Artes/cultura
19/09/2017 às 10:56•3 min de leitura
Rapaz, aplicativos de relacionamento (ou de pura pegação) facilitam a vida e são, sim, parte desse meio que você diz não pertencer. Então, deixe esses tabus heteronormativos de lado e seja feliz. Você não quer dar pinta por aí? Ok! Direito seu! Agora, ser “quase hétero” é igual a ser “quase tamanduá”, ou seja, você também é gay.
Se você não quer levantar bandeira, lutar por seus direitos ou sair do armário, tudo bem, cada um faz suas escolhas. Mas que tal não recriminar e muito menos julgar quem faz isso por você?
Olha só, o fato de você ser exclusivamente ativo não te transforma em menos gay do que quem prefere ser apenas passivo. Esse tipo de pensamento precisa ser curado o quanto antes! Livrando-se dessas amarras, certamente pessoas mais interessantes irão aparecer na sua vida e você poderá viver mais feliz – mesmo que queira viver no armário, que, como já falamos, é um direito seu, mas não deve ser uma imposição para ninguém.
Chega dessas guerrinhas de divas pop, né? O mundo musical é tão eclético e seria muito chato se todos gostassem e preferissem todos os gêneros e artistas. No universo pop, principalmente entre os gays, as divas como Rihanna, Britney Spears, Beyoncé, Lady Gaga e Madonna geram fanáticos que acabam desrespeitando fãs de outras cantoras. Que tal se todo mundo fosse feliz para sempre e respeitasse os gostos do coleguinha? Seria bem louco!
Que muitos gays se aproximam de mulheres pela amizade todo mundo sabe. Isso não impede, entretanto, de que alguns passem dos limites e exibam comportamentos machistas perante elas – talvez por não se dar conta disso. JAMAIS chegue pegando nos peitos das meninas só porque “você não gosta da fruta mesmo”. E essa dica vale para várias outras “ações inocentes”!
A amiga te deu liberdade para isso? Algumas mulheres se sentem realmente incomodadas com esse comportamento, principalmente com relação a gays que elas acabaram de conhecer. Portanto, evite ter atitudes que reforçam o machismo patriarcal e irracional, passando a respeitar o corpo de todo mundo.
Muitos jovens de hoje em dia não vivenciaram o terror dos primeiros anos do HIV. Naquela época, esse diagnóstico era praticamente uma sentença de morte. Com o avanço da medicina, é possível ter uma vida longa e saudável, mas o uso contínuo do coquetel antirretroviral ainda tem efeitos colaterais. E cada corpo é diferente, né? Pode ser que você não seja tão forte assim quanto pensa!
Por isso, deixe de lado essa ideia de que o HIV é “de boas”! Ele tem, sim, tratamento de qualidade e de graça no Brasil, mas por que se arriscar em algo que pode prejudicar a sua saúde física e mental? Proteja-se sempre!
As dicas aí em cima são de comportamentos de pessoas homossexuais que podem ser mudados e fariam bem para a sociedade. O que não dá para mudar, entretanto, é a orientação sexual dessas pessoas. Nesta segunda-feira (18), o juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara do Distrito Federal, concedeu uma liminar autorizando psicólogos a oferecer o serviço de reversão sexual, a tal “cura gay”.
Aqui no Mega, nós já mostramos como alguns desses procedimentos são feitos e nos posicionamos contra a ideia de que a sexualidade de uma pessoa pode ser alterada por outra. Ao tentar tratar a homossexualidade como uma doença reversível, o juiz contraria decisões da Organização Mundial da Saúde e do Conselho Federal de Psicologia.
Mais do que nunca, precisamos compreender as diferenças e não tentar impor um modelo reacionário e ultrapassado. O que devemos combater, de verdade, é a homofobia, que fere e mata, além de verdadeiros crimes sexuais, como estupro e pedofilia.