Os fotógrafos que morreram registrando a explosão do Monte Santa Helena

11/02/2019 às 03:002 min de leitura

Acompanhar uma catástofre natural em primeira mão muitas vezes é uma “aventura” fatal para diferentes profissinais. No caso de fotógrafos, a sede de conseguir os melhores ângulos e registros de um evento pode colocá-los em risco – e foi isso que aconteceu com Robert Landsberg e Reid Blackburn, que morreram enquanto registravam a erupção do Monte Santa Helena, nos Estados Unidos, em 18 de maio de 1980.

Algumas semanas antes, o vulcão começou a sua erupção, atraindo alguns especialistas à área. O freelancer Robert Landsberg foi um deles; na noite anterior à catástofre, acampou a oeste do Santa Helena. No dia fatídico, ele acordou cedo e foi registrar a erupção a aproximadamente 6 quilômetros da cratera. Às 8h32, o flanco norte do vulcão entrou em colapso, explodindo a montanha e expondo o seu núcleo, repleto de magma derretido.

Uma das últimas imagens feitas por Landsburg

Landsberg notou que seria atingido pelo material vulcânico e não teria como escapar. Disposto a registrar o fenômeno até o fim, ele trabalhou o quanto pôde e depois guardou o filme fotográfico dentro de estojos na sua mochila. Seu corpo foi encontrado 17 dias após o colapso do Santa Helena. Ele estava deitado protegendo a mochila, em uma ação que permitiu salvar quase totalmente o material registrado. Suas últimas imagens foram publicadas pela National Geographic em janeiro de 1981.

Material foi recuperado devido ao empenho do fotógrafo em protegê-lo

O segundo fotógrafo

A erupção do Santa Helena é a maior catástofre vulcânica em solo norte-americano nas últimas décadas. O evento destruiu 200 casas, 47 pontes, 24 km de ferrovias e quase 300 km de estradas. No total foram 57 mortes; e, além de Reid Landsberg, outro fotógrafo morreu registrando a ocasião: Reid Blackburn.

Ele trabalhava para um jornal local e para a National Geographic, sendo enviado para uma expedição ao Monte Santa Helena que deveria terminar no dia 17 de maio, na véspera da catástrofe. Blackburn, entretanto, resolveu estender seu período no vulcão e acabou pagando caro por isso.

Carro de Reid Blackburn foi encontrado parcialmente encoberto

O fotógrafo não teve tempo de fugir ou de salvar seu material. Seu corpo foi encontrado ao lado de seu carro em uma posição que indica que ele cogitou fugir, mas não teve tempo. Em 2013, um expert em imagens conseguiu recuperar algumas das últimas imagens feitas por Reid Blackburn.

Imagens foram recuperadas mais de 2 décadas após a erupção

Time lapse impressionante

Quem também estava documentando a erupção eram os fotógrafos Keith Ronnholm e Gary Rosenquint. Ao contrário de seus colegas de profissão, ambos sobreviveram à catástrofe porque o material fervente que descia da montanha acabou desviando cerca de 1 km antes de antigi-los.

Ambos também conseguiram fazer imagens impressionantes do colapso do Santa Helena. Assim que outro membro da equipe notou que o flanco norte desabando, Rosenquint virou sua câmera e registrou uma série de fotos em sequência. Ela formam um time lapse impressionante dos primeiros 40 segundos do deslizamento da encosta do monte.

Time lapse ajudou a compreender como foi o colapso do vulcão

Imagens são impressionantes

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