10 fatos incríveis sobre o ato de xingar e soltar palavrões

22/02/2016 às 06:235 min de leitura

Quem nunca xingou, que atire a primeira pedra. Não importa o quão calmo e controlado você é: alguma vez na vida você proferiu palavrões na intenção de botar para fora toda a sua indignação, contrariedade, infelicidade, raiva e tantos outros sentimentos que podem ser expressados por nomes feios.

Mesmo que nossos pais, avós e outras pessoas que fazem parte da nossa educação tenham falado que não poderíamos fazer isso, é inevitável que algum dia saia uma palavra feia ou expressão de revolta. Nem que seja um mero “filho da mãe” ao bater o dedo mindinho do pé no canto da cama.

Se a sua vida não é uma eterna dublagem de filmes americanos, com certeza você já proferiu algum palavrão. De qualquer forma, se você se preocupa com isso, é interessante saber que há dados históricos e científicos que mostram como o ato de xingar é simplesmente fascinante. Por isso, apresentamos 10 fatos incríveis sobre xingamentos e palavrões. A publicação é baseada em um artigo do site List Verse.

10. Alívio legítimo da dor

Não é à toa que sentimos vontade de xingar o mundo quando algo nos causa dor. Segundo um estudo realizado na Universidade de Keele, esse ato age como um legítimo alívio de tal agonia. O Dr. Richard Stephen, do departamento de Psicologia da instituição, fez um experimento com 64 voluntários, que tinham que ficar com as mãos submersas em água com gelo pelo máximo de tempo que conseguissem.

Enquanto alguns eram aconselhados a gritar palavrões e xingamentos, outros não deveriam falar nada. Os que puderam soltar as “belas palavras” de alívio não só aguentaram mais tempo com as mãos submersas, como também relataram ter sentido menos dor do que os outros participantes. A ideia do estudo surgiu quando o pesquisador estava na sala de parto acompanhando a sua esposa, e ela proferiu o que ele chamou de uma impressionante cadeia de palavrões durante o doloroso processo de dar à luz.

9. A história de John Taylor, blasfemador convicto

O inglês John Taylor se tornou um exemplo histórico de como a blasfêmia poderia ser perigosa em outros tempos. No ano de 1676, Taylor foi preso por cometer esse ato e proferir muitas palavras desagradáveis, ou impensáveis para a época. No caso, em um tempo que ofender ou ir contra os pensamentos da Igreja era o mesmo que ir contra todas as crenças da população do país, ele acabou sofrendo as consequências de ter o costume de proferir palavrões em suas ideias.

As palavras se tornam palavrões na concepção humana por se referirem a algo proibido, um tabu, e alguns termos considerados ofensivos no século 17 são tidos como “fora dos limites” até hoje. No entanto, o tratamento que se dava a esse tipo de situação era muito diferente, pois as pessoas costumavam se sentir bem mais ofendidas, e mesmo se tratando muito mais de palavras de baixo calão, tudo acabava sendo visto como blasfêmia.

Taylor chegou a ser internado antes de ser julgado para se constatar se ele era louco, dado o teor das ideias que propagava. Para servir de exemplo, após o julgamento, ele teve de pagar uma multa e foi preso até que seu comportamento melhorasse, porém não há relatos de que ele tenha sido libertado em algum momento posterior.

8. Nós adoramos políticos que falam palavrões

Pelo menos é isso que constatou um estudo publicado no periódico Journal of Language and Social Psychology. Nesse experimento, 100 participantes foram colocados para ler uma postagem em um blog de um candidato para uma suposta eleição. As postagens, produzidas pelos próprios pesquisadores, que continham algumas pequenas expressões vulgares acabaram sendo mais bem-vistas pelas pessoas que estavam avaliando os políticos imaginários.

Dessa forma, esses supostos candidatos tiveram uma maior preferência quando os participantes escolheram em quem votariam. Os palavrões são emocionais, logo a conclusão foi de que se expressar com esses termos dá ao candidato um tom de informalidade e proximidade com os eleitores. É como se os políticos que falam palavrões entendessem melhor o sentimento das pessoas.

No entanto, é preciso ressaltar que não se conseguiu estabelecer um limite para a quantidade de termos chulos utilizados. Portanto não há como saber se o exagero nos xingamentos causaria um resultado adverso. E a constatação somente é válida para os homens, pois as candidatas imaginárias da pesquisa, ao se expressarem com palavrões, não atenderam às expectativas de gênero.

7. O estado mais obsceno dos EUA

Ohio é o estado americano considerado o mais sem educação, de acordo com um levantamento feito por uma companhia especializada em 2013. Para atingir a constatação, eles reuniram os dados gravados de mais de 600 mil serviços de atendimento por telefonia do ano anterior e os vasculharam procurando por duas coisas: cordialidade e xingamentos. Com a compilação final, eles ranquearam os estados pelo grau de grosserias apresentado, e Ohio foi o grande “vencedor”.

6. Palavrões em língua estrangeira

As pessoas costumam ter contato frequente com expressões estrangeiras que significam palavrões ou xingamentos. Dois estudos sobre língua nativa, um segundo idioma e palavras consideradas chulas mostraram que os humanos possuem uma relação emocional com sua língua materna, de modo que indivíduos bilíngues acabam por preferir xingar em qualquer outro idioma do que no nativo. Um dos trabalhos foi realizado pela Universidade de Bangor, no Reino Unido, e o outro pela Universidade de Varsóvia, na Polônia.

5. Xingamentos e inteligência

Um estudo conduzido por psicólogos da Faculdade de Artes Liberais de Massachusetts e da Marist College, nos Estados Unidos, concluiu que quanto maior o repertório de palavrões de uma pessoa, maior o vocabulário e o conhecimento em outras áreas. Segundo o trabalho, as pessoas que conseguiram escrever um maior número de expressões rudes foram as que se saíram melhor em um teste aplicado posteriormente. Essa constatação contraria uma crença popular equivocada, pois os cidadãos tendem a crer que quem profere um maior número de palavrões possui vocabulário e inteligência limitados, justificando o uso do palavreado chulo.

4. O primeiro palavrão

As crianças estão aprendendo os termos “inadequados” cada vez mais cedo e os utilizando bem mais em comparação com gerações anteriores. Segundo o professor de psicologia Thimothy Jay, o que se via antigamente eram os pequenos indo para a escola e aprendendo palavrões e xingamentos por lá. Hoje a situação é diferente, pois a maioria das crianças aprende em casa.

Um dos motivos, Jay aponta, é certa hipocrisia dos próprios pais, que falam para os filhos não usarem tais palavras, mas acabam não dosando o seu palavreado na frente deles. Com um volume de termos rudes utilizado sendo também maior, os pequenos tendem a repetir as expressões, mesmo que não saibam o que elas significam. Os dois motivos que levam a isso é atrair atenção para si ou simplesmente gostar da maneira como soa determinado palavrão.

3. A síndrome de “xingar muito”

Um dos variados sintomas manifestados pelas pessoas portadoras da síndrome de Tourette pode ser o ato de proferir muitos palavrões e xingamentos. Porém, não se sabe ao certo por que isso ocorre, e a suspeita é que faça parte do funcionamento do cérebro. Pelos trabalhos de pesquisa realizados até agora, os cientistas acreditam que há uma área especial no órgão que comanda o corpo humano destinada às palavras ofensivas e inadequadas. Dessa forma, se entende que a região dificilmente é afetada por qualquer condição de danos ao cérebro.

A nossa capacidade de aprender rápido o vocabulário inadequado também seria justificado por esse mesmo motivo: a existência de uma região específica da cabeça responsável por armazenar nosso repertório de palavrões. No entanto, o fato de portadores da síndrome de Tourette utilizarem mais esses termos para se expressar ainda é um mistério para a Ciência.

2. Palavrões também são diagnósticos

Atualmente, alguns pacientes com distúrbios mentais são submetidos a testes em que devem recitar o maior número de palavras em determinadas categorias. O motivo é tentar diagnosticar duas condições que possuem sintomas parecidos, mas tratamentos diferentes: a doença de Alzheimer e a demência frontotemporal (DFT).

Não se sabe o motivo para que isso tenha acontecido, mas uma pesquisa constatou que pacientes com DFT escreveram alguns palavrões, enquanto nenhum dos portadores do mal de Alzheimer colocou as palavras chulas mais famosas com determinadas letras. Especula-se que essa característica também tenha a ver com o funcionamento do cérebro e as regiões afetadas por cada doença.

1. Os palavrões mais antigos

Um registro encontrado por Paul Booth, pesquisador da Universidade de Keele, no Reino Unido, pode indicar o mais antigo uso de que se tem conhecimento de uma palavra chula como se conhece atualmente. Documentos jurídicos datados do século 13 traziam uma nomenclatura diferente para um indivíduo da época: “Roger Fuckebythenavele”. Ao analisar a documentação, Booth se convenceu de que a segunda palavra não se trata do sobrenome do homem, mas sim de uma expressão menos honrosa.

Ou seja, o “fuck” da parte inicial do termo provavelmente significa a mesma coisa que conhecemos hoje. Assim sendo, o único fato que não há como constatar é se a expressão era um insulto comum à época ou parte de alguma das reivindicações levantadas no tribunal. De qualquer forma, diante disso é possível verificar como nos faltam conhecimentos mais aprofundados sobre o uso de palavrões ao longo da História.

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