Os fascinantes crocodilos que vivem em cavernas subterrâneas do Gabão

22/09/2018 às 10:002 min de leitura

Fazendo fronteira com o Guiné Equatorial e com a República do Congo, existe um pequeno e desconhecido país africano batizado de Gabão — ou República Gabonesa, na nomenclatura oficial. Dona de inúmeras belezas naturais, a região também é a casa de uma espécie única de crocodilos, que vive sua vida inteira dentro de um complexo subterrâneo conhecido como Cavernas de Abana.

Encontrados pela primeira vez em uma expedição em 2010, esses bichinhos não fazem mal algum aos seres humanos — até porque eles são completamente cegos. Biologicamente, eles se parecem bastante com os crocodilos-anões (Osteolaemus tetraspis), tendo o mesmo tamanho médio de 1,5 metro para um indivíduo adulto. Porém, suas cabeças são mais largas, e suas escamas são alaranjadas — possivelmente por conta de alguma degeneração fisiológica ou dieta balanceada.

Aliás, por falar em dieta, vale a pena comentar que a alimentação desses crocodilos é bem restrita. Eles ingerem unicamente morcegos (abundantes na gruta), algas, grilos e outros pequenos insetos. Um estudo preliminar em seu DNA revelou uma diferença de poucos percentuais entre os crocodilos comuns que vivem nas florestas dos arredores — é possível que sua população inicial tenha ficado presa na caverna e passado a se reproduzir sem conseguir voltar para o exterior há milhares de anos.

De onde surgiram?

Atualmente, o único jeito de entrar nas Cavernas de Abanda é através de poços com mais de 7 metros de profundidade — os pesquisadores locais dedicados a estudar o fenômeno acreditam que, antigamente, existiam entradas no nível do solo, que acabaram fechadas por conta de deslizamentos, impedindo que os crocodilos escapassem. Atualmente, cerca de 20 indivíduos vivem harmoniosamente por lá, sendo que todos já foram devidamente marcados e catalogados pelos cientistas.

Ainda existem muitas perguntas a serem respondidas (como os motivos que levaram os primeiros crocodilos a se esconderem por lá), e elas provavelmente só serão sanadas em explorações posteriores, após muitos anos de estudo — tanto que, por enquanto, os crocodilos alaranjados nem possuem um nome científico apropriado.

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