Sergio virou Sergia: argentino muda de sexo para se aposentar mais cedo

23/03/2018 às 06:302 min de leitura

O que você estaria disposto a fazer para se aposentar mais cedo? O argentino Sergio Lazarovich teria mudado de sexo para poder se aposentar aos 60 anos ao invés de 65, que é a idade mínima para os homens de lá pendurarem as chuteiras do trabalho. Seu caso virou um debate intenso sobre a ideologia de gênero e sobre a brechas na lei.

A transexualidade é uma condição séria na qual a pessoa não se identifica com o sexo que nasceu. Ela costuma se manifestar muito cedo na vida das pessoas trans, mas a adequação ao pode demorar algumas décadas para acontecer – seja por coragem, seja por preconceito, seja por condições etc. Já a Lei de Identidade de Gênero em vigor na Argentina não exige que uma operação sexual ou que tratamentos hormonais sejam feitos para reconhecer uma pessoa como transgênera.

O caso de Sergio – que mudou seu nome para Sergia e seu sexo legalmente para feminino – parece não fazer parte desse espectro. Ele teria sido denunciado à imprensa argentina por um parente, que alegou que Sergio/Sergia sempre foi heteressoxual cisgênero, isto é, sempre se identificou com seu nascimento no gênero masculino. Ele teria se relacionado apenas com mulheres sua vida toda, mesmo após a mudança legal.

sergioDocumento mostra que Sergio acabou de fazer 60 anos

Ele/ela poderia, sim, ser uma transgênera homossexual, mas parece que ele fez a mudança apenas por não concordar com as leis que diferenciam a idade mínima de aposentadoria entre homens e mulheres – 65 e 60, respectivamente. Sergio/Sergia reclamava constantemente disso e planejou durante muito tempo essa atitude radical para se aproveitar dessa brecha.

“A Lei de Identidade de Gênero é muito boa e protege as pessoas transgêneras. Só porque há pessoas que não têm ética, não significa que a lei esteja errada, isso significa que as pessoas estão erradas. Eles são moralmente falhas e Sergia é uma dessas pessoas. Ele está se aproveitando da lei”, explicou o parente.

Sergio/Sergia acusa a mídia de ser tendenciosa e estar cometendo uma injustiça. Ele/ela alega ter feito a transição por motivos pessoais, mas não explicou quais seriam. Em outra entrevista, porém, declarou que seu caso não seria problema para ninguém se todos se aposentassem aos 65 anos – fala que dá a entender que ele realmente pode ter feito a transição legal apenas por questões mesquinhas.

batomLei sobre identidade de gênero em vigor na Argentina não exige tratamento cirúrgico ou hormonal para reconhecer um transgênero

Sergio/Sergia, que completou 60 anos em janeiro, ainda não entrou com o pedido de aposentadoria, mas é uma questão de (pouco) tempo para isso acontecer, segundo seu parente. Normalmente, a Administração Nacional de Seguridade Social analisa e aprova esses pedidos, mas este caso em específico deve acabar nos tribunais.

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