Será que cervejas e refrigerantes aguentam uma explosão nuclear?

13/03/2018 às 08:302 min de leitura

Pense em um cenário hipotético no qual o mundo vive um período pós-apocalíptico provocado por explosões de bombas nucleares, sejam dos Estados Unidos, da Coreia do Norte, da Rússia, da China ou de um discípulo do saudoso Enéas Carneiro. Caso você sobrevivesse, precisaria se hidratar para seguir em frente, mas será que poderia beber o que encontrasse pelo caminho? 

Para responder a essa questão, os norte-americanos realizaram testes entre 1955 e 1957 para descobrir se bebidas comercialmente envasadas continuariam em condições de consumo após a detonação de artefatos atômicos próximos a elas. A resposta? Sim, mas não conte com um sabor maravilhoso. 

Durante a chamada “Operação Teapot”, diversas garrafas e latinhas foram posicionadas nas redondezas de onde duas bombas nucleares foram testadas no estado de Nevada, uma com energia equivalente a 20 kilotons de TNT e outra de 30 kilotons. Cervejas, refrigerantes e águas foram armazenados em contêineres espalhados a diferentes distâncias em relação ao “marco zero” da explosão. Três, dois, um... Bum! 

Alguns contêineres, como os mais próximos do epicentro, a cerca de 300 metros de distância, foram soterrados pelos detritos. Outros, mais distantes, permaneceram intactos. Porém, além da preservação física dos produtos, era necessário medir as alterações químicas provocadas pela radiação emitida. 

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Segundo os estudos realizados na época, até mesmo as bebidas sobreviventes mais próximas à explosão se mantiveram dentro dos limites de segurança. É importante ressaltar que elas poderiam ser consumidas dentro desse cenário de extrema emergência, mas isso não significa que elas estariam aptas a serem colocadas à venda nas prateleiras de algum supermercado. 

De acordo com o relatório, para uma pessoa envolvida nessa situação, seria melhor correr o risco de sofrer consequências em longo prazo pela exposição à radiação do que morrer em poucos dias pela desidratação do organismo. O único problema imediato seria o sabor das bebidas. 

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Por incrível que pareça, algumas “cobaias” foram usadas para ingerirem aquelas cervejas radioativas e, pelo menos as mais distantes, foram consideradas “aceitavelmente consumíveis”. Já as bebidas expostas a menos de 400 metros em relação ao ponto de explosão apresentaram alteração de sabor. 

Ou seja, se algum governante maluco apertar um botão que não deve, fique à vontade para beber o que encontrar pela frente para sobreviver por mais tempo — caso você ainda esteja vivo nessa altura do campeonato, claro. 

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