Não basta a Terra: humanos são responsável pelo aquecimento da Lua também

21/06/2018 às 09:302 min de leitura

Imagine quanto tempo o solo da Lua ficou intocado, até que nossos astronautas pisaram lá pela primeira vez, em 1969? Foram bilhões de anos até alguém de fato pisar na Lua pela primeira vez, mas talvez não tenha passado pela cabeça dos cientistas o efeito disso sobre os regolitos lunares  uma espécie de poeira que cobre a superfície do nosso satélite natural , muito menos que isso afetaria a temperatura da Lua inteira.

Em apenas pouco mais de 7 anos, entre 1969 e 1977, a temperatura por lá subiu 2 graus Celsius, e a hipótese de cientistas planetários vêm analisando isso desde então é de que, ao caminharem pela superfície, os viajantes espaciais arrastaram os regolitos, afastando-os e criando um caminho negro que deixava o solo desprotegido.

Para desempenhar suas missões de coletar material de análise, os 12 cientistas da Apollo foram de um lado para o outro e acabaram causando uma febre à Lua, de acordo com um artigo publicado em abril no periódico Journal of Geophysical Research: Planets.

Uma equipe de cientistas planetários liderados por Seiichi Nagihara, da Universidade de Tecnologia do Texas, conseguiu recuperar algumas fitas magnéticas que estavam perdidas há décadas, para ajudar a compreender se era possível que uma coisa afetasse a outra. Afinal, como o aumento de temperatura veio logo em seguida às visitas, faria bastante sentido que elas fossem as causadoras da mudança.

Segundo os cientistas, o que acontece é que, justamente por nunca ter estado diretamente exposto à radiação solar, esse terreno mais escuro também seria mais sensível a ela, absorvendo mais calor. 

Os pesquisadores fizeram um grande esforço para encontrar as fitas, pois elas eram a única forma de analisar os dados captados por sondas de temperatura colocadas na superfície lunar pelos próprios astronautas. Eles conseguiram localizar 440 unidades, mas tudo o que estava nelas correspondia a apenas 3 meses, coletados em 1975.

Para complementar o estudo, os analistas utilizaram centenas de registros do Instituto Lunar e Planetário, com leituras de calor das sondas Apollo entre 1973 e 1977, preenchendo as lacunas.

A própria atividade de ir até determinados locais para instalar as sondas de medida de temperatura pode ter contribuído para esse aumento, segundo os cientistas: "No processo de instalar os instrumentos, você pode acabar alterando a superfície termal do ambiente onde você quer fazer algumas medidas". Na próxima, Nagihara sugere levar isso em consideração antes de sair instalando sondas por aí.

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