Gratidão: o sentimento que pode mudar o funcionamento do seu cérebro

18/01/2019 às 09:002 min de leitura

Há algum tempo, nós demos dicas para quem quer começar o ano com uma boa saúde mental, lembra? Uma delas é basicamente demonstrar gratidão. Em outra publicação mais antiga, falamos sobre a forma mais plena de felicidade e, adivinha só? A resposta, de novo, tem a ver com gratidão. Não tem como negar: ser grato àquilo que se tem e às pessoas que fazem parte da nossa vida é fundamental e realmente nos faz bem.

Acontece que, assim como nossos leitores, somos curiosos, e talvez você também tenha se perguntado: como é que demonstrar gratidão afeta nossa vida com tanta força? O que a gratidão faz em nosso corpo, afinal? Bem... Basicamente, ela muda o funcionamento do seu cérebro!

Pode, Arnaldo?

Por meio de uma análise profunda de imagens das atividades cerebrais, cientistas da Universidade de Indiana, nos EUA, descobriram que apenas um mês de exercícios diários de gratidão já é o que basta para que o cérebro “se programe” para se sentir agradecido com mais frequência, o que nos faz muito bem.

Para chegarem a essa conclusão, os pesquisadores analisaram as atividades cerebrais de 43 voluntários que estavam fazendo terapia como parte do tratamento de depressão e de ansiedade. Funcionava assim: todos eles foram convidados a participar de uma terapia em grupo semanal, mas apenas 22 deles participaram também de outra parte da terapia, dedicada exclusivamente a exercícios de gratidão.

O povo que participou da sessão da gratidão tinha algumas tarefas a cumprir: nos três primeiros encontros, eles tinham 20 minutos para escrever uma carta de agradecimento a alguma pessoa, com a possibilidade de escolher se enviariam essa carta ou não.

Depois de três meses, todos os participantes (inclusive os que não escreveram cartas) tiveram suas atividades cerebrais monitoradas pelos cientistas. Enquanto seus cérebros eram escaneados, eles viam fotos de pessoas que supostamente tinham contribuído com a pesquisa, por meio da doação de dinheiro. Aos voluntários, ficou a missão de agradecer aos supostos financiadores do estudo.

E aí vem o resultado que não nos deixa mentir: gratidão é questão de prática, e praticar gratidão é um exercício ótimo. Se lembra dos pacientes que tiveram que escrever as cartas de agradecimento? Pois é. As atividades cerebrais dessas pessoas foram mais intensas no quesito “gratidão” – e, sim, caso você esteja se perguntando, é bem isso mesmo: existe uma área cerebral que é ativada apenas quando nos sentimos agradecidos, então é literalmente possível ver isso nesses exames de atividades cerebrais.

Na conclusão do estudo, uma comparação interessante: demonstrar gratidão nada mais é do que um exercício que requer treino e melhora com o tempo, exatamente como acontece com os seus músculos depois de um tempo erguendo peso na academia. A sensação de gratidão verdadeira é uma das formas de diminuir os sintomas da depressão, inclusive.

Por enquanto, esses estudos são apenas sugestivos, e não conclusivos, até mesmo porque as pesquisas na área de ciência comportamental são relativamente novas. De qualquer forma, realmente não custa tentar demonstrar mais gratidão. Você e seu cérebro só têm a ganhar!

*Publicado em 12/01/2016

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