Já imaginou uma bateria que durasse anos a fio? Pois ela existe

04/06/2018 às 14:002 min de leitura

Não se fazem mais pilhas como antigamente. E não, isso não é um saudosismo maluco. É só que, na Universidade de Oxford, há uma campainha que funciona há pelo menos 175 anos à base das mesmas baterias. Isso não acontece com o controle remoto da sua casa, não é mesmo?

Chamado de Campainha de Oxford ou Pilha-de-Volta de Clarendon, o objeto é composto por dois sinos de latão conectados a duas pilhas voltaicas (o primeiro tipo criado que conseguia prover corrente elétrica continuamente a um circuito). Entre eles, há um pêndulo de aproximadamente 4 mm, que balança de um lado para o outro, soando-os alternadamente e transferindo carga energética.

Esse barulho não é exatamente audível, já que a frequência da oscilação é muito baixa — 2 Hz apenas. Contudo, é possível ver a sua vibração; segundo os técnicos do laboratório próximo, as sinetas já tocaram 10 bilhões de vezes nesse longo período, graças a essa fonte imortal.

A campainha fica em um dos corredores do Departamento de Física da universidade, próximo ao laboratório Clarendon. Ela chegou ali graças ao professor Robert Walker, que trabalhou na instituição entre 1839 e 1865. Foi ele quem comprou o objeto e escreveu o bilhete que fica junto no expositor, o qual diz: “montada em 1840”.

Desde então ninguém nunca desmontou a estrutura para investigar do que as baterias são feitas — até porque, a essa altura, ninguém quer correr o risco de estragá-las, pondo fim a quase dois séculos de uso. O que se sabe é que as pilhas voltaicas eram compostas por camadas alternadas de folhas de metal (que podem ser prata ou zinco) e papel revestido com dióxido de manganês, cobertas por uma camada de enxofre.

Sabe-se também que o professor Walker deixou outro bilhete, que indica que, na verdade, a Campainha de Oxford pode ter sido construída até 15 anos antes de 1840.

De uma forma ou de outra, ela já é considerada “a bateria mais durável do mundo” a provocar uma “tintinabulação ininterrupta” (ou seja, um ressoar que não para) pelo Guinness. Agora nos resta esperar — sentados e sem muita ansiedade — para ver até quando o objeto vai continuar tocando. Só então o mistério acerca da fonte de energia imortal poderá ter fim, com estudos revelando do que ela é feita e por que tamanha durabilidade.

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