Encontrado fóssil do maior crocodilo de água salgada que já viveu

17/01/2016 às 05:482 min de leitura

Na porção do Deserto do Saara que fica na Tunísia, uma equipe de paleontólogos italianos descobriu em dezembro de 2014 um fóssil da maior espécie de crocodilo de água salgada já encontrada até hoje, que foi batizada de Machimosaurus rex. O animal era tão grande que deveria pesar por volta de 3 toneladas, media mais de 9 metros de extensão, e só a sua cabeça tinha 1,5 metro de comprimento.

A descoberta, publicada recentemente na revista científica Cretaceous Research, foi feita pelo time liderado por Federico Fanti, pesquisador da Universidade de Bolonha, graças ao apoio do Comitê de Exploração e Pesquisa da National Geographic Society. O fóssil, que media quase o tamanho de um ônibus, estava enterrado sob poucos centímetros de areia do deserto, e, além dele, foram encontrados restos de outras criaturas da mesma época, como tartarugas e peixes, que provavelmente serviam de alimento para o animal colossal.

O local do achado, que um dia já foi um lago com acesso ao oceano, permitia que o M. rex caçasse tanto dentro da água quanto em seus arredores, onde ele provavelmente pegava de surpresa animais que vinham parar perto das margens. Comparada com as espécies que existem hoje, a proporção dos dentes em relação à cabeça desse animal pré-histórico indica que ele possuía uma mordida extremamente poderosa e provavelmente estava no topo da cadeia alimentar daquela região.

Representação hipotética do Machimosaurus rex - Imagem: Davide Bonadonna

A escavação para retirar apenas os sedimentos que cobriam a cabeça do M. rex levou dois dias. Mas essa descoberta é maior do que simplesmente o achado de uma espécie nova, uma vez que a época em que esse animal viveu não bate com teorias anteriores da paleontologia. Acreditava-se que o grupo de crocodilos em que o Machimosaurus se enquadra tenha sido extinto há cerca de 150 milhões de anos, mas a datação do fóssil indica que ele viveu 130 milhões de anos atrás.

Uma suposta extinção em massa entre os períodos Jurássico e Cretáceo teria eliminado um grande número de espécies marinhas, mas o M. rex é prova de que esse conceito está pelo menos parcialmente errado. Para Fanti, isso significa que os paleontólogos precisam revisar e entender melhor o que de fato aconteceu naquela época.

Se a engenharia genética que temos hoje permitisse, que animal pré-histórico você gostaria que fosse "ressuscitado"? Comente no Fórum do Mega Curioso

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