta de previsibilidade. Quando mudamos o nosso ritmo de horários, de refeições e de alimentos consumidos, isso pode confundi-lo. Por fim, há a falta de hidratação, já que às vezes bebemos menos água quando viajamos, o que endurece as fezes.</p><p>Portanto, para evitar esse problema, o fundamental é prevenir: beber bastante água e comer lanches ricos em fibras costuma ajudar a manter o bom funcionamento das coisas.</p>

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4 coisas que o seu cocô pode estar dizendo a você

A eleição de Nelson Mandela em 1994 marcou o fim do regime segregacionista na África do Sul.

<p>Morto em 2013, o líder sul-africano <a href="https://www.tecmundo.com.br/google/59277-nelson-mandela-homenageado-doodle.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nelson Mandela</a> segue até hoje como uma grande referência de líder político. Seu período na presidência de seu país, entre 1994 e 1999, é considerado um marco, pois decretou o fim do regime de <i>apartheid</i>, que separava legalmente as pessoas brancas e as negras.</p><p>A eleição que o levou ao poder ocorreu em 27 de abril de 1994 e Mandela assumiu a presidência há exatos 30 anos, em 10 de maio do mesmo ano. Três décadas depois, vale a pena refletir sobre como está o país após a abolição do projeto segregacionista que existia na África do Sul.</p><h2>O que foi o <i>apartheid</i>?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08192507592321.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Manifestação de boicote ao Apartheid. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121781-6-fatos-provando-que-o-apartheid-foi-pior-que-imaginamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>apartheid</i></a> foi um sistema político estabelecido na África do Sul e que foi vigente entre os anos de 1948 e 1994. Era sustentado por um partido de extrema direita que promulgou uma legislação segregacionista, que promovia privilégios para a parcela branca da população.</p><p>Extremamente impopular, o regime só se sustentou por décadas por conta da censura e do uso da violência por parte do governo. Mas movimentos de resistência a ele sempre existiram, e um de seus principais líderes foi Nelson Mandela.</p><p>Nascido em 1918, Mandela ingressou em 1939 no curso de Direito da Universidade de Fort Hare, a primeira Universidade da África do Sul a ministrar cursos para negros. Entretanto, por se envolver com o movimento estudantil em protestos contra a falta de democracia racial, ele foi obrigado a abandonar o curso.</p><p>Foi então que se mudou para Joanesburgo, onde se engajou cada vez mais na luta contra o <i>apartheid</i>. Em 1944, ao lado de Walter Sisulo e Oliver Tambo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107359-conheca-8-casos-do-efeito-mandela.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mandela</a> fundou a “Liga Jovem do Congresso Nacional Africano (CNA)”, que logo se tornaria o principal instrumento de representação política dos negros.</p><p>Ao longo de sua vida, Nelson Mandela foi acusado de vários crimes, como o de conspiração. Em 1964, foi condenado à prisão perpétua – no total, ele permaneceria 27 anos preso na Ilha de Robben. Mas a crítica internacional ao <i>apartheid</i> só aumentava e, em 11 de fevereiro de 1990, o presidente da África do Sul, Frederik de Klerk, finalmente libertou Mandela.</p><h2>O governo de Nelson Mandela</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08193322703323.jpg" alt="Nelson Mandela priorizou a reconciliação do seu país. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Nelson Mandela priorizou a reconciliação do seu país. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em abril de 1994, ocorreram as primeiras eleições multirraciais no país, e Nelson Mandela foi eleito democraticamente. Estava estabelecido finalmente o fim do <i>apartheid</i>. Mas isso não significou, claro, mudanças imediatas.</p><p>Durante o seu período na presidência, o governo de Mandela conseguiu aprovar muitas leis a favor da população negra. Em 1995, foi estabelecida a Comissão de Verdade e Reconciliação, com o intuito de analisar as violações de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110416-direitos-humanos-70-anos-da-declaracao-da-onu-e-a-polemica-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">direitos humanos</a> cometidas durante o <i>apartheid</i>.</p><p>Embora o clima fosse, por muito tempo, de sensação de injustiça e desejo de vingança, Nelson Mandela preferiu espalhar o sentimento de conciliação nacional. Em 2006, ele foi premiado pela Anistia Internacional por sua luta em favor dos direitos humanos. Mas antes disso, em 1993, ele foi agraciado com o prêmio <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116010-como-e-o-processo-de-nomeacao-ao-premio-nobel-da-paz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nobel da Paz</a>.</p><h2>A África do Sul, 30 anos depois</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08195321294325.jpg" alt="Três décadas após o fim do apartheid, a África do Sul segue enfrentando crises. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)."><figcaption>Três décadas após o fim do apartheid, a África do Sul segue enfrentando crises. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Trinta anos depois do seu fim, há muitos pesquisadores que discutem sobre quais foram as consequências do encerramento do regime segregacionista e qual foi o legado deixado por Nelson Mandela. De acordo com Thula Simpson, historiador do <i>apartheid</i> na Universidade de Pretória, o sistema político teria chegado ao fim por razões obscuras.</p><p>“Não houve nada de benevolente ou voluntário na retirada do governo branco. Foi porque havia uma crítica interna ao <i>apartheid</i> e as pessoas basicamente diziam: 'Para manter a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117027-chineses-atingem-supremacia-quantica-com-computador-fotonico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">supremacia</a> branca, é preciso manter a sobrevivência branca'", explicou à Al Jazeera.</p><p>Ou seja, o <i>apartheid</i> foi encerrado por pressão política, causada inclusive pela resistência dos sul-africanos negros. A África do Sul estava ficando cada vez mais isolada por conta das crescentes sanções econômicas, o que envolvia, por exemplo, o fim do comércio com a Jamaica e até a proibição em participar de eventos esportivos.</p><p>Desde 1994, muita coisa mudou no país, já que agora todos os residentes, independentemente da raça, são iguais e livres perante a lei. Ao menos na teoria, já que especialistas defendem que ainda há muita <a href="https://www.megacurioso.com.br/economia/101731-6-dados-sobre-a-desigualdade-no-mundo-que-vao-deixar-voce-chocado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desigualdade</a> no país, que atinge sobretudo a população negra.</p><p>As deficiências estruturais do país seguem existindo e atingem especialmente as pessoas mais pobres. É comum que essa população sofra com falta de luz e água. “Toda a rede não foi mantida e agora o colapso está a espalhar-se até para áreas onde não era a norma. Isso afeta principalmente as pessoas pobres”, afirmou Simpson.</p><p>Em 2022, o Banco Mundial classificou a África do Sul como o país mais desigual do mundo. Alguns pesquisadores consideram que este é um país sem classe média – o que significa que há uma distância muito grande entre os mais ricos e os mais pobres. Cerca de 10% da população controla 80% da riqueza, afirma um relatório do Banco Mundial.</p><p>Outro dado importante é o nível de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122702-emprego-as-10-areas-em-que-brasileiros-mais-encontram-trabalho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desemprego</a>, que atinge 33% e é um das maiores do mundo. Ao mesmo tempo, entre os brancos, 7,5% da população está desempregada. Soma-se a isso o dado de que os negros representam 80% da população empregável, enquanto os brancos ocupam 62,9% dos cargos de gestão nas empresas.</p><p>Ou seja, 30 anos depois, a África do Sul segue enfrentando grandes desafios. Thapelo Mohapi, secretário-geral do maior movimento sul-africano de moradores de favelas, explica: "a classe trabalhadora está sendo explorada, e as pessoas recebem uma miséria para trabalhar longas horas, e os serviços não são prestados aos pobres e marginalizados neste país. Essa é uma situação que acontece no mundo inteiro. Estamos vendo o capitalismo chegar até nós, e se nós não enfrentarmos o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121218-6-ideologias-politicas-ou-economicas-que-voce-deve-entender.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">capitalismo</a>, continuaremos a ser explorados", afirma em depoimento ao <i>Brasil de Fato</i>.</p>

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Nelson Mandela: qual é o seu legado após 30 anos do fim do apartheid?

Por incrível que pareça, é difícil definir qual é a maior entre as espécies de urso.

<p>Qual é a maior espécie do urso do planeta? Por incrível que pareça, não há uma resposta fácil a essa pergunta. O mais comum é que se responda que, no topo de uma "competição" entre as espécies, o urso polar esteja em primeiro lugar.</p><p>Ocorre que, se incluirmos as subespécies de urso nesta comparação, a coisa fica mais complicada. O critério de maior também é abstrato: pode-se pensar em termos de peso e altura médios, ou nos maiores ursos já registrados pelos pesquisadores. Mas uma coisa é certa: o urso polar e o urso Kodak ficam no pódio.</p><h2>As diferenças entre o polar e o Kodiak</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/04/04113119150003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Só existem 3500 ursos Kodiak, e todos eles vivem em um arquipélago do Alasca. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Mundialmente reconhecido pelo seu tamanho, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/54516-conheca-alguns-fatos-e-curiosidades-sobre-os-ursos-polares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">urso polar</a> é também o maior carnívoro terrestre do mundo. Estes ursos não têm predadores naturais e são conhecidos por conta da sua boa adaptação ao clima ártico, onde vivem no gelo e convivem com focas, morsas e baleias.</p><p>Os ursos polares adultos podem ter até 2,7 metros de comprimento e atingir uma altura de 1,5 metro quando estão de pé. Mas o mais impressionante neles é o peso: eles atingem entre 362 e 590 kg. Contudo, já houve o caso de um urso no Mar de Chukchi, a oeste de Kotzebue, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127646-5-lugares-completamente-assombrados-no-alasca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alasca</a>, que chegou a 1.000 kg. Infelizmente, ele foi abatido a tiros em 1960.&nbsp;</p><p>Por outro lado, temos também o urso Kodiak, que é uma subespécie de urso pardo. Eles só habitam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128396-5-coisas-excepcionalmente-curiosas-que-ja-foram-encontradas-em-ilhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arquipélago Kodiak</a>, localizado no Alasca, e restam apenas 3500 ursos desse tipo. Sua alimentação é semelhante à dos ursos pardos: comem salmão, roedores, frutas, carniça, raízes e gramíneas.</p><p>Os pesquisadores creem que esses ursos surgiram há cerca de 12 mil anos por conta de uma mutação do urso pardo. Em relação aos seus parentes mais antigos, o urso Kodiak é maior e mais atarracado. Outra característica é que eles variam em tamanho em termos sexuais, o que significa que os machos são maiores que as fêmeas, e podem chegar a até 3 metros de comprimento.</p><p>Em relação ao peso, o urso Kodiak pode pesar até duas vezes mais que o urso pardo, alcançando até 635 kg. O maior Kodiak já registrado chamava-se Golias e vivia no Zoológico Space Farms em Sussex, Nova Jersey, no início dos anos 1980. Seu peso era impressionante: atingia mais de 900 kg.</p><h2>Qual é maior: polar ou Kodiak?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/04/04113058250001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>O urso polar tende a se tornar menos pesado devido a mudanças climáticas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Tendo todas essas informações em mente, fica difícil cravar uma resposta definitiva sobre qual seria o maior urso do planeta. Será que se pode falar de um impacte técnico? A escolha se complica quando se leva em consideração aspectos sazonais, pois o peso dos ursos diminui muito na primavera, e sobe no outono, quando eles começam a se preparar para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121179-o-que-acontece-com-os-animais-ao-hibernar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hibernar</a>.</p><p>Outra questão que impacta essa discussão são as mudanças climáticas, que trouxeram alterações significativas no habitat dos ursos. No caso do urso polar, ele enfrenta a perda progressiva do gelo, que afeta diretamente a sua capacidade de caçar. Por isso, é bem provável que essa espécie tenda a se tornar cada vez menos pesada no futuro.</p><p>Por isso, pode-se pensar em uma resposta aberta a essa questão. Tanto os ursos polares quanto os ursos Kodiak são criaturas gigantescas e pesadas, e que certamente merecem o pódio como os maiores ursos do mundo.</p>

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Qual é o maior urso do planeta?

Há várias relíquias arqueológicas cujos mistérios ainda não foram revelados.

<p>De tempos em tempos, os arqueólogos encontram <strong>algumas relíquias notáveis que elucidam algum aspecto da história da humanidade</strong>. São achados tão surpreendentes que conseguem explicitar quando surgiram e como foram usadas.</p><p>Contudo, há vezes em que os pesquisadores passam anos estudando algum artefato sem nunca chegar a uma conclusão sobre a sua história, ou então simplesmente não conseguem decifrar como e para que ele foi feito, <strong>gerando um enigma que deixa muita gente com a pulga atrás da orelha por séculos</strong>.</p><h2>1. Fogo grego</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02193819303380.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>O fogo grego era capaz de queimar na água. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122505-o-que-e-o-fogo-grego-a-arma-devastadora-do-imperio-bizantino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fogo grego</a> era uma arma incendiária usada pela marinha bizantina. Os bizantinos o utilizavam durante as batalhas navais, gerando um fogo que seguia queimando mesmo quando era lançado sobre as águas.&nbsp;</p><p>Acredita-se que esse fogo grego tenha sido gerado com uma mistura de petróleo, enxofre ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/34553-veja-o-que-acontece-quando-combinamos-muita-polvora-com-fogo-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pólvora</a> – ou apenas um deles de forma isolada. O mais provável é que tenha sido feito de petróleo, já que a pólvora só ficou disponível na Ásia Menor no século XIV e o enxofre não era destrutivo.</p><p>Em todos esses anos, ninguém conseguiu recriar a química nem a bomba de pressão que era usada pelos bizantinos para lançar o fogo. Em um artigo, o historiador britânico John Haldon afirma que os pesquisadores lutam até hoje para entender o funcionamento dessa bomba tão precisa que conseguia impulsionar o fogo a centenas de metros de distância.</p><h2>2. Aço de Damasco</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02194839225382.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>As espadas de aço de Damasco eram absurdamente afiadas. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Criadas durante o século IX, as espadas de aço de Damasco têm origem no Oriente Médio e impressionavam pela sua qualidade e durabilidade: eram muito mais afiadas que as espadas ocidentais usadas durante as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127035-4-mulheres-incriveis-que-lutaram-nas-cruzadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cruzadas</a>.</p><p>Seu nome remete à capital da Síria, mas também ao fato de que o termo deriva do árabe para "água", o que direciona ao padrão ondulado que adorna a sua superfície. O padrão foi criado com pequenos lingotes de aço sérico, provenientes da Índia, Sri Lanka ou Irã.</p><p>Ninguém nunca conseguiu refazer o aço de Damasco, pois o aço sérico não existe mais. Na década de 1960, entretanto, pesquisadores tentaram recriar a técnica de forja, mas não chegaram no resultado ideal até hoje.</p><h2>3. O pássaro de Sacara</h2><div data-ias="false"><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02195641940388.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>O pássaro de Sacara pode revelar a relação dos egípcios com a aviação. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure></div><p>O pássaro de Sacara foi descoberto no Egito durante uma escavação de 1898 realizada na tumba Pa-di-Imen. É um objeto em forma de pássaro feito de madeira de sicômoro, com envergadura de 18 centímetros. Acredita-se que ele tenha sido feito em torno do ano 200 a.C.</p><p>Não se sabe exatamente onde e como a ave foi encontrada, nem para que ela servia. Especula-se que ela poderia ser usada como um brinquedo de aviãozinho, e que os egípcios talvez já conhecessem os princípios da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128029-6-coisas-que-voce-jamais-deveria-fazer-dentro-de-um-aviao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aviação</a>. O pesquisador egípcio Khalil Messiha chegou a sugerir que os antigos egípcios podem ter desenvolvido a primeira aeronave, mas não há muitas evidências para assegurar isso.&nbsp;</p><div data-hveid="CDoQAA" data-ved="2ahUKEwiy5cHah_CFAxUdqJUCHSASCrgQkt4BKAB6BAg6EAA"><div data-hveid="CEYQAA" data-ved="2ahUKEwiy5cHah_CFAxUdqJUCHSASCrgQ04gCKAB6BAhGEAA"><div data-hveid="CEIQAA"><div data-hveid="CDwQAA" data-md="50" data-ved="2ahUKEwiy5cHah_CFAxUdqJUCHSASCrgQkCl6BAg8EAA"><h2 data-attrid="description" data-hveid="CDwQAQ" data-ved="2ahUKEwiy5cHah_CFAxUdqJUCHSASCrgQziAoAHoECDwQAQ">4. O mapa de Piri Reis</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02200320201393.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>O mapa de Piri Reis traz alguns mistérios sobre a Antártida. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure></div></div></div></div><p>O mapa de Piri Reis é um mapa-múndi que foi construído em 1513 pelo almirante e cartógrafo otomano Piri Reis. Ele foi descoberto em 1929 por um grupo de historiadores e chamou muita atenção, já que ele inclui uma cópia parcial de um mapa perdido de Cristóvão Colombo.</p><p>Ele foi registrado na pele de uma gazela. Piri Reis retratou a Europa, o Norte de África, a costa do Brasil, várias ilhas, como de Açores, Ilhas Canárias e a ilha de Antilia, o Japão e até a Antártica.</p><p>E é aqui que está o mistério: o mapa já retrata a <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/99000-10-coisas-sobre-a-antartida-que-provavelmente-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártica</a>, que se pensava ter sido descoberta mais de 300 anos depois. Além disso, ele mostra a topografia deste continente sem estar coberta de gelo e com grande riqueza de detalhes. Isso gera muitas indagações, porque não se sabe ao certo como o almirante turco conseguiu abordar tão bem um local que esteve coberto de gelo durante 6 mil anos.</p>

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4 artefatos históricos incríveis e que ninguém sabe explicar atualmente

Pesquisador aborda em livro com os últimos 100 anos impactaram os resultados da educação pública brasileira.

<p>Mais da metade das crianças do segundo ano do Ensino Fundamental da rede pública não aprenderam a ler e escrever no Brasil. Estes dados foram analisados pelo Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com base nos dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2021.</p><p>De acordo com matéria da <i>Agência Brasil</i>, essa situação – que não é nova – se agravou por conta da pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, período em que o país registrou quase 40% de crianças não alfabetizadas no segundo ano do ensino fundamental. Mas essa crise educacional tem origens históricas.</p><h2>Um tratado sobre a educação pública no país</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/05/05100651806007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Mais da metade das crianças do segundo ano do Ensino Fundamental da rede pública não aprenderam a ler e escrever no Brasil. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>No livro <i>Tratado da má educação</i>, o pesquisador Renato Bulcão discute como os últimos 100 anos impactaram negativamente na educação brasileira. Os resultados obtidos no país foram comparados com as práticas internacionais em países diferentes como a China, o Japão, a Espanha e a Finlândia. “Segundo o Tribunal de Contas da União, 57% das salas de aula do Brasil estão inadequadas para receberem os alunos. Ou seja, o próprio ambiente escolar não ajuda os alunos a quererem estudar”, afirma o professor na obra.</p><p>Outro aspecto analisado é a evasão escolar relacionada à discriminação racial da população. “O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125521-por-que-a-evasao-escolar-esta-tao-alta-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abandono escolar</a> mostra que das 50 milhões de pessoas de 14 a 29 anos do país, 10,1 milhões (ou 20,2%) não completaram alguma das etapas da educação básica. Desse total, 71,7% eram pretos ou pardos”, explica. E todo esse cenário se relaciona ao desperdício do dinheiro investido em educação pública.</p><h2>Exclusão racial na educação</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/05/05100439249001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>"O currículo da escola é pensado pelas elites fingindo que os pobres podem se comportar como ricos". (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na obra, Bulcão apresenta uma análise sobre as origens do preconceito e do autoritarismo que estão hoje arraigados nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124697-qual-foi-a-primeira-escola-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escolas brasileiras.</a> Isto ocorre por que o sistema vigente é "programado" para a exclusão de crianças pobres e pretas em determinados momentos de sua vida escolar.</p><p>Segundo o autor, essa exclusão se sustenta em uma política do MEC que existe desde os anos 1930 e que criaria uma espécie de "neoescravidão". Bulcão sustenta a ideia que essa exclusão começou com a recusa da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122362-catedral-paroquia-basilica-como-e-a-estrutura-da-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a> em permitir um ensino laico. "O currículo da escola é pensado pelas elites fingindo que os pobres podem se comportar como ricos, o que causa evasão. Os meninos e meninas abandonam a escola por não entenderem nada do que está sendo ensinado. Enquanto isso, toda a sociedade paga o custo pelo abandono escolar", pondera.</p><p>Sua análise defende a ideia de que o Estado prefere pagar melhor policiais militares com ensino médio malfeito, do que professores escolares bem formados nas universidades. Por consequência dessa política, as escolas públicas não recebem manutenção mínima e 53% delas não têm condições de funcionamento, com falta de água, banheiros e salas de aula quebradas. "Investimos mais em penitenciárias do que na educação básica", afirma o professor.</p><p>Ou seja, <i>Tratado da má educação</i> argumenta que o sistema público praticado pelos governos em todas as suas instâncias força os jovens a servirem como mão de obra barata e desqualificada para a classe média. "Nem operários estes jovens conseguem ser. E o resultado disso é que a maior favela do Brasil, a Sol Nascente, fica em Brasília e abriga os pobres que servem os funcionários públicos federais dos três poderes", conclui.</p>

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"Tratado de má educação": livro explica a origem dos problemas do ensino

Conheça quais são os sobrenomes mais frequentes nos diferentes continentes e como eles surgiram.

<p>Os sobrenomes existentes em diferentes culturas são tão múltiplos que seria impossível contá-los. Mas acredita-se que o imperador chinês Fu Xi teria sido responsável pela introdução de uma série de sobrenomes no Oriente em 2852 a.C.</p><p>No Ocidente, contudo, eles surgiram por volta do ano 1000 d.C., por conta da necessidade de diferenciar uma população cada vez mais crescente. Uma pesquisa feita pela NetCredit trouxe luz aos sobrenomes mais comuns em alguns países, bem como sobre suas origens.</p><h2>1. Ilunga, Lopes e Muhammad: sobrenomes comuns na África</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02184119952354.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Muitos sobrenomes africanos derivam de linhagens e locais de nascimento. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na África, a maior parte dos sobrenomes está ligada às localizações de nascimento, ocupação, linhagem ou características pessoais. Há sobrenomes africanos que expressam "elogios": Ilunga, de origem <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124483-10-palavras-de-origem-africana-que-usamos-no-dia-a-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">banto</a>, pode ser traduzido como "uma pessoa que está pronta para perdoar qualquer abuso pela primeira vez, para tolerá-lo uma segunda vez, mas nunca uma terceira vez". É o sobrenome mais comum no Congo.</p><p>Por conta da colonização feita por Portugal, muitos africanos de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe carregam sobrenomes portugueses, como Lopes. Há também a influência muçulmana em países como Chade, Comores, Djibouti, Egito e Sudão, em que os sobrenomes mais comuns são as variações de Muhammad, o fundador do <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/103142-alcorao-descubra-21-fatos-sobre-o-livro-sagrado-dos-muculmanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Islã</a>, que também pode ser traduzido como "louvável".</p><h2>2. Tan, Nguyen e Kim: sobrenomes comuns na Ásia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02184235121356.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Os sobrenomes asiáticos remetem às antigas dinastias. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na Ásia, os sobrenomes refletem o passado dinástico do continente. A cada vez que uma dinastia assumia o poder, era comum que os súditos passassem a adotar um sobrenome ligado a ela.</p><p>Tan é o sobrenome mais comum na Malásia e Cingapura, e deriva de Chen, que foi um estado importante durante a longa <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121409-escravidao-e-horror-como-era-a-vida-dos-pobres-na-china-antiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinastia Zhou</a> da China. No Vietnã, é comum Nguyen, o sobrenome que remete à sua última dinastia. Já Kim é popular na Coreia do Norte e na Coreia do Sul, e dá origem a mais de 600 clãs diferentes.</p><h2>3. Schmidt, Müller e Gruber: sobrenomes comuns na Europa e América</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02184304022358.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Muitos sobrenomes europeus surgiram por conta de profissões. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os europeus tendem a carregar sobrenomes ligados a profissões. O mais conhecido é <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113560-hans-schmidt-o-padre-demoniaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Schmidt</a>, que vem do alemão antigo "smit", que significa ferreiro. A variação Smith é o sobrenome mais comum nos Estados Unidos e Canadá.</p><p>Müller, que é o mais frequente na Alemanha e na Suíça, significa moleiro. Gruber, o sobrenome mais popular da Áustria, indica algo como poço ou fosso, e se refere a uma pessoa que mora em um lugar profundo ou baixo.</p><h2>4. Gonzalo, Rodriguez e Silva: sobrenomes comuns na América do Sul</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02184825344364.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Na América do Sul, muitos sobrenomes vieram da colonização espanhola e portuguesa. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A maior parte da América do Sul é formada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/67240-confira-5-dos-maiores-imperios-que-ja-existiram-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antigas colônias da Espanha</a>. Por conta disso, os sobrenomes mais comuns têm origem nesse país. É o caso de Gonzalez, popular na Argentina, Chile, Paraguai e Venezuela. O termo é uma derivação do espanhol Gonzalo, que vem de uma palavra germânica que indica "batalha".</p><p>Rodriguez e Hernandez também têm origens europeias. Hernandez vem do espanhol significa "filho de Fernando", enquanto Rodriguez tem herança lusitana, e foi adaptado ao longo dos anos por imigrantes das capitanias hereditárias.</p><p>Como todo mundo sabe, no Brasil, o sobrenome mais comum é Silva. Ele surgiu em Portugal, e significa "floresta" ou "selva". Há indícios que os primeiros Silvas tenham aparecido no século XI, e eram relacionados à Torre e Honra de Silva, símbolo de uma das famílias nobres do Reino de Leão, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120811-6-batalhas-esquecidas-que-ajudaram-a-moldar-o-mundo-moderno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Península Ibérica</a>.</p>

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Quais são os sobrenomes mais comuns em cada país?

Criado no Brasil por influência das baguetes francesas, o pão francês é chamado de diferentes formas, dependendo da região do país.

<p>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123980-como-o-pao-frances-virou-o-queridinho-dos-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pão francês</a> é uma unanimidade entre brasileiros de todas as regiões do país. Ao contrário do que possa parecer, trata-se de uma criação totalmente nacional, elaborada para atender aos anseios da elite brasileira do século XIX, que se deixou conquistas pelas baguetes do país europeu. Mais de um século depois, o sucesso permanece, mas a maneira de se referir a ele muda de região para região.</p><p>Enquanto em São Paulo, que consome cerca de 18 milhões de unidades por dia, segundo dados da Sampapão (Sindicato e Associação da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo), você pode encontrá-lo como "pãozinho" ou "pão filão", na Bahia ele é o "pão de sal" e nos municípios da baixada santista ele é chamado de "média". Mas não para por aí.</p><h2>1. Média (Baixada Santista)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01181801089000.jpg" alt="Em Santos e região metropolitana, procure pela média. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Em Santos e região metropolitana, procure pela média. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Quem se aventura a passear pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117072-praia-de-sao-vicente-foi-atingida-por-um-maremoto-em-1541.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Baixada Santista</a> deve estar preparado ao entrar em uma padaria. Tudo porque pelos municípios da região o pão francês é conhecido como "média". Ainda que não seja consenso, padeiros locais afirmam que a origem do termo remeta a décadas passadas, quando eram comercializadas baguetes de diferentes tamanhos pela região.</p><p>Com o passar dos anos, a baguete média se tornou a mais popular entre os moradores, e nem mesmo a diminuição do tamanho para o atual (cerca de 14 centímetros, o padrão do pão francês) fez mudar o hábito de se referir a ele dessa maneira.</p><h2>2. Cacetinho (Rio Grande do Sul)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01181923964001.jpg" alt="No Rio Grande do Sul, chame-o de cacetinho. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>No Rio Grande do Sul, chame-o de cacetinho. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Cacete, segundo o dicionário, é um pedaço de madeira, cilíndrico, usado para desferir pancadas. No entanto, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121882-revolta-dos-muckers-o-conflito-religioso-que-marcou-a-historia-do-rs.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio Grande do Sul</a>, foi inspiração para nomear a versão local do pão francês, chamada de "cacetinho".</p><p>No livro <i>Dicionário de Porto-Alegrês</i>, de Luís Augusto Fischer, há uma explicação para tal. Afirma o autor que a baguete, também conhecida como bengala ou cacete, ganhou uma versão menor, menos cilíndrica. Para os gaúchos, era evidente que se tratava de um "cacete" em tamanho diminuto. Estava batizado o pão.</p><h2>3. Carioquinha (Ceará)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01182226310002.jpg" alt="Um padeiro carioca mudou a história do pão no Ceará. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Um padeiro carioca mudou a história do pão no Ceará. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A história que explica a peculiaridade na forma de se referir ao pão francês no Ceará não possui consenso, porém a mais aceita liga a iguaria, obviamente, ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128434-aquecimento-global-rio-de-janeiro-podera-ser-inundado-ate-2100.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio de Janeiro</a>. Na primeira metade do século XX, um padeiro teria chegado da capital fluminense na capital cearense. Para sobreviver, fez o que sabia: abriu uma padaria para comercializar pães.</p><p>Sua receita fez muito sucesso com a população local. Aos poucos, seu produto passou a ser conhecido popularmente como "pão do carioca". Com o passar dos anos, o apelido se tornou referência para o gênero alimentício, que ganhou uma versão menor: "carioquinha".</p><h2>4. Pão Jacó (Sergipe)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01182348914008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Receita famosa levou nome de padeiro ao produto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A história do pão francês em Aracaju, capital do Sergipe, está intimamente ligada à Panificação Garça, padaria localizada no centro da cidade desde o ano de 1927. Segundo os atuais proprietários do estabelecimento, tudo começou quando Jacó, um padeiro contratado pela empresa, passou a fazer deliciosos pães, muito requisitados pela freguesia do local.</p><p>Até aquele momento, a iguaria era conhecida pelo nome de "pão de sal". Porém, o sucesso da receita do padeiro levou a que os clientes quisessem o "pão Jacó", que, por fim, tornou-se a maneira popular por toda a capital – e parte do interior.</p><h2>5. Pão de sal (Bahia e Minas Gerais)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01182414110009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Versatilidade e sabor neutro renderam o nome pão de sal. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Estados colados geograficamente, Bahia e Minas Gerais dividem a maneira de se referir ao pão francês. Nestes dois locais, ele é predominantemente conhecido como "pão de sal". Diferente das outras maneiras apresentada anteriormente, essa guarda uma história simples.</p><p>De acordo com especialistas, o nome foi conferido à iguaria por se tratar de um produto de sabor neutro. Sendo assim, ele combinaria perfeitamente com uma grande variedade de alimentos, demonstrando seu caráter versátil.</p>

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5 formas como o "pão francês" é conhecido no Brasil e suas origens

Como não falam, os cães se comunicam com seus donos de algumas maneiras, entre elas através de suas variadas expressões faciais.

<p>Donos de cachorros sabem que seus <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/as-8-racas-de-cachorros-mais-populares-do-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachorros</a> se comunicam com eles. Por vezes, os animais utilizam os latidos e uivos. Em outras situações, é através de suas expressões faciais que podemos compreender o que os cachorros querem nos dizer – ou, ao menos, ter uma noção básica do que possa ser.</p><p>Diferentes especialistas em comportamento canino sugerem que essa comunicação não-verbal torna mais fácil lidar com seu animal, mantendo-o seguro e feliz, com <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128486-5-habitos-para-melhorar-sua-vida-em-2024-segundo-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">qualidade de vida</a> – além da longevidade. Não menos importante, saber interpretar esses sinais auxilia no fortalecimento de nossos vínculos com os cães.</p><h2>1. Piscando os olhos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01144509504000.jpg" alt="(Fonte: Unsplash/Reprodução)"><figcaption>Fechar os olhos é o relaxamento do cão que recebe carinho. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Uma das expressões que melhor representam a alegria e satisfação do cachorro é quando ele pisca lentamente, ou até mesmo mantém os olhos cerrados enquanto recebe um cafuné. Segundo os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123457-como-eram-os-veterinarios-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veterinários</a>, quando seu cãozinho faz isso ele se encontra em um estado de relaxamento, muito contente e confortável.</p><p>Agora, é sempre importante prestar bem atenção para diferenciar a velocidade da piscada. Isso porque, no modo contrário, isto é, piscadas rápidas, ele provavelmente está indicando um alto nível de estresse e desconforto.</p><h2>2. Lambendo o focinho</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01144744820001.jpg" alt="(Fonte: Unsplash/Reprodução)"><figcaption>Cuidado com o estresse do cão que lambe muito o focinho. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Já notou seu cachorro esticando a língua até que faça o movimento de lamber o próprio focinho? Bem, de acordo com especialistas em comportamento canino, essa lambida geralmente é sinal de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/estresse-faz-adultos-jovens-parecerem-e-se-sentirem-mais-velhos-do-que-sao" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse</a>.</p><p>Contudo, a interpretação da expressão facial do animal não pode ser feita de modo independente, isso porque a lambida pode ser para retirar restos de comida preços no focinho. Agora, se ele faz isso de olhos fechados pode estar tentando evitar contato visual, provavelmente indicando desconforto com a situação.</p><h2>3. Olhando fixamente</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01145103368002.jpg" alt="(Fonte: Unsplash/Reprodução)"><figcaption>O amor canino pelo seu dono pode se expressar no olhar. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Como dito anteriormente, as expressões faciais dos cachorros precisam ser interpretadas dentro de contextos. Um animal que te encara fixamente pode estar desafiando você, por ter se sentido ameaçado. Em geral, esse tipo de reação vem acompanhada de orelhas erguidas e caninos à mostra.</p><p>Agora, se o olhar for suave, é indicativo que ele está expressando seu amor por você. Quando ele olha de maneira suave a amorosa para seu dono, o organismo do cão libera <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/54514-conheca-tudo-sobre-a-oxitocina-o-hormonio-do-amor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oxitocina</a>, conhecido como hormônio do amor.</p><h2>4. Língua de fora</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01145406733003.jpg" alt="(Fonte: Unsplash/Reprodução)"><figcaption>Uma língua para fora pode ser relaxamento, mas também cansaço. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Algumas raças de cachorro ficam com a ponta da língua para fora quando dormem ou estão deitados. Quanto mais relaxados eles se sentem, mais propícios a ficarem com essa expressão. Porém, de acordo com especialistas em comportamento animal, a língua para fora também pode representar uma tentativa de se refrescar, ou até mesmo indicar estresse.</p><p>A melhor forma de diferenciar é prestar atenção se, além de para fora, a língua também se enrola para cima, no sentido do nariz. Quando essa situação também ocorre, você poderá claramente entender que ele está ofegante ou sob <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125629-6-fatos-sobre-o-estresse-que-voce-deveria-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse</a>.</p><h2>5. Sorrindo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01145639816004.jpg" alt="(Fonte: Unsplash/Reprodução)"><figcaption>Felicidade e relaxamento resultam em sorrisos. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em determinadas situações, é muito evidente que seu cachorro está esboçando um sorriso. Essa expressão facial não é um sorriso clássico, como de seres humanos. Ela fica aberta, relaxada, por vezes acompanhada da língua do animal, caída para um dos lados. O olhar do cachorro também demonstra suavidade, enquanto suas orelhas estão baixas, relaxadas.</p><p>É bastante comum vê-los assim em situações que envolvam brincadeiras com seus donos, mas também quando veem comida, o que se mistura com uma excitação. Por fim, cachorros também podem expressar seus sorrisos quando seus donos chegam após um período de distanciamento.</p><h2>6. Inclinando a cabeça</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01150218317005.jpg" alt="(Fonte: Unsplash/Reprodução)"><figcaption>A inclinação indica um animal mais esperto. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Bastante comum, a expressão facial de cachorros expressada pelo olhar fixo com a cabeça inclinada para um dos lados ganhou novos contornos após publicação de um estudo na revista científica <i>Animal Cognition</i>, em 2021. Nela, descobriu-se que essa inclinação está ligada à <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128097-10-dicas-para-estimular-o-cerebro-e-ficar-mais-inteligente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inteligência</a> do animal.</p><p>Eles fazem isso quando ficam curiosos com uma situação, mas também quando um ser humano fala com eles. É uma resposta como se estivessem "escutando" o que dizemos. Pelo estudo, cães que fazem este movimento são mais espertos do que os demais.</p>

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6 expressões faciais caninas e seus significados

O Eurotúnel nasceu em 1994 como um sonho de unificação entre o Reino Unido e o resto da Europa.

<p>O dia 6 de maio de 2024 marca o aniversário de 30 anos da abertura do túnel do Canal da Mancha. Ele se tornou a primeira ligação fixa da Grã-Bretanha ao continente europeu desde o desaparecimento da ponte de terra que ligava o <a href="http://Canal%20da%20Mancha" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Canal da Mancha</a> ao continente, o que deve ter ocorrido há cerca de 450 mil anos.</p><p>A construção do túnel ferroviário submarino – que tem cerca de 50,46 quilômetros e conecta Folkestone, na Inglaterra, com Coquelles, na França, no Estreito de Dover – foi motivo de muito comemoração em toda a Europa, pois se acreditou que ele celebraria o início de novas possibilidades tanto ao comércio quanto para o turismo entre os países. Mas, 30 anos depois, o fato é que nem todos esses sonhos se concretizaram.</p><h2>A construção do Eurotúnel</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01190933890010.webp" alt="(Fonte: Reddit/ Reprodução)"><figcaption>Os mineiros Graham Fagg e Phillippe Cozette se encontram no túnel. (Fonte: Reddit / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A construção do <a href="http://t%C3%BAnel%20do%20Canal%20da%20Mancha" rel="noopener noreferrer" target="_blank">túnel do Canal da Mancha</a> se iniciou em 1988, quando 13.000 trabalhadores começaram a escavar o espaço para dois túneis ferroviários submarinos, com o uso de 11 perfuradoras. Em 1989, o governo britânico faz a proposta para que a nova linha, que teria trens de alta velocidade, passe também por Peckham. Embora tenha ocorrido muito alvoroço, o plano foi rejeitado e os dois túneis deveriam passar por Stratford.</p><p>Um momento marcante dessa história compartilhada entre Reino Unido e França ocorreu em 1990, quando um inglês e um francês, os mineiros Graham Fagg e Phillippe Cozette, se encontraram bem na metade do túnel e trocaram bandeiras de seus países, realizando um ato simbólico.</p><p>Por fim, em 6 de maio de 1994, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127235-6-coisas-que-mudaram-desde-a-morte-da-rainha-elizabeth.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rainha Elizabeth II</a> e o presidente francês François Mitterrand embarcaram juntos em um Rolls-Royce em Calais, de onde seguiram a bordo do Le Shuttle, até Folkestone, inaugurando oficialmente o túnel.</p><h2>O que ocorreu desde então?</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/02/02103601752011.jpg" alt="1123px-TGV_TMST_3011-2_-_Sortie_Tunnel_sous_la_Manche_à_Coquelles.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/02/02103601768012.jpg 243w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/02/02103601846014.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/02/02103601799013.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/02/02103601893015.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O Eurotúnel na cidade de Coquelles, na costa da França. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure><p>Havia muita expectativa sobre as relações que seriam consolidadas entre o Reino Unido e os seus vizinhos europeus, como a expectativa que, com os novos serviços ferroviários administrados pela Eurostar, cairia muito a quantidade de voos entre Londres, Bruxelas e Paris. Além disso, esperava-se que os caminhões e<i>&nbsp;ferry boats</i> praticamente deixassem de existir e que toneladas de mercadorias passassem a ser transportadas por trem.</p><p>Boa parte desses planos não se concretizou. Com a privatização <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128733-estrada-no-ceu-a-ferrovia-qinghai-tibete-e-a-mais-alta-do-mundo-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ferroviária</a> e a inauguração de companhias aéreas de baixo custo, os trens Nightstar, por exemplo, acabaram sendo vendidos para o Canadá. Já o número de comboios de mercadorias transportados pelo túnel não aumentou tanto quanto se esperava, sobretudo por questões de segurança.&nbsp;</p><p>O número de passageiros também não chegou ao que se estimava. A expectativa é que se tivesse cerca de 20 milhões de passageiros circulando no <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/35783-conheca-5-dos-tuneis-mais-impressionantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Eurotúnel</a>. Mas, até a pandemia de Covid, esse número não havia chegado pela metade. Além disso, as balsas e os voos sobreviveram.</p><h2>Por que não deu tão certo?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01192959594012.jpg" alt="Alguns especialistas atribuem a Margareth Thatcher a falta de sucesso do túnel. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Alguns especialistas atribuem a Margareth Thatcher a falta de sucesso do túnel. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Analistas consideram que essas falhas se ligam à própria história do túnel e como ela se desenrolou. A primeira-ministra <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117238-3-fatos-fascinantes-sobre-margaret-thatcher-a-dama-de-ferro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Margaret Thatcher</a> apoiava a ideia de que o Eurotúnel impulsionaria um novo mercado, mas que isso deveria ser feito pelo setor privado, e não público. Por consequência, isso acabou elevando o valor das passagens – o Eurostar, por exemplo, cobra cerca de £ 14 por passageiro em cada sentido.&nbsp;</p><p>Outra questão é a legislação de segurança na construção do túnel, que foi cara demais, por conta da existência de um terceiro túnel estabelecido entre os dois principais, mas que só é usado em casos de emergência. Além disso, o Eurotúnel passou a também ser visto como alvo para terroristas, intensificando a necessidade de verificações de segurança.</p><p>Por fim, há quem considere que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113307-brexit-reino-unido-vive-suas-ultimas-horas-na-ue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Brexit</a> como o maior sinal do fracasso do túnel, já que a visão é que ele consolidaria e aproximaria os laços entre a Grã-Bretanha e a Europa. Isso significaria, por exemplo, grupos maiores de passageiros que viajariam diariamente de um país para o outro. O Brexit, contudo, pareceu enterrar de vez esse sonho, já que as burocracias causadas por ele afastaram ainda mais o Reino Unido de outras nações.</p><p>Entretanto, há ainda esperanças de crescimento para o Eurotúnel nos próximos anos. Atualmente, os ônibus LeShuttle transportam em média 10 milhões de passageiros por ano e o Eurostar transporta mais de 11 milhões de pessoas.</p><p>A empresa Getlink, empresa pública europeia com sede em Paris que administra e opera a infraestrutura do Túnel da Mancha, nutre a expectativa de que o Eurotúnel acelere a mobilidade de baixo carbono entre o Reino Unido e a Europa, com a ampliação de novos destinos nos próximos 10 anos. Agora, é esperar para ver e que a Europa fique ainda mais unificada.</p>

Maura Martins