Nova espécie de tiranossauro é descoberta nos Estados Unidos

12/11/2013 às 11:053 min de leitura

Não há dúvidas de que o Tiranossauro Rex é um dos dinossauros mais estudados pela ciência, além de ser um grande conhecido do público em geral. Sua reputação como um forte predador se espalhou em filmes, livros e nas mais diversas histórias. Mas a origem de animais tão poderosos sempre foi um tanto quanto obscura.

Por décadas, acreditou-se que os T-rex teriam vivido no norte da América do Norte, mas um dinossauro encontrado recentemente no sul do estado de Utah, nos Estados Unidos, pode mudar a percepção da ciência. Estima-se que o tiranossauro recém-descoberto tenha cerca de 80 milhões de anos, o que faz com que os pesquisadores repensem a origem de um dos animais carnívoros mais vorazes que já passou pela Terra.

Uma nova espécie

A espécie que acaba de ser descoberta foi batizada de Lythronax argestes no estudo realizado pelo paleontologista Mark Loewen, do Museu de História Natural de Utah. Junto com outros pesquisadores, o especialista revela que o tiranossauro tinha cerca de 7 metros e teria vivido 12 milhões de anos antes do T-rex na região costeira de um antigo subcontinente chamado Laramidia, que hoje corresponderia ao sul de Utah.

Os ossos que permitiram que os cientistas chegassem a essas conclusões foram encontrados no Monumento Nacional Grand Staircase-Escalante, que é a reserva com a maior área dos Estados Unidos e o local onde já foram descobertos vários fósseis de dinossauros.

Na reconstrução do esqueleto do Lythronax, as partes em amarelo representam os ossos encontrados em Utah. Fonte da imagem: Reprodução/National Geographic

Mesmo com a distância geográfica e temporal que separa os dois animais, o esqueleto do Lythronax guarda grandes semelhanças com o do T-rex. Uma dessas características semelhantes é a cabeça que se alarga na base do maxilar, o que serviria como um espaço extra para que esses carnívoros pudessem utilizar a força de seus músculos, além de aumentar o campo de visão dos animais.

No entanto, seria um erro assumir que o Lythronax é um ancestral do T-rex. Conforme comentou Randall Irmis, que também é paleontologista do Museu de História Natural de Utah, a nova espécie está mais para uma “tia avó” do famoso predador do que para um ancestral. Já Loewen defende a ideia de que as duas espécies teriam um ancestral em comum, ou seja, os dois predadores fazem parte de uma só linhagem que se dividiu em algum momento da história.

Novas descobertas

A questão do parentesco entre as espécies pode ser uma explicação para o Lythronax ser um dinossauro diferente, afinal ele teria sido um dos primeiros tiranossauros a surgir, mas suas características são muito próximas às dos últimos tiranossauros que a ciência conhece. Mas o mais interessante é que esse fato nos sugere que ainda existem mais espécies de tiranossauros para serem descobertas.

O esquema evolutivo nos permite entender a posição do Lythronax com relação aos outros tiranossauros. Fonte da imagem: Reprodução/National Geographic

De acordo com o esquema evolutivo sugerido por Loewen e seus colegas, o Lythronax e duas outras formas encontradas no sul – o Teratophoneus e o Bistahieversor – formariam um grupo de tiranossauros de focinhos relativamente curtos e cabeças grandes que se assemelham muito aos últimos tiranossauros. Enquanto isso, entre 74 a 80 milhões de anos atrás, uma linhagem de tiranossauros com cabeças estreitas – como o Gorgosaurus – habitavam a porção norte do mesmo continente.

Ao revelarem que os ossos do Lythronax datam de 80 milhões de anos, os pesquisadores passam a acreditar que as duas linhagens de tiranossauros se separam em um momento anterior a esse. Dessa maneira, os autores do estudo esperam encontrar novas evidências sobre essa divisão na linhagem em rochas que datem de 82 a 90 milhões de anos atrás.

O futuro da pesquisa

O próximo passo dos paleontologistas é encontrar esses dinossauros e entender como se deu sua evolução e sua locomoção em todo o continente perdido da Laramidia. Apesar dos pesquisadores terem encontrado partes importantes do esqueleto do Lythronax, certamente outros pedaços do corpo do animal permitiriam a descoberta de muitos outros detalhes da história desses dinossauros.

De acordo com o paleontologista Alan Titus, responsável pelo gerenciamento da área do monumento americano, até o momento os pesquisadores conseguiram vasculhar apenas 10% da área da reserva em busca de fósseis. Enquanto novas descobertas não acontecem, os especialistas seguem procurando por novas descobertas que possam nos levar a entender melhor a grandiosidade da evolução do planeta.

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