Furão que morreu há 33 anos voltou à vida graças à ciência

22/02/2021 às 14:002 min de leitura

Os furões são bichinhos tão fofos, não é mesmo? Mas além do Mustella putorius furo que muitas pessoas têm como animal de estimação, existem várias outras espécies na família. Uma delas, o furão-de-patas-pretas, estava quase extinta. Porém, o retorno à vida de uma fêmea, 33 anos após sua morte, reacendeu a esperança de dias melhores para a espécie.

Quando faleceu, em 1988, Willa foi congelada para que seus genes fossem preservados e, possivelmente, usados em experiências de conservação do furão-de-patas-pretas. Em 2020, o material genético dela foi usado para criar um clone, batizado como Elizabeth Ann. O objetivo é aumentar a diversidade da espécie Mustela nigripes, fazendo crescer também suas chances de sobreviver na natureza.

Os esforços de conservação

O furão-de-patas-pretas é uma espécie nativa da América do Norte que costumava ser comum até o início do século XX. A caça, pragas e diminuição da oferta de comida (a espécie se alimenta de cães-de-pradaria) fez com que o Mustela nigripes entrasse em declínio. Por décadas, acreditou-se que ele estivesse totalmente extinto — mais uma para a lista de espécies dizimadas pela ação humana.

Quando alguns indivíduos começaram a surgir entre os anos 1970 e 1980, biólogos de todo o mundo começaram os esforços de conservação. De um grupo de apenas sete indivíduos foi originada a população de cerca de mil furões-de-patas-pretas que voltou à natureza em anos mais recentes. 

É nesse ponto da história que o material genético de Willa é importante: sete indivíduos é um número muito pequeno, que oferece pouca variedade para a espécie. Assim que seu clone, Elizabeth Ann, for integrada às populações e se reproduzir, acredita-se que o Mustela nigripes se tornara muito mais forte a novas ameaças.

Inseminação artificial

A fofa Elizabeth Ann mal nasceu e já é a esperança de sua espécie (Fonte: BBC/Reprodução)
A fofa Elizabeth Ann mal nasceu e já é a esperança de sua espécie (Fonte: BBC/Reprodução)

Foi uma furoa da espécie doméstica, Mustela putorius furo, quem doou seu útero para gerar Elizabeth Ann. Isso porque os cientistas não quiseram arriscar uma gravidez que poderia trazer perigo a uma rara furoa-de-patas-pretas. O fofíssimo bebê nasceu há cerca de dois meses, mas a dádiva só foi anunciada agora, em fevereiro de 2021.

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