Ressaca deixa homem com soluços contínuos há quase três anos

13/06/2014 às 10:443 min de leitura

Todo mundo sabe que beber demais pode fazer mal para a saúde, com efeitos que vão além de lhe dar ressacas insuportáveis e muita dor de cabeça. Pois uma das vítimas de uma bebedeira exagerada foi o irlandês Daniel Clavin. Este homem, de 38 anos, sofre há quase três com soluços ininterruptos, que começaram em uma ressaca brava.

A estranha condição de Daniel arruinou a sua vida de forma que ele tem dificuldade para comer, tem vergonha de sair em público e passou a dormir sozinho todas as noites (ele é casado e tem dois filhos).

Despedida de solteiro

Com o subtítulo acima, você já pode imaginar o tanto que Daniel bebeu no dia anterior à ressaca que mudou a sua vida. Mas, o noivo era um amigo e não ele. Então, na manhã seguinte (em um dia de julho de 2011), junto com um pouco de mal-estar devido à bebida, veio uma crise de soluços.

"Eu acordei com eles e não tenho ideia de como eles começaram. Eu não bebo demais, mas bebi mais do que costumo consumir normalmente. Mas não foi nada fora do comum. Desde então, eu tentei quase tudo – até simpatias – mas eu não consigo parar de soluçar", disse ele ao jornal Mirror irlandês.

Irish MirrorDaniel e sua família

Desde então, ele vem sofrendo e sobrevivendo com essa condição de uma forma estressante. Afinal, viver com soluços não é tarefa fácil. Eles causam muitos inconvenientes para Daniel diariamente. "Alguns dias são tão ruins que tenho dificuldade para comer e engolir. Outras vezes, os soluços travam o meu diafragma e eu não consigo respirar por 30 segundos”, explicou Daniel.

Como se não bastasse essas dificuldades, os soluços estão atrapalhando o seu sono e o seu casamento: “eu passo quase todas as noites em um quarto separado de Susan (sua esposa), para que ela não seja perturbada, mas isso não é o ideal. Eu posso ficar deitado lá por horas, soluçando a cada três segundos".

Preocupação da família

De acordo com Susan, 39, os últimos anos têm sido uma grande luta. "Eu tento pará-lo, mas eu não consigo dormir com ele, com o barulho e os espasmos constantes na cama", disse ela. Susan contou ao Mirror que mesmo que Daniel esteja em uma semana melhor, já é difícil que ele volte a dormir na mesma cama, pois ela já acostumou a dormir sozinha.

"É muito difícil para ele e no dia-a-dia ele não é muito feliz, embora tente se manter positivo. É difícil para qualquer um se concentrar em qualquer outra coisa quando ele está por perto. Estamos desesperados para encontrar alguém que possa ajudá-lo, porque os soluços estão arruinando nossas vidas", desabafou a esposa de Daniel.

Apesar da condição, Daniel tem conseguido manter o seu emprego como engenheiro de software. Ele viaja para seu escritório em Dublin, duas vezes por semana, e passa o resto de seu tempo em casa, no Condado de Roscommon. "Meus colegas de trabalho são muito bons e muito tolerantes. Eu faço tudo que posso para manter os soluços mais controlados, prendendo a respiração enquanto não estão falando. Tento manter a calma", disse ele.

Razões além da bebida

Apesar de a ressaca ter sido o estopim para o início da crise, Daniel acredita que os soluços sejam uma indicação de um problema mais grave. Ele tem sido avaliado por uma série de especialistas, fez duas endoscopias, uma tomografia computadorizada, mudou sua dieta, tomou tranquilizantes e até consultou um quiropata, mas nada funcionou.

Irish MirrorDaniel tentou até comer açúcar com vinagre como uma das simpatias das quais ouviu falar

Até que, recentemente, ele foi diagnosticado com esclerose múltipla, o que pode ser a causa. E como a esclerose não tem uma cura previsível, Daniel poder ter de suportar os soluços para o resto de sua vida — uma condição um tanto angustiante.

"Os médicos dizem que nunca ouviram falar de isso acontecer antes, mas a esclerose pode afetar seu cérebro de muitas maneiras diferentes. Disseram-me que eu tenho uma alta carga da doença e este é o único sintoma até agora, então eu não posso reclamar. Mas a esclerose é uma doença progressiva, então eu não sei se algum dia eu serei curado", contou Daniel.

Soluços amenizados, mas não curados

Há alguns meses, o sofrimento de Daniel foi um pouco amenizado com o uso de um medicamento. O seu neurologista está tratando ele com uma droga chamada clorpromazina, que geralmente é usada para tratar a esquizofrenia. Ela não parou os soluços completamente, mas parece ter estagnado eles.

Daniel diz que, com o uso do medicamento, ele tem os soluços por sete ou oito dias seguidos e depois eles param de repente, deixando livre das crises por uns cinco ou seis dias.

Seu neurologista agora planeja tratá-lo com uma droga antiepilepsia, para ver como ele reage a isso. Há também a possibilidade de ter um marcapasso instalado em seu diafragma, que poderia interromper o sinal do seu cérebro e espero parar os soluços.

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