Ossada revela um novo “primo” do tricerátopo

09/06/2015 às 13:052 min de leitura

Tanto o batismo quanto a comparação parecem bastante adequadas à nova espécie descoberta de dinossauro com chifres. Um “parente próximo” do tricerátopo, o regaliceratops deve o “regal” (régio, em inglês) do título ao vistoso folho que leva sobre a pesada cabeça, com 268,5 quilogramas. Já o apelido carinhoso de “Hellboy” surgiu por conta dos pequenos chifres “comicamente pequenos” posicionados sobre o nariz do animal.

Analogias levianas à parte, fato é que a descoberta da espécie foi duplamente surpreendente para os pesquisadores. Além de engrossar a fileira das espécies de dinossauros com chifres que viveram ao final do período cretáceo, o regaliceratops ainda traz indícios do que pode ser um caso de “convergência evolucionária” — em que uma espécie mais recente apresenta características de diferentes linhagens evolutivas.

Elo evolutivo

Basicamente, a nova espécie desencavada em Alberta (Canadá) reúne traços das duas classificações históricas de dinossauros com cornos: Chasmosaurinae e Centrosaurinae. Enquanto as espécies pertencentes à Chasmosaurinae (como o tricerátopo) apresentam um pequeno chifre sobre o nariz, grandes chifres sobre os olhos e folho grande, os Centrosaurinaetêm um grande chifre sobre o nariz, pequenos chifres sobre os olhos e folho pequeno.

Dessa forma, o regaliceratops apresenta traços de ambas as espécies — tendo se desenvolvido a partir de uma delas, posteriormente desenvolvendo de forma independente os traços da outra. De acordo com os cientistas, como as espécies pertencentes à Centrosaurinae foram extintas muitos anos antes do aparecimento do regaliceratops, a aposta mais segura é que sejam delas os traços incorporados independentemente.

Novas espécies à espera

A posição atípica do regaliceratops na árvore evolutiva dos dinossauros com chifres faz com que os paleontólogos acreditem em novas espécies semelhantes ainda sob a terra — particularmente, um ancestral direto da espécie.

“Essa descoberta mostra que talvez nós ainda tenhamos vários caminhos por percorrer para conhecer a diversidade completa de espécies de dinossauros que viveram no final do cretáceo na América do Norte”, disse o professor de geologia da Universidade de Indiana, James Farlow, em entrevista ao site Smithsonian Mag.

“A descoberta dos autores sugere que um ancestral imediato do regaliceratops que viveu há alguns milhões de anos ainda precisa ser descoberto. Dessa forma, há ainda vários dinossauros interessantes a serem descobertos”, ele conclui.

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