Proteína em células infectadas pelo HIV pode indicar o caminho para a cura

17/03/2017 às 11:322 min de leitura

Os pesquisadores estão perto de revolucionar o tratamento de pessoas infectadas pelo HIV – quem sabe até uma cura! Acontece que os soropositivos em tratamento possuem células infectadas que são impossíveis de ser encontradas. Uma nova proteína, entretanto, parece estar marcando essas células, o que torna possível pensar em outras formas de agir contra elas.

Atualmente, os medicamentos antirretrovirais são capazes de praticamente eliminar o vírus da pessoa infectada. Porém, existe um reservatório em que ele se esconde até encontrar um momento propício para voltar a se replicar – como quando os remédios deixam de fazer efeito, por exemplo.

A medicação precisa ser contínua, já que poucos dias sem ela são suficientes para uma explosão viral no corpo do soropositivo. O HIV fica escondido em células do sistema imunológico, conhecidas como células T em repouso. O vírus entra no material genético dessas células e fica quase impossível de ser detectado.

Antirretrovirais não conseguem penetrar os reservatórios nos quais o HIV se esconde

Descoberta de biomarcador

Entretanto, cientistas franceses conseguiram detectar um biomarcador existente apenas nessas células T infectadas com o vírus latente. Dessa forma, talvez seja possível, no futuro, criar medicações que ataquem apenas essas células – como elas fazem parte de nosso sistema de defesas, não podemos eliminá-las completamente de nosso corpo.

“Desde 1996, o sonho foi matar essas células desagradáveis ??escondidas, mas não tínhamos como fazê-lo porque não conseguíamos reconhecê-las”, explica o virologista Monsef Benkiran, da Universidade de Montpellier, na França.

A proteína chamada CD32a paira apenas sobre as células T infectadas com HIV latente, não sendo encontradas nem mesmo naquelas sem o vírus ou com o vírus ativo. Essa informação é importantíssima, por mais que a tal proteína tenha sido encontrada, na verdade, apenas em metade das células T infectadas.

Célula T infectada pelo HIV

Ainda assim, eliminar mais um tanto de células com o vírus já é outra vitória na luta da Ciência para erradicar de vez o HIV da Terra. O caminho até lá ainda é longo, já que este estudo foi feito apenas com 12 indivíduos soropositivos em tratamento. Acredita-se que quase 40 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com o HIV hoje em dia, mas apenas 17 milhões têm acesso a medicamentos antirretrovirais.

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