Paleta de cores do Egito Antigo desperta curiosidade na internet

22/01/2021 às 06:002 min de leitura

Recentemente, um objeto artístico da época do Egito Antigo andou despertando muito interesse de internautas no mundo todo. Parte do acervo do Museu Metropolitano de Arte de Nova York, nos Estados Unidos, uma paleta de cores de 3,4 mil anos de idade é apenas uma entre tantos objetos extraordinários expostos no local e traz uma perspectiva sobre como viviam nossos antepassados.

Culturas antigas são uma temática de grande fascínio por grande parte dos seres humanos, sobretudo pela capacidade de objetos de épocas distintas fornecerem uma espécie de “viagem no tempo”. Justamente por isso, a existência de um artefato artístico tão antigo nos demonstra a força da arte ao longo dos séculos.

A história da paleta de cores

(Fonte: Metropolitan Museum of Art)
(Fonte: Metropolitan Museum of Art)

Feita com uma única peça de marfim, a paleta de cores contém seis buracos onde os artistas costumavam armazenar suas tintas na época do Egito Antigo. Os pesquisadores estimam que a ferramenta tenha sido criada entre os anos 1390 e 1352 a.C. 

Apesar da suspeita que o objeto fosse utilizado livremente por qualquer artista, a edição guardada no The Met possui um valor simbólico muito forte. Isso porque a paleta de cores localizada nos Estados Unidos tem uma inscrição que indica quem era o seu dono naquele tempo, o faraó Amenófis III.

A paleta ainda guarda consigo alguns resquícios de cor. Dentro das paredes da peça de marfim, é possível detectar fragmentos de tinta azul, verde, amarelo, vermelho, preto e algo que possivelmente seria a cor marrom. Antes de chegar às mãos do museu, o objeto havia sido adquirido em 1923 pelo Lord Carnarvon — Conde que financiou a expedição que acabou descobrindo a tumba de Tutancâmon.

A arte no Egito Antigo

(Fonte: Metropolitan Museum of Art)
(Fonte: Metropolitan Museum of Art)

Conhecida por ser uma das paletas de cores mais velhas conhecidas pelo homem, o objeto data para o início do Império Novo no Egito. Segundo os historiadores, a relíquia artística era constantemente usada no Alto Egito durante o reinado de Amenófis III, um grande apreciador da arte.

Também conhecido como “O Magnífico”, o antigo líder egípcio fez parte da 18ª dinastia e foi um dos grandes responsáveis por dar importância para a expressão artística ao longo daquela época.

Segundo o The Met Museum, as paletas não eram necessariamente utilizadas para pintura, apesar de ser a finalidade mais recorrente. Durante o Egito Antigo, o objeto também era usado por escritores e dentro do meio diplomático.

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