5 atividades que são diferentes no espaço

07/06/2019 às 12:003 min de leitura

O treinamento para se tornar astronauta é um processo longo e complicado — isso se o candidato possuir a formação e as características físicas exigidas. Nessa matéria, você pode ler mais sobre esse processo.

Além das questões técnicas, durante o treinamento, os futuros astronautas são apresentados às condições adversas que encontrarão em órbita, como ir ao banheiro, se exercitar e até mesmo chorar. Essas atividades, que para terráqueos são cotidianas, precisam ser adaptadas para o ambiente de microgravidade. A exploração turística do espaço parece promissora, mas ainda não existe data para o início desse tipo de viagem. Como não sabemos se um dia poderemos ter experiências como essas, separamos cinco coisas que fazemos diferente lá em cima.

1. Chorar

Se a saudade apertar e não for possível segurar as lágrimas, é melhor pegar um lenço, pois elas não vão secar sozinhas. Por se tratar de um ambiente de microgravidade, elas não caem como aqui na Terra, ficando acumuladas no canto dos olhos. E não é preciso abrir o berreiro para passar por essa situação. Em uma entrevista, o astronauta Andrew Feustel disse que, certa vez, estava em uma missão fora da espaçonave, e um pouco do líquido antiembaçante utilizado no capacete entrou em seu olho. Na ocasião, ele precisou limpar o choro acumulado com um aparato utilizado durante a descompressão, pois não tinha como usar as mãos enquanto estava com o traje espacial.

2. Sexo

Não existe registro de sexo no espaço, mas como dois seres humanos já estiveram lá ao mesmo tempo, a possibilidade existe. Apesar disso, não deve ter acontecido nada, pois as dificuldades são imensas. Como o tamanho da estação influencia no custo, tudo é otimizado, e encontrar um lugar mais reservado é tarefa quase impossível. Além disso, o fluxo sanguíneo é prejudicado lá em cima, tornando ereções bem mais difíceis do que em terra. As missões podem durar bastante tempo, e, mesmo com todos esses empecilhos, não duvidamos que algo a mais tenha ocorrido. Quem sabe as revelações não apareçam em um programa sensacionalista no futuro?

3. Exercícios

Os astronautas possuem treinamento militar, mas não mantêm a rotina de exercícios só por exigências dele. A ausência de gravidade faz com que os músculos não recebam o mesmo tipo de estímulo que na Terra, então, a longo prazo, eles enfraquecem, junto com os ossos. Levantar 10 kg por aqui é tarefa das mais pesadas, mas a microgravidade torna isso bem fácil. Por isso, são necessários equipamentos específicos, que levam em conta as condições do ambiente e fazem com que os tripulantes se exercitem como aqui na superfície. O The Verge publicou uma matéria sobre o assunto, e você pode ver o vídeo que eles criaram (acima), mostrando alguns aparelhos em funcionamento.

4. Cozinhar

A primeira hamburgueria espacial ainda não deve ter nem projeto, mas, se um dia a possibilidade de se cozinhar em um ambiente de microgravidade existir, adeus carne grelhada na brasa. Quando você acende um isqueiro aqui na Terra, a chama possui um formato alongado porque o ar ao redor dela se aquece e sobe, formando uma minicorrente de ar. Em um ambiente de microgravidade, as moléculas da atmosfera não estão sendo influenciadas pela gravidade, transformando tudo em uma bola de gás. Essa diferença faz com que, lá em cima, o fogo queime mais lentamente, com uma temperatura menor e menos oxigênio.

5. Banheiro

Não é preciso explicar os problemas que existem ao utilizar um banheiro sem gravidade. Por mais que ela seja algo natural para nós, e algumas vezes até nos faça sofrer, sua presença é essencial para a forma como evoluímos. O sistema é bem mais complicado do que estamos acostumados, pois o primeiro passo é se amarrar ao equivalente do nosso vaso sanitário. Homens e mulheres urinam em pé, através de um funil que suga o líquido expelido; já com o número dois, as coisas ficam um pouco mais complicadas. Após finalizado o processo, um sistema de sucção a ar captura o dejeto, que vai para um reservatório específico, onde é desidratado e descartado posteriormente. A astronauta Peggy Whitson contou ao Business Insider que a tarefa é difícil, pois o buraco-alvo é bem pequeno.

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