Você é bom com códigos? Museu vai pagar quem decifrar símbolos milenares

27/07/2017 às 08:482 min de leitura

Você tem talento em “quebrar” códigos? Então, o que você acha de ganhar nada menos que US$ 15 mil — por volta de R$ 47 mil! — por caractere decifrado? Segundo Michael Waters, do site Atlas Obscura, essa é a quantia que o Museu Nacional de Escrita Chinesa, situado em Anyang, na Província de Henan, está oferecendo para quem conseguir traduzir antigos símbolos gravados em oráculos feitos de ossos e que cujo significado jamais foi descoberto.

Código indecifrável?

Segundo Michael, os oráculos consistem em cascos de tartaruga e omoplatas de boi com símbolos que foram gravados há três mil anos, durante a dinastia Shang, e representam os registros escritos mais antigos da civilização chinesa. Os artefatos foram descobertos por fazendeiros chineses na década de 20 em Anyang e, desde então, escavações no local permitiram que cerca de 200 mil deles fossem encontrados.

Desse total, por volta de 50 mil unidades contam com algum tipo de símbolo gravado, e dos cerca de cinco mil caracteres identificados nos ossos, por volta de dois mil foram decifrados. No entanto, depois de várias décadas de trabalho, os linguistas chineses “empacaram” com as traduções no ano passado — e admitiram que existem aproximadamente três mil sinais cujo significado eles simplesmente não conseguem desvendar.

Então, devido ao alto custo do projeto e o tempo que os especialistas levam tentando descobrir o que os símbolos significam, o museu decidiu “abrir” a tradução ao mundo e oferecer a pequena bolada de US$ 15 mil por cada caractere que for (comprovadamente) decifrado.

Oportunidade

De acordo com Jason Daley, do site Smithsonian.com, qualquer pessoa de qualquer país pode tentar decifrar os códigos, e a instituição também vai oferecer uma “recompensa” de US$ 7,5 mil (por volta de R$ 23,5 mil) para quem conseguir apresentar uma explicação definitiva para caracteres cuja tradução ainda causa discussão entre os linguistas.

Segundo Jason, o museu espera que especialistas de todo o mundo participem no esforço, e que os caracteres desconhecidos inclusive sejam analisados por sistemas computacionais ou qualquer tecnologia avançada que possa ajudar. Contudo, o fato de a instituição ter decidido pagar tanto dinheiro por símbolo decifrado já é um indicativo que a tarefa não será nada — nada — fácil.

O problema, conforme explicou o pessoal do museu, é que é muito difícil verificar os símbolos, uma vez que muitos representam pessoas ou lugares que existiram há muito, muito tempo. O legal é que, segundo os linguistas, cada novo caractere identificado como verbo ou substantivo poderia, potencialmente, permitir uma melhor compreensão dos textos presentes nos oráculos e, com isso, os especialistas poderão entender melhor uma parte da história chinesa que ainda é pouco conhecida.

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