O calor está chegando e, com ele, o combate àquele mosquitinho maldito

25/11/2016 às 16:073 min de leitura

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Não é de hoje que existem campanhas de combate ao mosquito transmissor da dengue, febre amarela, Zika e chikungunya, aquele mosquitinho infame, com o corpo e as patinhas listradas de preto e branco, responsável pela transmissão de doenças bem sérias — e potencialmente letais — à população.

Regresso indesejado

Curiosamente, nos anos 50, o mosquito chegou a ser erradicado do nosso país, e os casos de febre amarela conseguiram ser controlados. No entanto, o inseto voltou para as nossas bandas com força total décadas mais tarde, e novas campanhas de combate tiveram início aqui no Brasil em 1986, com o registro dos primeiro surtos de dengue.

Larvas do mosquito maldito

No entanto, como você deve ter percebido, a guerra contra esse mosquito (maldito!) se intensificou a partir de outubro do ano passado, quando começaram a circular notícias sobre o nascimento de bebês com microcefalia — e que esses casos poderiam estar relacionados com a infecção de grávidas pelo vírus Zika, também transmitido através da picada do inseto.

Além dos casos de microcefalia, também foi registrada uma maior incidência da Síndrome de Guillain-Barré, uma inflamação do sistema nervoso que causa fraqueza ou paralisia nos seres humanos — e que também está associada com o Zika. A chikungunya, cujos sintomas são parecidos com os da dengue, foi a última a entrar para a lista negra do Ministério da Saúde.

Velhos conhecidos

Na verdade, apesar de parecerem novidade, as doenças transmitidas pelo mosquito estão por aí já faz um bom tempo! Para você ter uma ideia, uma enciclopédia chinesa do ano 992 traz a descrição de uma doença bem parecida com a dengue, embora o vírus só tenha começado a ser estudado mesmo na época da Segunda Guerra Mundial.

Mapa de distribuição do mosquito transmissor

O Zika vírus, por sua vez, foi identificado em um macaco usado como cobaia em pesquisas sobre a febre amarela na Floresta de Zika, em Uganda, na África, daí a origem de seu nome. Mas foi só em 1948 que mosquitos portadores do vírus foram encontrados no meio ambiente dessa região africana.

A doença com a história mais recente, conforme já mencionamos, é a chikungunya, que foi identificada pela primeira vez na Tanzânia, em 1952. Seu nome, na realidade, é uma palavra do maconde, o dialeto local, que cujo significado é “aqueles que se dobram”, já que os afetados costumam sentir muitas dores nas articulações.

Problema mais sério do que se pensava

Graças às campanhas de conscientização, todo mundo está careca de saber como combater o mosquito transmissor da dengue, febre amarela, Zika e chikungunya, não é mesmo? Entretanto, só durante o primeiro semestre de 2016, quase 1,4 milhão de possíveis casos de dengue foram registrados no país, com destaque para a região sudeste, com 59,8% das suspeitas, seguida pelas regiões nordeste (21,1%), centro-oeste (11%), sul (5,5%) e norte (2,6%).

Agentes de combate ao mosquito

Confirmados mesmo, tivemos 6.253 casos de dengue com sinais de alarme, 639 casos de dengue grave e 419 óbitos pela doença. Com relação à chikungunya, nesse mesmo período, foram notificados 169.656 casos suspeitos, e a maior incidência foi registrada na região nordeste do Brasil. Além disso, no total, ocorreram 38 mortes confirmadas pela doença.

Já sobre o infame Zika, apesar de o vírus ser conhecido pelos infectologistas desde o final dos anos 40, o problema é que ninguém (aqui no Brasil ou no exterior) imaginava que ele poderia ser tão perigoso. Aliás, ninguém pensou que ele pudesse trazer consequências tão sérias para a saúde da população — muito menos para a dos bebês, no caso da microcefalia!

E temos outro agravante bem sério relacionado com o Zika: ninguém imaginava que, conforme diversas evidências científicas vêm apontando, o vírus também pudesse ser transmitido sexualmente. Isso significa que, além de usar a camisinha para prevenir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) como a sífilis e o HIV, os preservativos também podem evitar que o Zika seja passado de um parceiro a outro por meio das relações sexuais ou, ainda, da mãe para o feto.

Gestantes e mulheres que desejam engravidar: cuidado!

Durante o primeiro semestre de 2016, foram registrados 174.003 casos prováveis de Zika no Brasil, e as estatísticas apontam que o vírus vem se dispersando rapidamente, estando distribuído em 2.251 municípios em todas as regiões. A região centro-oeste apresentou a maior taxa de incidência, com 1.72,7 casos a cada 100 mil habitantes, seguida pela região nordeste (118,4 casos/100 mil hab.). Nesse mesmo período também houve confirmação de um falecimento por Zika.

Bebê com microcefalia — possivelmente provocada pelo Zika

De acordo com o Ministério da Saúde, existem 3.530 casos suspeitos de microcefalia registrados em bebês no Brasil sendo investigados — possivelmente relacionados com o vírus Zika. Desses, a maioria (cerca de 35% do total) foi notificada em Pernambuco, primeiro estado brasileiro a identificar o aumento da condição entre recém-nascidos, seguido da Paraíba, Bahia, Ceará, Rio Grande no Norte, Sergipe, Alagoas, Mato Grosso e Rio de Janeiro.

Com esse panorama em mente, não é de se estranhar que o foco das iniciativas de proteção e combate ao Zika tenha se voltado especialmente para as gestantes, mulheres que desejam engravidar e as que se encontram em idade fértil. Assim, ademais dos cuidados gerais para evitar a proliferação do mosquito, a adoção da camisinha é de vital importância, assim como a realização do pré-natal.

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