‘Hobbit’ humano ancestral pode estar vivendo na Indonésia, diz antropólogo

15/05/2022 às 08:002 min de leitura

Restos ósseos do ancestral humano Homo Floresiensis foram descobertos em 2003 na Ilha de Flores, Indonésia. A espécie humanoide chamou a atenção dos arqueólogos devido à baixa estatura — cerca de 1 metro — e, por isso, recebeu o apelido de “Hobbit”, em homenagem à "raça" dos personagens de Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien.

Conforme a Nature, arqueólogos possuem evidências de que os esqueletos encontrados na Ilha de Flores têm entre 60 mil e 100 mil anos de existência. Agora, entretanto, o antropólogo aposentado da Universidade de Alberta, Gregory Forth, vem afirmando que ninguém sabe se o Homem de Flores foi realmente extinto.

“Nós não sabemos quando essa espécie foi extinta. Na verdade, não sabemos nem se ela foi extinta”, disse Forth à Live Science. “Então, existe alguma possibilidade de ainda estar viva”, afirmou Forth, se referindo à espécie.

(Fonte: Rosino/Flickr)(Fonte: Rosino/Flickr)

Especialistas céticos

Segundo a reportagem da Live Science, a afirmação de Gregory Forth é drástica e outros especialistas que estudam o Homo Floresiensis são céticos quanto à possibilidade de os “Hobbits” ainda viverem na ilha.

O paleontólogo da Universidade de Wisconsin-Madison, John Hawks, explica que a Ilha de Flores tem o tamanho parecido com o estado de Connecticut, nos Estados Unidos, e possui população de 2 milhões de pessoas. “Os habitantes da ilha estão espalhados pelo território. Realisticamente, a ideia de que há um grande primata na ilha, ainda não observado e sobrevivendo em um grupo sustentável, é muito improvável”, disse Hawks.

Testemunhas oculares

(Fonte: Karen Neoh/Flickr)(Fonte: Karen Neoh/Flickr)

Em seu novo livro, Between Ape and Human Entre o Primata e o Humano, em tradução livre —, Gregory Forth afirma que existem relatos de avistamentos de um “Homem Macaco” vivendo na ilha atualmente.

Desde 1984, a Ilha de Flores é alvo dos trabalhos de campo do autor, que escuta relatos da população descrevendo pequenos humanoides cobertos de pelo e vivendo na floresta há anos. Para o antropólogo evolucionista, Mark Collard, da Universidade do Canada, os avistamentos de “homens com características primatas” na Ilha de Flores não são diferentes dos encontros com Pé-Grande no Noroeste Pacífico e Columbia Britânica.

Forth, no entanto, argumenta que os relatos da Ilha de Flores são diferentes do Pé-Grande porque nunca existiram primatas não humanos na América do Norte. “Mas em Flores, o Homo Floresiensis definitivamente existiu”, concluiu.

Aparentemente, Forth busca trazer uma nova linha de pensamento para este assunto. Contudo, de acordo com a Ati, um estudo realizado em 2016 constatou de maneira concisa entre acadêmicos e antropólogos que o “Hobbit” da Ilha de Flores é uma espécie extinta. Com isso, o debate deve continuar até que um dos humanoides seja avistado e estudado em vida pela ciência.

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