Novo tipo de vacina mostra potencial no combate ao câncer

26/04/2017 às 06:052 min de leitura

Uma pesquisa feita em colaboração pelo Dr. Jinming Gao, professor de Farmacologia e Otorrinolaringologia, e pelo Dr. Zhijian "James" Chen, Professor de Biologia Molecular e Diretor do Centro de Pesquisa de Inflamação, está dando uma nova esperança para quem sofre com o câncer. O centro, criado em 2015, estuda como o corpo detecta a infecção e trabalha com diferentes abordagens para desenvolver novos tratamentos para infecção, distúrbios imunológicos e autoimunidade.

A nova tecnologia desenvolvida pelo grupo é uma nanovacina composta de antígenos tumorais, proteínas tumorais que podem ser reconhecidas pelo sistema imunológico e são armazenadas em uma nanopartícula de polímero sintético. Seu grande objetivo é estimular o sistema imunológico a montar uma resposta, ou seja: ajudar o corpo a combater o câncer.

Nanovacina é composta de antígenos tumorais e estimula o sistema imunológico

Segundo o Dr. Gao, a grande vantagem do projeto é a simplicidade da composição de polímero que faz com que os antígenos tumorais cheguem às células imunes, estimulando a imunidade e matando as células cancerosas.  

As vacinas tradicionais exigem que as células imunológicas capturem antígenos tumorais e só então sigam em direção aos órgãos linfoides para a ativação das células T. Já o novo sistema de vacinas desenvolvido trabalha com nanopartículas, que podem viajar diretamente para os nódulos linfáticos do corpo para ativar as respostas imunitárias específicas do tumor.

Os cientistas examinaram uma variedadede tumores associados aos cancros da pele, do cólon, do reto, do útero, da cabeça e do pescoço. Na maioria dos casos, a nanovacina retardou o crescimento do tumor e prolongou a vida dos animais, já que ela ativou a proteína adaptadora STING, permitindo a estimulação da defesa imunitária no organismo dos animais. 

Equipe obteve resultados positivos durante os testes

Atualmente, existem outras tecnologias de vacina que são utilizadas na imunoterapia do câncer, entretanto elas costumam ser mais complexas e, consequentemente, mais caras. Além disso, Dr. Gao lembra que, em alguns casos, elas são tóxicas e podem prejudicar o paciente.

Porém, o avanço recente nas ferramentas de nanotecnologia aliado à compreensão da imunidade inata e adaptativa levaram a um maior número de colaborações entre imunologistas e nanotecnólogos. Com isso, Dr. Chen afirma que as parcerias foram fundamentais para impulsionar o rápido desenvolvimento dessa nova geração de nanovacinas.

A equipe continua o trabalho e acredita que a combinação das nanovacinas com a radiação e outras estratégias pode aumentar ainda mais o combate ao câncer.

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