Chimpanzés reconhecem uns aos outros pela bunda, sabia?

18/09/2017 às 03:172 min de leitura

Para nós, seres humanos, é mais do que comum a ideia de que somos capazes de reconhecer rostos de pessoas que fazem parte de nossas vidas. Isso acontece por causa de um recurso chamado reconhecimento configural, que faz com que nosso cérebro processe todos os detalhes da estrutura do rosto das pessoas com as quais convivemos.

Como esse reconhecimento ocorre de acordo com o posicionamento da imagem que vemos, é comum termos dificuldades para distinguir imagens de rostos que nos sejam apresentadas de cabeça para baixo.

Mas como será que acontece esse reconhecimento entre os macacos, com quem nos parecemos tanto? Aparentemente, chimpanzés têm um processo parecido de reconhecimento, mas ele não é programado para que eles identifiquem as faces de outros chimpanzés – na verdade, esses animais são bons mesmo em reconhecer o bumbum uns dos outros!

Essa característica interessante e curiosa foi publicada em um artigo sobre o tema, produzidos por cientistas holandeses e japoneses que observaram o comportamento de chimpanzés, que passaram por testes de reconhecimento.

Cara de um...

Chimpanzé

Assim como os humanos, esses animais têm dificuldades de reconhecer outros chimpanzés quando se deparam com imagens viradas de ponta-cabeça e, também como acontece conosco, eles demoram mais tempo para processarem a imagens quando ela está de cabeça para baixo.

O que eles reconhecem mesmo, no entanto, é o traseiro de outros chimpanzés. Ao que tudo indica, isso pode ser uma característica evolutiva, já que esses animais acabam encarando mais o bumbum de seus colegas do que seus rostos propriamente ditos, enquanto andam pelas florestas.

Além do mais, as fêmeas, quando estão ovulando, ficam com a região do bumbum inchada e mais vermelha, o que acaba sendo um diferencial para que os machos as encontrem – eles são tão espertos que conseguem saber se a fêmea ovulando é sua parente ou não e, assim, evitam a reprodução dentro do mesmo grupo familiar.

Para os pesquisadores, essas conclusões nos mostram pontos importantes sobre a evolução desses macacos em termos de sociedade e de atividade sexual. Além disso, são animais que, como os seres humanos, também se reconhecem entre si através da observação de uma parte do corpo que não tem pelos e que se apresenta de maneira simétrica.

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