Imagem de Conheça a ilha de Goreia, um dos maiores símbolos históricos da escravidão no megacurioso

Localizado perto de Senegal, o local era utilizado como ponto de comércio de escravos; milhares ou até milhões de africanos eram mantidos durante meses em celas

Voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar sobre a ilha de Goreia tamb&eacute;m conhecida como Gor&eacute;e? Localizado perto da costa de Dakar, no Senegal (&Aacute;frica Ocidental), o local hoje em dia &eacute; um ponto tur&iacute;stico t&atilde;o pac&iacute;fico que, de acordo com relatos de turistas, d&aacute; para se sentir &ldquo;um peregrino visitando um templo sagrado&rdquo;. Por&eacute;m, a hist&oacute;ria da regi&atilde;o n&atilde;o tem absolutamente nada a ver com paz, tranquilidade e felicidade. Pelo contr&aacute;rio: a ilha foi, durante muitos anos, um dos maiores pontos de tr&aacute;fico de escravos do mundo.
<h2>Hist&oacute;rico</h2>
A primeira civiliza&ccedil;&atilde;o a colocar os p&eacute;s na ilha foram os portugueses, que desembarcaram por l&aacute; em 1444; por&eacute;m, em 1588, eles perderam o territ&oacute;rio para os holandeses. Ao longo do tempo, o local ainda passou pelas m&atilde;os dos brit&acirc;nicos e at&eacute; dos franceses, at&eacute; que, em 1960, Senegal declarou sua independ&ecirc;ncia e tomou Goreia como parte de seu territ&oacute;rio. Por&eacute;m, seu uso como &ldquo;estoque&rdquo; e &ldquo;loja&rdquo; de escravos ocorreu durante 1536 e 1848, especialmente no &ldquo;reinado&rdquo; da Holanda.
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A ilha de Goreia &eacute; um local min&uacute;sculo &mdash; ela possui apenas 45 acres (cerca de 180 m&sup2;) de extens&atilde;o. Al&eacute;m disso, por ser razoavelmente distante da costa de Dakar, era imposs&iacute;vel fugir nadando: os poucos escravos que tentaram fazer isso acabaram morrendo afogados. Ao perceber que a regi&atilde;o era prop&iacute;cia para tal atividade, os holandeses constru&iacute;ram em 1776 a Casa dos Escravos e passaram a utiliz&aacute;-la como um ponto de parada entre a captura dos escravos africanos e a venda para os pa&iacute;ses interessados.
<h2>Loja da escravid&atilde;o</h2>
Em determinado per&iacute;odo hist&oacute;rico, a ilha contou com nada menos do que 28 casas desse tipo. Todas eram equipadas com celas min&uacute;sculas &mdash; cada uma com 2,6 metros &mdash; nas quais eram acomodados de 15 a 20 escravos homens. As mulheres e as crian&ccedil;as eram mantidas em locais separados, sendo muitas vezes abusadas por seus &ldquo;donos&rdquo;. Os africanos ficavam sempre presos, sendo alimentados e liberados uma vez por dia para fazer suas necessidades fisiol&oacute;gicas.
Muitas vezes, os escravos eram mantidos nessas condi&ccedil;&otilde;es durante meses, at&eacute; que um &ldquo;cliente&rdquo; fosse visit&aacute;-los para discutir pre&ccedil;os e &ldquo;avaliar a qualidade das mercadorias&rdquo;. Os escolhidos eram removidos da sala e levados para a &ldquo;porta sem retorno&rdquo;, pela qual era feito o embarque no navio do comprador, sendo transportados at&eacute; seu destino final. Obviamente, muitos deles morriam por conta da falta de condi&ccedil;&otilde;es de higiene nas quais eram mantidos.
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Os historiadores costumam discutir na hora de calcular o n&uacute;mero de escravos que passou pela ilha. Os mais c&eacute;ticos afirmam que suas dimens&otilde;es tornam imposs&iacute;vel &ldquo;milh&otilde;es&rdquo; de africanos terem sido mantidos presos l&aacute;; a quantidade mais razo&aacute;vel que se fala &eacute; de 26 mil escravos, o que ainda assim &eacute; uma quantia assustadora. Felizmente, a Casa dos Escravos se transformou em um museu em 1962; em 1978, a UNESCO a designou como um Patrim&ocirc;nio Mundial, recebendo cerca de 200 mil turistas por ano.
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Conheça a ilha de Goreia, um dos maiores símbolos históricos da escravidão

Imagem de The Tulip: conheça o incrível projeto do novo arranha-céu de Londres no megacurioso

Desenhado pelo mítico arquiteto Norman Foster com investimento do Grupo Safra, o prédio terá mais de 305 metros e já enfrenta algumas polêmicas

A cidade de Londres est&aacute; pr&oacute;xima de ganhar mais um arranha-c&eacute;u &mdash; o segundo maior de todos, para ser mais espec&iacute;fico. Conhe&ccedil;a o The Tulip (ou A Tulipa), pr&eacute;dio que recebeu esse nome justamente por ter seu topo no formato de um broto de tal flor. Desenhada pelo famoso arquiteto Norman Foster, a obra ter&aacute; nada menos do que 305,3 metros de altura e ser&aacute; erguida ao lado do The Gherkin, tamb&eacute;m tra&ccedil;ado por Foster e considerado um dos &iacute;cones da arquitetura contempor&acirc;nea londrina.
Mais interessante ainda &eacute; saber quem &eacute; o principal investidor do projeto: ningu&eacute;m menos do que o banqueiro brasileiro Joseph Safra, fundador do Grupo Safra (do qual faz parte a institui&ccedil;&atilde;o financeira hom&ocirc;nima). Vale a pena observar que Joseph tem um longo hist&oacute;rico de aprecia&ccedil;&atilde;o das obras de Foster, e, em 2014, adquiriu o edif&iacute;cio The Gherkin por nada menos do que US$ 3 bilh&otilde;es. Sendo assim, &eacute; natural que o empres&aacute;rio esteja interessado em &ldquo;incentivar&rdquo; a nova constru&ccedil;&atilde;o desde o in&iacute;cio.
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O esperado &eacute; que o The Tulip comece a ser erguido em 2020 e esteja pronto at&eacute; 2025. Diferente de seu &ldquo;irm&atilde;o&rdquo; The Gherkin, o arranha-c&eacute;u n&atilde;o ser&aacute; um complexo corporativo, mas sim um centro de cultura e entretenimento, com um total de 12 andares recheados de bares, restaurantes e galerias de arte. No topo, o &ldquo;broto&rdquo; transparente dar&aacute; aos visitantes uma vista panor&acirc;mica de Londres; os mais corajosos poder&atilde;o ainda dar um passeio em elevadores ovais que circulam pelo exterior do pr&eacute;dio, como gotas de orvalho escorrendo de manh&atilde;.
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<h2>Obst&aacute;culos desde j&aacute;</h2>
Com suas propor&ccedil;&otilde;es astron&ocirc;micas (ele s&oacute; perder&aacute; o posto de maior arranha-c&eacute;u da cidade para o Shard London Bridge, que possui 306 metros de altura) e design exc&ecirc;ntrico, o The Tulip tem tudo para se transformar em um dos principais pontos tur&iacute;sticos de Londres ao longo dos pr&oacute;ximos anos. N&atilde;o &eacute; &agrave; toa que o Foster + Partners, escrit&oacute;rio de Foster, estima que sua &ldquo;obra-prima&rdquo; receba pelo menos 20 mil visitas por ano &mdash; e, visto o conte&uacute;do do pr&eacute;dio que ser&aacute; primariamente comercial, isso tamb&eacute;m simboliza um bom lucro.
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Por&eacute;m, como nem tudo s&atilde;o flores, &eacute; v&aacute;lido citar tamb&eacute;m que o projeto j&aacute; est&aacute; enfrentando algumas pol&ecirc;micas antes mesmo de come&ccedil;ar a ser constru&iacute;do. De acordo com especialistas do Aeroporto da Cidade de Londres (LCY), localizado a menos de 10 quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia de onde o The Tulip ser&aacute; erguido, os tais elevadores-g&ocirc;ndolas que v&atilde;o ficar girando no exterior da constru&ccedil;&atilde;o podem confundir os sistemas de controle de tr&aacute;fego a&eacute;reo. Isso poderia, em tese, at&eacute; causar um acidente.
Al&eacute;m disso, n&atilde;o foram todas as pessoas que gostaram do visual diferenciado que Foster desenhou. Em entrevista ao The Guardian, civis criticaram o projeto, que foi descrito como &ldquo;um desesperado esfor&ccedil;o por um efeito ostentat&oacute;rio&rdquo; e &ldquo;algo que se encaixaria melhor em Dubai, e n&atilde;o em Londres&rdquo;. E voc&ecirc;, o que acha dessa ideia?&nbsp;
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The Tulip: conheça o incrível projeto do novo arranha-céu de Londres

Imagem de 8 curiosidades sobre “Hellraiser” que você provavelmente não saiba no megacurioso

O clássico filme de horror dirigido por Clive Barker possui algumas curiosidades tão perturbadoras quanto seu próprio roteiro — separamos as melhores para você

Mesmo que voc&ecirc; seja uma pessoa jovem, &eacute; bem prov&aacute;vel que j&aacute; tenha assistido ao filme &ldquo;Hellraiser: Renascido do Inferno&rdquo; &mdash; ou pelo menos ouvido falar dele &mdash;, um longa-metragem de horror brit&acirc;nico que foi lan&ccedil;ado em 1987 e fez tanto sucesso que recebeu nada menos do que sete sequ&ecirc;ncias (al&eacute;m de um remake em 2007). Para os puristas, por&eacute;m, nada supera o original, at&eacute; porque nenhuma das continua&ccedil;&otilde;es foi escrita e/ou dirigida por Clive Barker, roteirista e diretor do filme que deu origem &agrave; franquia.
Inspirado em seu pr&oacute;prio livro &ldquo;The Hellbound Heart&rdquo;, Clive nos leva em uma aventura medonha sobre sadomasoquismo, apresentando-nos uma s&eacute;rie de criaturas perturbadoras &mdash; batizadas de Cenobitas &mdash; que sentem prazer com a dor alheia e torturam o protagonista continuamente. Se voc&ecirc; tamb&eacute;m &eacute; um f&atilde; da obra &mdash; que recentemente completou 30 anos &mdash;, divirta-se com esta sele&ccedil;&atilde;o de curiosidades a respeito do filme que voc&ecirc; provavelmente desconhecia!
<h2>1) A origem do Pinhead</h2>
Batizado assim por conta dos in&uacute;meros pregos fincados em sua cabe&ccedil;a, o vil&atilde;o Pinhead &mdash; l&iacute;der dos Cenobitas &mdash; &eacute; a criatura mais emblem&aacute;tica de &ldquo;Hellraiser&rdquo;. Por&eacute;m, o personagem (que &eacute; encarnado pelo talentoso ator Doug Bradley) n&atilde;o surgiu do nada: suas origens remontam a uma pe&ccedil;a teatral escrita por Clive em 1973, na qual Bradley fez o papel de um torturador conhecido simplesmente como Dutchman (ou &ldquo;O Holand&ecirc;s&rdquo;, se fossemos traduzir livremente para o portugu&ecirc;s).
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<h2>2) S&oacute; os bons</h2>
Geralmente &mdash; ainda mais na d&eacute;cada de 80 &mdash;, os diretores n&atilde;o fazem muita quest&atilde;o de selecionar os melhores atores e atrizes para filmes de terror, visto que as cenas de sangue e viol&ecirc;ncia s&atilde;o o que mais chamam a aten&ccedil;&atilde;o nesse g&ecirc;nero. Por&eacute;m, as coisas n&atilde;o funcionavam assim para Clive: ele, na &eacute;poca, disse que n&atilde;o iria &ldquo;pegar 12 jovens bonitos da Calif&oacute;rnia e mat&aacute;-los&rdquo;. Sendo assim, todo o elenco foi escolhido por seu real talento na hora de atuar, e n&atilde;o apenas por sua beleza.
<h2>3) Pegando refer&ecirc;ncias</h2>
Para se inspirar e criar um visual realista para os Cenobitas, Clive afirma ter pego refer&ecirc;ncias, dentre outras coisas, "na cultura punk, no catolicismo e em visitas a clubes de sadomasoquismo em Nova York e Amsterd&atilde;&rdquo;. A partir da&iacute;, a figurinista Jane Wildgoose criou as roupas baseada naquilo que o diretor descreveu como &ldquo;glamour repulsivo&rdquo;. J&aacute; no caso de Pinhead, o cineasta diz &ldquo;ter visto um livro contendo fotos de fetiches africanos&rdquo;, no qual encontrou esculturas de cabe&ccedil;as humanas cravadas de pregos e espinhos.
<h2>4) Uma hist&oacute;ria de amor melhor do que&hellip;</h2>
Acredite ou n&atilde;o, mas, para Clive, &ldquo;Hellraiser&rdquo; &eacute; um filme rom&acirc;ntico, e n&atilde;o de horror. Cuidado! Spoiler: o argumento do diretor &eacute; que, embora Julia atraia homens para serem assassinados em sua casa, ela s&oacute; faz isso motivada pela intensa paix&atilde;o que sente por Frank. &ldquo;Ela n&atilde;o est&aacute; cometendo assassinatos como Jason em &lsquo;Sexta-Feira 13&rsquo; &mdash; s&oacute; pelo prazer em ver sangue &mdash;, ela est&aacute; fazendo por amor&rdquo;, garante o diretor. Naturalmente, muita gente vai discordar das vis&otilde;es do cineasta (e com raz&atilde;o).
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<h2>5) A origem da Configura&ccedil;&atilde;o do Lamento</h2>
Ao pensar em como os personagens poderiam, por assim dizer, invocar seres infernais, Clive queria fugir do clich&ecirc; de s&iacute;mbolos m&aacute;gicos desenhados no ch&atilde;o ou coisas do g&ecirc;nero. Sendo assim, para criar a Configura&ccedil;&atilde;o do Lamento &mdash; um quebra-cabe&ccedil;a que, ao ser resolvido, evoca os Cenobitas &mdash;, o diretor se inspirou em um cubo real que seu av&ocirc; havia conseguido durante uma de suas expedi&ccedil;&otilde;es como cozinheiro de um navio. &ldquo;A ideia de usar um quebra-cabe&ccedil;a em cubo me pareceu interessante&rdquo;, declara o cineasta.
<h2>6) Teve quem n&atilde;o gostou</h2>
Roger Ebert, j&aacute; falecido, &eacute; considerado um dos maiores cr&iacute;ticos de cinema que j&aacute; pisaram neste mundo. O norte-americano chegou a publicar livros compilando seus melhores reviews e foi apresentador de dois programas televisivos. Por&eacute;m, na ocasi&atilde;o do lan&ccedil;amento de &ldquo;Hellraiser&rdquo;, Ebert n&atilde;o mediu as palavras para criticar a obra. &ldquo;Quem vai assistir a um filme desse? Esta &eacute; uma obra sem vis&atilde;o, sem estilo ou raz&atilde;o&rdquo;, teria escrito o cr&iacute;tico em uma de suas colunas.
<h2>7) Separando baratas</h2>
Baratas aparecem com frequ&ecirc;ncia durante o longa-metragem, mas n&atilde;o foi f&aacute;cil as adicionar &agrave; pel&iacute;cula. Naquela &eacute;poca, uma lei brit&acirc;nica proibia o uso desse inseto de sexos opostos nos est&uacute;dios, visto que eles poderiam copular e haver infesta&ccedil;&atilde;o. Sendo assim, algu&eacute;m ficou com o ingrato trabalho de conferir o sexo de todas as baratas que seriam usadas na obra cinematogr&aacute;fica &mdash; todas s&atilde;o machos. Clive conta que, para isso, foi necess&aacute;rio congelar as criaturas em um freezer especial.
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<h2>8) Nenhum rato foi ferido</h2>
Como se a confus&atilde;o com as baratas n&atilde;o fosse o suficiente, a British Board of Film Classification &mdash; &oacute;rg&atilde;o brit&acirc;nico respons&aacute;vel pela classifica&ccedil;&atilde;o de filmes no pa&iacute;s &mdash; fez Clive provar que os ratos usados na obra n&atilde;o sofriam durante as grava&ccedil;&otilde;es. O diretor se viu obrigado a levar tr&ecirc;s roedores controlados por controle remoto aos executivos e mostrar que eles n&atilde;o estavam sendo cru&eacute;is com bicho algum.
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8 curiosidades sobre “Hellraiser” que você provavelmente não saiba

Imagem de As insolúveis mortes de Kris Kremers e Lisanne Froon no megacurioso

As duas neerlandesas, que estavam passando as férias no Panamá, desapareceram repentinamente nas redondezas do vulcão Baru

Por mais que, hoje em dia, as autoridades disponham de bastante tecnologia para investigar crimes, ainda existem alguns casos que nem toda a per&iacute;cia do mundo &eacute; capaz de solucionar. Aqui mesmo no Mega Curioso j&aacute; citamos alguns incidentes que at&eacute; hoje s&atilde;o um completo mist&eacute;rio para todos &mdash; incluindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/109795-o-misterioso-e-insolucionado-desaparecimento-de-keith-reinhard.htm">o desaparecimento do jornalista Keith Reinhard</a>, que deixou sua casa prometendo &agrave; popula&ccedil;&atilde;o de Silver Plume, no Colorado, que retornaria ap&oacute;s dar uma volta nas montanhas. Ele nunca mais foi visto.
Mas Keith n&atilde;o foi a &uacute;nica pessoa no mundo a desaparecer em circunst&acirc;ncias misteriosas &mdash; temos um exemplo bem mais recente para contar, que ocorreu h&aacute; apenas 4 anos. Estamos falando do sumi&ccedil;o de Kris Kremers e Lisanne Froon, duas jovens neerlandesas que decidiram passar 6 meses juntas no Panam&aacute;. A ideia era que a viagem servisse como f&eacute;rias e tamb&eacute;m servi&ccedil;o tempor&aacute;rio; ambas tamb&eacute;m se envolveriam em a&ccedil;&otilde;es volunt&aacute;rias e aprenderiam a l&iacute;ngua espanhola.
A dupla estava morando com uma fam&iacute;lia anfitri&atilde; e tudo seguiu como o planejado durante 2 semanas, at&eacute; que, &agrave;s 11h do dia 1&ordm; de abril de 2014, elas decidiram levar o cachorro de estima&ccedil;&atilde;o da casa para uma volta nas florestas que existem nos arredores do vulc&atilde;o Baru, localizado na pequena cidade de (n&atilde;o ria!) Boquete. De noite, o c&atilde;o retornou seguro e inteiro para o lar &mdash; por&eacute;m, as jovens n&atilde;o voltaram com ele. Com o raiar do Sol, no dia seguinte, a fam&iacute;lia decidiu alertar as autoridades.
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<h2>Os primeiros ind&iacute;cios</h2>
A pol&iacute;cia local come&ccedil;ou a procurar por Kris e Lisanne, especialmente depois de perceber que elas faltaram em um tour guiado pela cidade que havia sido marcado (e pago) com anteced&ecirc;ncia.&nbsp; Foram feitas buscas a&eacute;reas e a p&eacute;, mas sem resultados. No dia 6 de abril, ambas continuavam desaparecidas &mdash; foi quando suas respectivas fam&iacute;lias biol&oacute;gicas resolveram voar at&eacute; o Panam&aacute; para auxiliar nas investiga&ccedil;&otilde;es, levando junto uma equipe respeit&aacute;vel de detetives dos Pa&iacute;ses Baixos.
Os dias continuaram passando e a agonia s&oacute; aumentava, at&eacute; que uma residente da pr&oacute;pria cidade entregou &agrave; pol&iacute;cia uma mochila azul, que teria sido encontrada em um arrozal pr&oacute;ximo a um riacho. Em seu interior, estavam guardados um par de &oacute;culos escuros, US$ 83 em dinheiro, o passaporte de Lisanne, uma garrafa de &aacute;gua, dois suti&atilde;s e o mais importante: a c&acirc;mera fotogr&aacute;fica usada pela dupla para registrar seus passeios tur&iacute;sticos e o celular de cada uma delas.
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Com o telefone celular das jovens em m&atilde;os, as autoridades descobriram que elas tentaram ligar, tanto para a pol&iacute;cia dos Pa&iacute;ses Baixos (112) quanto para a do Panam&aacute; (911), nada menos do que 77 vezes. As duas primeiras chamadas foram efetuadas em apenas 2 horas depois que as turistas partiram; por&eacute;m, visto que n&atilde;o h&aacute; sinal telef&ocirc;nico na floresta em quest&atilde;o, as tentativas de pedir socorro foram em v&atilde;o. Apenas uma chamada conseguiu fazer contato &mdash; por&eacute;m, a liga&ccedil;&atilde;o caiu em apenas dois segundos.
Al&eacute;m disso, no dia 6 de abril, algu&eacute;m tentou desbloquear o smartphone de Kris v&aacute;rias vezes usando c&oacute;digos PIN incorretos. No dia 11, ambos os celulares desligaram por falta de bateria.
<h2>Fotos assustadoras</h2>
Mais perturbador do que os ind&iacute;cios deixados nos telefones foram as fotos que a pol&iacute;cia encontrou na c&acirc;mera recuperada. Algu&eacute;m utilizou o equipamento para registrar imagens assustadoras na noite do dia 8, incluindo os pertences das jovens espalhados no ch&atilde;o, sacolas pl&aacute;sticas, pilhas de lixo, um espelho e &mdash; finalmente &mdash; a cabe&ccedil;a de Kris com sangue saindo pelas t&ecirc;mporas. Convencidos de que as jovens foram assassinadas, os investigadores resolveram olhar melhor o local onde a bolsa foi encontrada.
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Foi s&oacute; ent&atilde;o que eles encontraram as roupas de Kris, devidamente dobradas, e, 2 meses depois, um osso p&eacute;lvico e um p&eacute; &mdash; ainda dentro do t&ecirc;nis. Logo em seguida, os restos mortais da dupla foram localizados. Embora o esqueleto de Lisanne parecesse ter passado por um processo natural de decomposi&ccedil;&atilde;o, o de Kris estava esbranqui&ccedil;ado por um motivo que at&eacute; hoje ningu&eacute;m consegue explicar. Por mais que os pa&iacute;ses tenham cooperado durante anos, a morte das neerlandesas segue sem uma resposta.
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As insolúveis mortes de Kris Kremers e Lisanne Froon

Imagem de Navagio: a belíssima ilha grega que surgiu de um naufrágio no megacurioso

Quem poderia imaginar que, a partir dos restos de um navio acidentado, a natureza criaria uma das praias mais atraentes do mundo?

A Gr&eacute;cia &eacute; um pa&iacute;s recheado de belas praias &mdash; se voc&ecirc; gosta de se sentar na areia e curtir a vista do mar, esse pa&iacute;s &eacute; uma &oacute;tima op&ccedil;&atilde;o para suas f&eacute;rias. Por&eacute;m, uma local espec&iacute;fico dele chama a aten&ccedil;&atilde;o por conta de sua hist&oacute;ria pitoresca. Estamos falando da Navagio, tamb&eacute;m conhecida como Praia do Naufr&aacute;gio, que se localiza na costa de Zakynthos, uma ilha banhada pelo mar J&ocirc;nico. Afinal, at&eacute; onde sabemos, essa &eacute; a &uacute;nica praia que se originou de um acidente mar&iacute;timo &mdash; ela n&atilde;o nasceu &ldquo;naturalmente&rdquo;.
De acordo com os registros hist&oacute;ricos, tudo come&ccedil;ou em 1980, quando um navio chamado Panagiotis acabou se acidentando enquanto estava prestes a chegar em Zakynthos. Algumas vers&otilde;es defendem que a embarca&ccedil;&atilde;o estava sendo perseguida pelas autoridades gregas, por traficar cigarros, vinhos e mulheres, e outras dizem que o naufr&aacute;gio foi ocasionado por simples problemas estruturais no navio, descrevendo o ocorrido como um acidente natural. De qualquer forma, ele afundou e ficou por l&aacute; mesmo.
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Por&eacute;m, com o passar dos anos, a embarca&ccedil;&atilde;o &mdash; im&oacute;vel &mdash; acabou atraindo cada vez mais areia, formando ribanceiras e finalmente uma praia. No meio dela, o Panagiotis ainda descansa, intocado e enferrujado, originando um contraste bel&iacute;ssimo entre as for&ccedil;as da natureza e os maquin&aacute;rios criados pelos seres humanos. E &eacute; justamente essa diferen&ccedil;a pitoresca &mdash; junto com a pureza da areia e as mar&eacute;s calmas &mdash; que atraem tantos turistas para Navagio, cujo nome original, de acordo com os gregos, era Agios Georgios.
<h2>Vale a pena visitar</h2>
Embora a praia pare&ccedil;a ser de dif&iacute;cil acesso, a forma mais simples de chegar no local &eacute; atrav&eacute;s de botes que partem diariamente de Zakynthos. O governo local percebeu que poderia explorar o turismo da regi&atilde;o e hoje em dia existem v&aacute;rios pacotes tur&iacute;sticos para quem deseja ver o navio abandonado de pertinho e pisar na areia que se acumulou ao seu redor &mdash; e a procura por tais servi&ccedil;os &eacute; t&atilde;o grande que os guias at&eacute; recomendam alguns hor&aacute;rios espec&iacute;ficos para evitar a superlota&ccedil;&atilde;o do local.
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J&aacute; os menos aventureiros podem desfrutar de uma vis&atilde;o privilegiada da praia sem sair de Zakynthos: h&aacute; quem diga que a melhor forma de apreci&aacute;-la &eacute; atrav&eacute;s de uma vis&atilde;o a&eacute;rea, que pode ser facilmente obtida por meio do Mosteiro de S&atilde;o George. Navagio ficou ainda mais famosa ap&oacute;s aparecer no seriado sul-coreano &ldquo;Descendants of the Sun&rdquo;, que foi ao ar em 2016 e teve v&aacute;rias cenas filmadas l&aacute;; a obra incentivou muitos asi&aacute;ticos a viajarem at&eacute; a ilha grega.
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Navagio: a belíssima ilha grega que surgiu de um naufrágio

Imagem de 9 indícios de que você é inteligente — mesmo que não acredite nisso no megacurioso

Se você possui a maioria das características listadas neste artigo, temos uma boa notícia!

J&aacute; dizia o fil&oacute;sofo Bertrand Russell: "o problema do mundo &eacute; que as pessoas est&uacute;pidas est&atilde;o cheias de certezas, enquanto as inteligentes est&atilde;o cheias de d&uacute;vidas". Por mais que a declara&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica do influente brit&acirc;nico possa parecer radical e at&eacute; mesmo um tanto rude, a verdade &eacute; uma s&oacute;: existem estudos cient&iacute;ficos que comprovam que pessoas com um alto n&iacute;vel de intelig&ecirc;ncia costumam duvidar de sua pr&oacute;pria capacidade. &Agrave;s vezes, elas nem se consideram inteligentes e se enxergam abaixo do, digamos, &ldquo;padr&atilde;o&rdquo;.
A inferioridade ilus&oacute;ria &eacute; algo real e acontece com muita frequ&ecirc;ncia &mdash; pessoas competentes, justamente por terem &ldquo;os p&eacute;s no ch&atilde;o&rdquo;, diminuem sua pr&oacute;pria capacidade e enfraquecem sua autoconfian&ccedil;a. H&aacute; at&eacute; mesmo um nome para tal condi&ccedil;&atilde;o psicol&oacute;gica, que pode ser permanente ou tempor&aacute;ria: s&iacute;ndrome do impostor. Sendo assim, voc&ecirc; deve estar se perguntando: como descobrir se sou realmente inteligente? Bem, um bom come&ccedil;o &eacute; observar se voc&ecirc; possui os comportamentos e as caracter&iacute;sticas listadas abaixo!
<h2>1) Voc&ecirc; estudou m&uacute;sica</h2>
V&aacute;rios estudos j&aacute; comprovaram que estudar a arte da m&uacute;sica auxilia no desenvolvimento intelectual das crian&ccedil;as. Um deles, publicado em 2011, demonstrou um aumento razo&aacute;vel na pontua&ccedil;&atilde;o de pequenos de 4 a 6 anos depois que passaram um &uacute;nico m&ecirc;s tendo aulas de m&uacute;sica. Algo parecido ocorreu em 2004, quando um &ldquo;volunt&aacute;rio&rdquo; de 6 anos estudou piano durante 9 meses e apresentou um aumento significativo em seu QI em compara&ccedil;&atilde;o com as outras crian&ccedil;as que s&oacute; estudaram disciplinas normais.
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<h2>2) Voc&ecirc; &eacute; o irm&atilde;o mais velho</h2>
Epidemiologistas noruegueses examinaram registros militares de quase 250 mil pessoas nascidas entre os anos de 1967 e 1976 e observaram dados como status de sa&uacute;de, ordem de nascimento e pontua&ccedil;&atilde;o de QI. Os resultados foram curiosos: geralmente, os irm&atilde;os mais velhos t&ecirc;m um QI na faixa dos 103, enquanto o segundo filho possui 100 e o terceiro, 99. Isso n&atilde;o tem a ver com gen&eacute;tica, mas sim com intera&ccedil;&otilde;es psicol&oacute;gicas com os pais e as crian&ccedil;as.
<h2>3) Voc&ecirc; &eacute; magro</h2>
Acredite, n&atilde;o tem nada a ver com gordofobia. Quem fez tal afirma&ccedil;&atilde;o foi um grupo de cientistas que, em 2006, conduziu um estudo que associou a magreza &agrave; superioridade cognitiva. No mesmo ano, outra pesquisa feita com crian&ccedil;as de 11 anos mostrou que os baixinhos que tiveram a menor pontua&ccedil;&atilde;o em testes verbais de intelig&ecirc;ncia eram mais propensos a se tornarem obesos quando chegassem aos 40 anos.
<h2>4) Voc&ecirc; &eacute; alto</h2>
Outro estudo, conduzido em 2008 na Universidade Princeton (EUA), relacionou a altura &agrave; intelig&ecirc;ncia do indiv&iacute;duo. Um dos pesquisadores respons&aacute;veis comentou, na &eacute;poca, que &ldquo;mesmo em uma idade tenra, como 3 anos &mdash; antes de a escola ter a chance de influenciar em algo &mdash;, e durante a pr&eacute;-adolesc&ecirc;ncia, crian&ccedil;as mais altas tendem a ser significativamente melhores em testes cognitivos&rdquo;.
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<h2>5) Voc&ecirc; tem um gato</h2>
Um estudo de 2014 realizado com 600 universit&aacute;rios descobriu que indiv&iacute;duos que se categorizam como &ldquo;amantes de cachorros&rdquo; n&atilde;o eram t&atilde;o bem-sucedidos quantos aqueles que se descreviam como &ldquo;amantes de gatos&rdquo;. Em outra parte do teste, os volunt&aacute;rios que apreciavam os &ldquo;felinos&rdquo; registraram pontua&ccedil;&otilde;es bem mais altas em provas de habilidade cognitiva.
<h2>6) Voc&ecirc; usa (ou usava) drogas recreativas</h2>
Calma a&iacute;: n&atilde;o precisa visitar a biqueira mais pr&oacute;xima. Estamos apenas citando um estudo brit&acirc;nico de 2012 feito com 6 mil pessoas que identificou que, na maioria das vezes, crian&ccedil;as com um QI alto demais s&atilde;o propensas a adotar comportamentos que s&atilde;o potencialmente nocivos &agrave; pr&oacute;pria sa&uacute;de &mdash; incluindo o uso de subst&acirc;ncias ilegais e abuso de &aacute;lcool &mdash; quando elas atingem a maturidade.
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<h2>7) Voc&ecirc; aprendeu a ler cedo</h2>
Em 2012, pesquisadores brit&acirc;nicos observaram o desenvolvimento de nada menos do que 2 mil pares de g&ecirc;meos &mdash; e constataram que o irm&atilde;o que aprendeu a ler primeiro geralmente atinge pontua&ccedil;&otilde;es mais altas em testes de cogni&ccedil;&atilde;o. Um dos autores sugere que isso acontece porque a leitura precoce estimula tanto a habilidade verbal quanto a n&atilde;o verbal (ou seja, o racioc&iacute;nio l&oacute;gico).
<h2>8) Voc&ecirc; se preocupa demais</h2>
V&aacute;rios estudos recentes sugerem que indiv&iacute;duos excessivamente ansiosos s&atilde;o mais inteligentes do que os outros em determinados aspectos. Um dos especialistas que realizaram tal afirma&ccedil;&atilde;o foi o psic&oacute;logo norte-americano Edward Selby, que, embora ressalte que refletir demais sobre pequenos problemas do cotidiano pode indicar um transtorno de ansiedade, diz tamb&eacute;m que &eacute; uma pr&aacute;tica que costuma estar associada a indiv&iacute;duos com maior intelig&ecirc;ncia verbal.
<h2>9) Voc&ecirc; &eacute; desorganizado</h2>
At&eacute; parece contradit&oacute;rio, correto? Por&eacute;m, de acordo com Kathleen Vohs, da Escola de Administra&ccedil;&atilde;o Curtis L. Carlson da Universidade de Minnesota, trabalhar &mdash; ou estudar &mdash; em uma sala bagun&ccedil;ada costuma ser uma prefer&ecirc;ncia dos mais inteligentes. Em seu estudo, 48 participantes foram desafiados a encontrar usos incomuns para uma bola de pingue-pongue. Os universit&aacute;rios que moravam em quartos &ldquo;arrumadinhos&rdquo; foram bem menos criativos do que aqueles que viviam na completa bagun&ccedil;a.
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<h2>Lembre-se: n&atilde;o existem regras</h2>
&Eacute; importante lembrar que todas as caracter&iacute;sticas citadas aqui (tal como tantas outras, incluindo &ldquo;ter h&aacute;bitos noturnos&rdquo;, &ldquo;ser curioso&rdquo; e &mdash; acredite ou n&atilde;o &mdash; &ldquo;n&atilde;o fazer sexo at&eacute; a faculdade") n&atilde;o s&atilde;o regras que definem se algu&eacute;m &eacute; inteligente ou n&atilde;o. Estamos falando apenas de uma s&eacute;rie de tra&ccedil;os comportamentais que surgiram durante estudos cient&iacute;ficos &mdash; que podem estar corretos ou n&atilde;o.
N&atilde;o existe uma norma geral ou um perfil exato que defina um ser humano inteligente. Sendo assim, n&atilde;o se prenda a tais atributos; enxergue-os apenas como ind&iacute;cios para uma eventual jornada pelo autoconhecimento.
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9 indícios de que você é inteligente — mesmo que não acredite nisso

Imagem de 1590: o ano em que os parisienses comeram pães feitos com ossos humanos no megacurioso

No meio de uma guerra civil, os refugiados da cidade estavam famintos e resolveram sanar o problema de uma forma um tanto macabra: devorando seus antepassados

A fome &eacute;, certamente, uma das piores condi&ccedil;&otilde;es que o ser humano pode enfrentar. E, para a infelicidade dos parisienses que passaram por uma guerra civil, no s&eacute;culo XVI, esse per&iacute;odo hist&oacute;rico foi marcado por muitos momentos de escassez de comida &mdash; o que levou algumas pessoas a adotarem certas medidas dr&aacute;sticas que, at&eacute; hoje, causam arrepios inclusive em historiadores. Estamos falando de 1590, o ano em que os cidad&atilde;os de Paris resolveram desenterrar corpos e fazer p&atilde;o utilizando ossos humanos.
Mas, para que possamos entender direito essa hist&oacute;ria, &eacute; preciso voltar um pouquinho no tempo. Antes de mais nada, &eacute; crucial saber que, desde o s&eacute;culo XV, o p&atilde;o sempre foi um dos principais alimentos dos franceses &mdash; um adulto comum comia quase 1 quilo da iguaria por dia. Obviamente, os nobres tinham acesso a uma dieta mais diversificada (o que inclu&iacute;a carne e vinho), mas os mais pobres eram obrigados a se virar com p&atilde;o mesmo. Sendo assim, quando o trigo era escasso, muita gente passava fome.
Infelizmente, o pa&iacute;s europeu sempre teve um hist&oacute;rico de guerras e cercos &mdash; come&ccedil;ando em 845 pelos vikings e passando por outros conflitos de grande porte. Nesses momentos de austeridade, os parisienses comiam de tudo, incluindo os cavalos utilizados pelos militares e animais dom&eacute;sticos. Por&eacute;m, nesta mat&eacute;ria, vamos tratar especificamente de um cerco que come&ccedil;ou l&aacute; em 1589, quando o rei Henrique III foi assassinado e iniciou-se uma corrida para decidir quem sucederia seu trono.
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<h2>Guerra do trono</h2>
O principal candidato era seu primo Henrique IV de Navarra, mas tinha um probleminha a&iacute;: embora tivesse sido batizado cat&oacute;lico, o novo rei foi criado como protestante. E, visto que naquela &eacute;poca a Fran&ccedil;a enfrentava uma guerra entre protestantes e cat&oacute;licos, Henrique IV teve que literalmente lutar contra a Liga Cat&oacute;lica, grupo antiprotestante aliado &agrave; Coroa Espanhola, para conseguir sentar no t&atilde;o desejado trono. Isso acabou gerando uma guerra civil dentro de seu pr&oacute;prio pa&iacute;s que durou v&aacute;rios meses.
O futuro sucessor n&atilde;o teve muitas dificuldades em sua cruzada, conquistando territ&oacute;rios majoritariamente cat&oacute;licos com certa facilidade e cerceando Paris ao dominar comunas vizinhas. Com isso, os parisienses &mdash; e os refugiados que se mudaram para l&aacute; &mdash; ficaram praticamente sem provedores de comida. Para piorar a situa&ccedil;&atilde;o, Henrique IV queimou todos os moinhos de vento que encontrou pelo caminho, impossibilitando a produ&ccedil;&atilde;o de p&atilde;o pela popula&ccedil;&atilde;o, que ainda era seu principal alimento.
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Por fim, ap&oacute;s comer cavalos, mulas, c&atilde;es e gatos, as pessoas j&aacute; estavam ficando sem op&ccedil;&otilde;es. Em agosto de 1590, o diarista Pierre L'Estoile teve a &oacute;tima ideia de desenterrar cad&aacute;veres e utilizar seus ossos como ingrediente para a receita que ficou conhecida como &ldquo;p&atilde;o de Madame de Montpensier&rdquo;. Como? Eles eram mo&iacute;dos, transformados em farinha, misturados com outros elementos e assados no formato de p&atilde;es no lugar do bom e velho trigo.
<h2>O p&atilde;o que o diabo amassou?</h2>
Obviamente, tal p&atilde;o de ossos n&atilde;o foi uma boa ideia, e muita gente acabou adoecendo e morrendo ap&oacute;s consumir esse alimento macabro. Al&eacute;m disso, mesmo se n&atilde;o estiv&eacute;ssemos falando de uma comida feita de cad&aacute;veres, a farinha de ossos n&atilde;o tinha nutrientes, o que tornava o p&atilde;o como um todo algo praticamente in&uacute;til para saciar as necessidades alimentares da popula&ccedil;&atilde;o.
Em seu livro &ldquo;Pr&eacute;cis de mati&egrave;re m&eacute;dicale&rdquo;, o escritor Gabriel Venel descreveu bem a situa&ccedil;&atilde;o: &ldquo;a ideia de reduzir ossos humanos a p&oacute; [...] s&oacute; poderia vir de uma mente essencialmente ignorante e vencida pela fome e pelo desespero. Os ossos n&atilde;o s&atilde;o farinhentos e, quando s&atilde;o gastos por uma longa estadia em solo &uacute;mido, n&atilde;o cont&ecirc;m nenhum elemento nutritivo&rdquo;.
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Por fim, ao ver o sofrimento de seu povo, Henrique IV resolveu permitir a entrada de comida em Paris e se converteu ao catolicismo, dando in&iacute;cio ao seu reinado &mdash; que durou at&eacute; maio de 1610, quando foi assassinado com duas facadas em sua carruagem real.
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1590: o ano em que os parisienses comeram pães feitos com ossos humanos

Imagem de Acredite ou não, este gato fofinho é o felino mais mortal do mundo no megacurioso

Claro, ele dificilmente faria algum mal a você; porém, o gato-bravo-de-patas-negras mata até 14 presas em uma única noite, cometendo um assassinato a cada 50 minutos

Quando falamos sobre felinos perigosos, sanguinolentos e mortais, qual &eacute; o primeiro animal de que voc&ecirc; se lembra? Provavelmente dos le&otilde;es ou dos leopardos, n&atilde;o &eacute; mesmo? De fato &mdash; esses bichanos s&atilde;o um tanto perigosos e podem partir um ser humano ao meio com facilidade. Por&eacute;m, de acordo com a ci&ecirc;ncia, o felino mais mortal do mundo &eacute; o simp&aacute;tico e pequenino gato-bravo-de-patas-negras (Felis nigripes), que tem mais ou menos o mesmo tamanho daqueles gatos dom&eacute;sticos comuns que ficam miando no seu telhado.
Categorizado como &ldquo;quase amea&ccedil;ado&rdquo; de extin&ccedil;&atilde;o, ele &eacute; um bicho raro de se ver e geralmente habita zonas &aacute;ridas da &Aacute;frica Austral (incluindo desertos e pradarias), sendo capaz de aguentar altas temperaturas sem problema algum. Um exemplar adulto mede de 36 a 52 cent&iacute;metros de comprimento e at&eacute; 20 cm de altura; seu peso varia de 1 a 3 quilogramas. Por&eacute;m, n&atilde;o deixe que sua estatura o engane: o bichano ca&ccedil;a mais presas em uma &uacute;nica noite do que um leopardo em 6 meses!
Recentemente, um grupo de documentaristas resolveu capturar imagens in&eacute;ditas de gatos-bravos (vamos abreviar esse nome complexo, n&eacute;?) em seu habitat natural para aprender um pouco mais sobre suas atividades. Rastreando exemplares j&aacute; catalogados e equipados com colares de r&aacute;dio, os profissionais precisaram usar uma c&acirc;mera especial ultrassens&iacute;vel &agrave; luz para capturar os movimentos dos felinos durante o per&iacute;odo noturno. Visto que eles s&atilde;o pequenos, &eacute; f&aacute;cil perd&ecirc;-los no meio da vegeta&ccedil;&atilde;o, por exemplo.
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<h2>Assassino impiedoso</h2>
Os esfor&ccedil;os dos documentaristas valeram a pena. Gra&ccedil;as a essas filmagens especiais, eles foram capazes de comprovar cientificamente algo que muitos pesquisadores j&aacute; imaginavam: o gato-bravo &eacute; um ca&ccedil;ador exemplar e deixa muitos outros felinos no chinelo. Por conta de seu metabolismo acelerado, ele precisa estar sempre em atividade e se alimentar com frequ&ecirc;ncia &mdash; o que explica, em partes, por que essa criatura t&atilde;o fofinha &eacute;, ao mesmo tempo, t&atilde;o sanguinolenta.
Em uma &uacute;nica noite, o Felis nigripes mata entre 10 e 14 presas (geralmente roedores ou pequenos p&aacute;ssaros), em uma m&eacute;dia de um assassinato a cada 50 minutos. Mais interessante ainda &eacute; o fato de que ele tem uma taxa de sucesso de 60% em seus ataques contra suas presas; para fins comparativos, os le&otilde;es s&oacute; conseguem assassinar uma v&iacute;tima em aproximadamente 25% das vezes. Na maioria dos casos, o azarado (ou sortudo) consegue fugir; mas o gato-bravo, em contrapartida, n&atilde;o sabe o que &eacute; piedade.
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As filmagens tamb&eacute;m revelaram que o animal utiliza tr&ecirc;s t&eacute;cnicas para suas ca&ccedil;as. Em um dos m&eacute;todos, ele simplesmente sai correndo e pulando pelos campos, abordando qualquer pequeno animal que sirva de alimento; em outro, &ldquo;segue&rdquo; suas v&iacute;timas at&eacute; as tocas e as abate dentro de suas pr&oacute;prias casas. Por fim, o gato tamb&eacute;m pode ficar at&eacute; 2 horas parado em um esconderijo esperando que uma presa azarada passe pela sua frente &mdash; momento em que ele d&aacute; seu salto mortal.
Obviamente, o gato-bravo-de-patas-negras n&atilde;o simboliza perigo para animais de grande porte, como gazelas e gnus (que costumam ser v&iacute;timas de felinos maiores), por&eacute;m, sua alta taxa de sucesso nas matan&ccedil;as e a quantidade de assassinatos por noite transformam esse bichano, oficialmente, no felino mais mortal que existe na Terra. Agora, venhamos e convenhamos: quem tem problemas com ratos em casa com certeza gostaria de contar com um mascote desses.
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Acredite ou não, este gato fofinho é o felino mais mortal do mundo

Imagem de Você sabe em quais locais do seu corpo seus sentimentos se manifestam? no megacurioso

Uma equipe de cientistas resolveu fazer um experimento interessante e “mapear” exatamente onde nossas emoções se transformam em sensações físicas

O c&eacute;rebro humano &eacute; algo fascinante &mdash; ele &eacute; capaz, por exemplo, de fazer com que voc&ecirc; tenha certeza de que h&aacute; alguma dor no seu corpo, mesmo se n&atilde;o existir nenhum ferimento ou algo de errado nele. Pode at&eacute; mesmo engan&aacute;-lo em rela&ccedil;&atilde;o a algumas sensa&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas, fazendo com que voc&ecirc; se sinta mal de acordo com seu estado psicol&oacute;gico. &Eacute; ele que manda um &ldquo;aviso&rdquo; sobre alguma condi&ccedil;&atilde;o emocional &mdash; quem sofre de transtorno de ansiedade sabe muito bem disso.
Pensando nisso, um grupo de pesquisadores finlandeses liderado pelo neurocientista Lauri Nummenmaa, da Universidade de Turku, resolveu fazer um experimento um tanto curioso: mapear em quais locais do nosso corpo n&oacute;s sentimentos emo&ccedil;&otilde;es. A equipe j&aacute; tinha trabalhado em algo similar em 2014, mas, desta vez, decidiu convocar mil participantes e mapear nada menos do que cem emo&ccedil;&otilde;es, para tentar descobrir onde elas se manifestam fisicamente.
Para o experimento, os cientistas separaram os sentimentos em seis categorias: &ldquo;cognitivas&rdquo; (como pensamentos e racioc&iacute;nios), &ldquo;sensitivas e perceptivas&rdquo; (ver, ouvir etc.), &ldquo;estados homeost&aacute;ticos&rdquo; (incluindo fun&ccedil;&otilde;es corporais como fome e sede), &ldquo;processos fisiol&oacute;gicos&rdquo; (como dormir e respirar), &ldquo;doen&ccedil;as&rdquo; (tosses e febres associadas a gripes, por exemplo) e &ldquo;dist&uacute;rbios psiqui&aacute;tricos&rdquo; (depress&atilde;o, ansiedade e afins).
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<h2>Descobertas interessantes</h2>
A pesquisa consistiu em tr&ecirc;s fases. Na primeira, os volunt&aacute;rios tiveram que contar sobre a intensidade com que eles sentiram cada emo&ccedil;&atilde;o em seus corpos versus suas mentes, o qu&atilde;o bom era cada sentimento e o quanto eles conseguiam control&aacute;-lo. J&aacute; na segunda fase, os participantes foram desafiados a mapear esses sentimentos por similaridade &mdash; culpa e estresse, por exemplo, costumam andar de m&atilde;os dadas, enquanto orgulho e amor geralmente n&atilde;o se misturam.
Por fim, os mil volunt&aacute;rios &ldquo;pintaram&rdquo; cada sentimento em representa&ccedil;&otilde;es vazias do corpo humano para dizer onde eles efetivamente sentiam aquela emo&ccedil;&atilde;o. Com base nesses milhares de desenhos, os finlandeses foram capazes de identificar um padr&atilde;o &mdash; e o resultado &eacute; bem interessante, visto que eles descobriram que algumas coisas sentidas na cabe&ccedil;a se manifestam em partes curiosas do corpo humano.
Alguns resultados s&atilde;o &oacute;bvios: fome &eacute; sentida no est&ocirc;mago e sede, na garganta. Por&eacute;m, tanto a gratid&atilde;o (um sentimento positivo) quanto a culpa e o desespero (sentimentos negativos) s&atilde;o percebidos n&atilde;o apenas no cora&ccedil;&atilde;o, mas tamb&eacute;m na cabe&ccedil;a e no est&ocirc;mago. Empolga&ccedil;&atilde;o e exaust&atilde;o, embora sejam opostos, s&atilde;o notados no corpo inteiro. E, por fim, temos o autocontrole, sentido na cabe&ccedil;a e nas m&atilde;os &mdash; afinal, quando voc&ecirc; n&atilde;o quer fazer algo, inconscientemente &ldquo;trava&rdquo; esses membros para mant&ecirc;-los quietos.
Embora o experimento n&atilde;o tenha muita utilidade pr&aacute;tica &mdash; ao menos por enquanto &mdash;, trata-se de uma descoberta interessante e que confirma mais uma vez o quanto nosso c&eacute;rebro interfere em sensa&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas quando deseja nos passar alguma emo&ccedil;&atilde;o.
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Você sabe em quais locais do seu corpo seus sentimentos se manifestam?

Imagem de A ciência explica: por que às vezes nos assustamos com risadas? no megacurioso

Embora tal expressão geralmente esteja associada a alegria e felicidade, em determinados momentos, temos medo de alguém que está rindo; especialistas explicam o motivo

Ver algu&eacute;m dando risada &mdash; e at&eacute; mesmo rir junto &mdash; &eacute; algo muito confortante. Por&eacute;m, em determinadas situa&ccedil;&otilde;es, esse ato pode se transformar em algo medonho, macabro e assustador, n&atilde;o &eacute; mesmo? Como sempre, a ci&ecirc;ncia tem v&aacute;rias formas de explicar o porqu&ecirc; desse fen&ocirc;meno; por&eacute;m, desde j&aacute;, podemos simplificar: o medo e a alegria s&atilde;o &ldquo;estados de alta excita&ccedil;&atilde;o&rdquo;, ou seja, momentos em que sentimos emo&ccedil;&otilde;es intensas. Por isso, &eacute; comum, por exemplo, gritarmos de surpresa e darmos risada em seguida.
&ldquo;Muito do medo adv&eacute;m da disson&acirc;ncia ou da viola&ccedil;&atilde;o de nossas expectativas&rdquo;, explica a soci&oacute;loga Margee Kerr, da Universidade de Pittsburgh (EUA). O que Margee quer dizer &eacute; que n&oacute;s ficamos assustados quando alguma coisa vai al&eacute;m das nossas expectativas ou contra elas, e isso explica por que crian&ccedil;as possu&iacute;das s&atilde;o t&atilde;o comuns em filmes de terror. Costumamos enxerg&aacute;-las como seres &ldquo;fofos e inocentes&rdquo; &mdash; logo, a imagem de um beb&ecirc; demon&iacute;aco nos desperta uma sensa&ccedil;&atilde;o de estranheza.
Isso ocorre quando algu&eacute;m ri em uma situa&ccedil;&atilde;o ou um ambiente incomum. &ldquo;Sempre que presenciamos algo que deveria estar ligado a emo&ccedil;&otilde;es positivas, sentimentos de inoc&ecirc;ncia ou alegria, e depois o invertemos de alguma forma, seja tornando-o um pouco sinistro ou fora do contexto, ele envia um sinal vermelho&rdquo;, afirma Margee. Ou seja: nosso c&eacute;rebro nos avisa que h&aacute; alguma coisa errada e, consequentemente, emite um sinal de alerta para que possamos nos manter atentos.
&ldquo;As pessoas n&atilde;o deveriam estar felizes em fazer coisas ruins, ent&atilde;o quando elas s&atilde;o... &eacute; uma dica de que algo n&atilde;o est&aacute; certo e n&atilde;o podemos confiar nelas&rdquo;, confirma a soci&oacute;loga. Esse fator tamb&eacute;m &eacute; amplamente utilizado na fic&ccedil;&atilde;o, especialmente no setor cinematogr&aacute;fico &mdash; basta nos lembrarmos do personagem Joker (ou Coringa, em portugu&ecirc;s), que solta gargalhadas enquanto explode pr&eacute;dios e mata pessoas inocentes. Trata-se de um artif&iacute;cio comum para destacar a insanidade e a instabilidade psicol&oacute;gica de algu&eacute;m.
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<h2>Um assunto complexo</h2>
Por&eacute;m, Margee ressalta que isso s&oacute; &eacute; v&aacute;lido para culturas que aprenderam a associar a risada com algo positivo e ligado a emo&ccedil;&otilde;es, como a alegria. Por isso, estranhamos quando ela &eacute; inserida em uma cena de crueldade. Por&eacute;m, para alguns povos (especialmente aqueles que tiveram pouco contato com outras civiliza&ccedil;&otilde;es e a m&iacute;dia global), qualquer riso n&atilde;o possui o mesmo efeito com o qual estamos habituados e costuma ser enfrentado com estranheza independentemente da situa&ccedil;&atilde;o em que surja.
J&aacute; o Dr. Israel Liberzon, chefe do departamento de psiquiatria da Faculdade de Medicina do Texas, relembra ainda outras vari&aacute;veis que podem fazer com que uma risada seja considerada algo positivo ou negativo &mdash; h&aacute; uma grande diferen&ccedil;a entre &ldquo;rir com algu&eacute;m&rdquo; (que simboliza o proveito de algo engra&ccedil;ado ou agrad&aacute;vel) e &ldquo;rir de algu&eacute;m&rdquo; (que pode ter o significado de zombaria). E, &eacute; claro, se virmos algo n&atilde;o humano rindo, como uma boneca ou um rob&ocirc;, surgir&aacute; uma camada extra de medo.
Quer um caso recente? Neste mesmo ano, a assistente virtual da Amazon, Alexa, sofreu um bug que fez com que gargalhasse de forma aleat&oacute;ria. &ldquo;Quando ouvimos o GPS, a Alexa ou a Siri responderem carinhosamente, sabemos que est&atilde;o sempre fazendo isso em resposta a algo que falamos. Eles n&atilde;o t&ecirc;m express&otilde;es de emo&ccedil;&otilde;es independentemente motivadas. Mas quando a Alexa ri aleatoriamente por conta pr&oacute;pria, isso introduz o problema de 'Por que a Alexa est&aacute; rindo?'", explica Margee.
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Ramon de Souza