‘Casa do UP - Altas Aventuras’ pode ser demolida nos Estados Unidos

02/07/2015 às 06:003 min de leitura

Nos últimos dias, uma notícia veiculada por sites americanos tem deixado muitas pessoas entristecidas, especialmente os moradores do distrito de Ballard, em Seattle, nos Estados Unidos e fãs do filme “Up - Altas Aventuras”, da Disney. O motivo é a possibilidade de uma casa, de 115 anos de existência, ser demolida na cidade nos próximos 90 dias. Ok, mas você deve estar se perguntando qual a relação de uma casa centenária em Seattle com os fãs do longa de animação da Pixar.

A situação, basicamente resumida, é que essa residência foi a que inspirou o enredo do filme de 2009, por haver grande semelhança entre as duas histórias. Porém, a verdade é que a construção de Seattle não foi a grande inspiradora da aventura do velhinho Carl e seus companheiros. Ela ganhou grande reconhecimento após uma ação de divulgação do filme ter sido realizada na casa, em 2008, fato esse que faz muitos acreditarem na relação, mas o roteiro já havia sido produzido muito antes de a construção ficar famosa.

Assim como o velhinho Carl em "Up - Altas Aventuras", Edith Macefield recusou proposta de cerca de US$ 1 milhão (R$ 3,1 milhões) para imepdir que casa fosse demolida

Edith Macefield, a antiga dona da casa, ganhou os noticiários em 2006, quando recusou uma oferta de US$ 1 milhão (R$ 3,1 milhões) pelo terreno no qual residia em Seattle. A proposta foi feita por uma empresa que tinha o objetivo de derrubar a casa e construir um shopping center na região. Com a recusa da proprietária, somente o seu terreno não foi vendido e o “Ballard Blocks” (Blocos de Ballard), como é conhecido o enorme prédio atualmente, foi erguido no entorno da casa.

Em “Up - Altas Aventuras”, o protagonista Carl, um velho rabugento e sonhador, vendedor de balões aposentado, passa por situação semelhante, quando se recusa a vender sua pequena e antiga casa e vê a cidade grande crescer no seu entorno. O objetivo seria a construção de um prédio. Depois de alguns desenrolares na trama, Carl prende a velha casa em balões e parte para realizar um antigo sonho. ´

Edith, a antiga proprietária do terreno em Seattle, também partiu, mas para uma melhor, e agora, de um outro lugar desconhecido, deve estar observando o drama de sua velha casinha. A senhora morreu em 2008, aos 86 anos, deixando o local para o superintendente da obra do shopping, Barry Martin, que a ajudou no final da vida. Um ano após a morte de Edith, Martin vendeu a casa a um comprador desconhecido.

No filme, a cidade cresce ao redor da casa de Carl Fredricksen que se recusa a vender o seu lar

Em março deste ano, o corretor de imóveis Paul Thomas colocou a casa em leilão e após ninguém querer assumir a garantia de US$ 300 mil (R$ 937 mil), ele decidiu que a propriedade seria vendida a quem fizesse a melhor proposta. Para tanto, ele impôs uma condição: qualquer que fosse a finalidade do novo proprietário, este deveria, de alguma forma, honrar a memória de Edith Macefield.

Pois bem, em abril, junto da filha, uma compradora arrematou a casa com o intuito de tornar o local um café que levaria o nome e seria todo temático em homenagem a Edith. Thomas informou ao site My North West que entre idas e vindas até a prefeitura para liberação da construção, as novas donas foram comunicadas que para conseguir o alvará, a edificação deveria ser adequada às normas previstas em um código de construção civil de 2012. Logo as proprietárias se depararam com a necessidade de uma reforma extremamente cara e inviável, que incluía até uma adaptação do sistema para terremotos, e desistiram da compra.

“Mais quatro compradores tentaram adquirir a propriedade, mas chegaram à mesma conclusão”, contou o corretor. Agora, sem uma definição, ele explica que a casa pode ser demolida, caso ninguém se interesse em transportá-la a outro local em até 90 dias. Quanto ao terreno, mesmo com dimensões pequenas, será vendido e poderá receber qualquer tipo de construção.

Relação com o filme e visitas de fãs

Quem for à casa da dona Edith Macefield atualmente, consegue ver centenas de balões coloridos presos à grade em frente. São bexigas deixadas por muitas crianças e fãs do filme “Up - Altas Aventuras” que visitam a residência para conhecer a “Casa do Up”.

No filme, o velhinho Carl, após uma briga, é condenado a ir para um abrigo de idosos e decide seguir o sonho que tinha com a falecida esposa, de ir ao “Paraíso das Cachoeiras", na Venezuela. Para isso, ele, que é vendedor de balões aposentado, resolve usar o antigo material de trabalho, prendendo a casa, que tanto protegeu das construções, a milhares de balões de gás e voando até o país da América do Sul.

Carl, a casa presa nos balões e os companheiros de viagem

De acordo com Paul Thomas, muitas crianças e moradores deixam inclusive mensagens pedindo para que a casa não seja demolida. Um morador de região chegou a tatuar uma imagem da casa, alegando que era fã de Edith Macefield por ela recusar a enorme quantia de dinheiro para manter o tão amado lar.

Via EmResumo.

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