Principado de Sealand: o 'país' do tamanho de um campo de futebol

20/06/2021 às 11:002 min de leitura

Com aproximadamente 0,025 km² de extensão territorial e uma estimativa de 32 habitantes, Sealand, que é concomitantemente uma cidade e estado, afirma ser também o menor país existente na Terra e propõe operar como uma nação independente, mesmo que sua história o coloque como território integrado ao Reino Unido. Sem reconhecimento da ONU, a micronação no Mar do Norte se destaca por ter constituição, bandeira e lema oficial, além de contar com um passado denso e surpreendente.

Em 1965, Paddy Roy Bates, um ex-major do exército, mudou-se com sua família para a base militar Knock John Tower, forte marítimo construído durante a Segunda Guerra Mundial para repelir ataques alemães. Protegido legalmente devido ao seu novo lar não fazer parte do domínio britânico, o excêntrico homem decidiu iniciar seu projeto de rádio pirata, a Radio Essex, para concorrer com a popular BBC, mas viu os planos ruírem após a extensão dos limites do país e ordens de retirada emitidas pelo governo.

(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

Pouco tempo depois, Bates aterrissou na base Rough Towers, um pouco mais distante da Inglaterra, e a nomeou de Sealand como forma de presentear e homenagear sua esposa Joan. Longe dos programas de rádio por conta da pressão de autoridades, o líder da família decidiu buscar uma vida tranquila, porém seus problemas se tornaram muito piores após a implementação de uma constituição, bandeira e brasão, bem como o início da cunhagem de moedas e cédulas proprietárias.

Pequeno país, grandes inimigos

Em 1978, aproveitando a ausência do agora príncipe Roy Bates, um empresário alemão, autoproclamado primeiro-ministro de Sealand, encenou uma invasão à Rough Towers e, ao lado de um grupo de mercenários, dominou e fez de reféns os poucos habitantes da micronação, incluindo o filho de Roy, Michael. Irritado, o fundador de Sealand decidiu contra-atacar os inimigos e, sozinho, expulsou os invasores, mantendo apenas um deles como prisioneiro.

Após uma longa negociação para a libertação do prisioneiro, o Principado de Sealand foi reconhecido como fora dos domínios britânicos, porém com uma existência ainda insegura e que "não pode constituir um Estado independente separado, uma vez que não tem nenhuma das características de um Estado".

Quase 45 anos depois...

Cerca de 45 anos depois da "declaração de independência", o Principado de Sealand segue sob a vigência de uma monarquia constitucional e tem como líder o primeiro herdeiro de Roy Bates, Michael, que já visa deixar o país como herança para seu filho James. O território, que enfrentou problemas de menores proporções nos anos seguintes à invasão, como incêndio e uma ameaça de venda, hoje se destaca por apresentar um dos 20 melhores IDHs do planeta (0,909), assim como atrai visitantes e pessoas interessadas em entrar para a aristocracia, já que títulos de nobreza podem ser comprados.

(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

"Nossa história ainda aquece as pessoas", disse o príncipe Michael. "Não vivemos em uma sociedade onde as pessoas gostam de ser informadas sobre o que fazer, e todos amam a ideia de liberdade e liberdade do governo. O mundo precisa de territórios inspiradores como nós – e não existem muitos lugares como este."

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