A mulher mais velha do mundo diz que não foi feliz um único dia de sua vida

Uma mulher chamada Koku Istambulova pode ser considerada não apenas a pessoa mais velha ainda viva, mas uma das pessoas mais velhas que já viveu na Terra. Koku tem 128 anos, porém sua idade é impossível de ser averiguada porque seus documentos foram perdidos durante a Segunda Guerra Mundial, na Chechênia. Entretanto, um passaporte interno atesta que ela nasceu no dia 1º de junho de 1889.

O interessante na história de Koku, no entanto, é que ela parece ter odiado cada minuto desse período. Ao jornal britânico Daily Mail, ela afirmou que não teve um único dia feliz, pois sempre trabalhou muito duro "cavando buracos no campo", e está cansada.

Castigo de Deus

Ao ser questionada sobre o segredo da longevidade, ela disse: "Foi a vontade de Deus. Eu não fiz nada para que isso acontecesse... Essa vida longeva não é de forma alguma uma dádiva de Deus para mim, mas sim uma punição".

A Rússia do século XIX foi, obviamente, uma época bastante difícil para se viver, e Istambulova experimentou alguns dos piores incidentes do século XX. Ela sobreviveu à Primeira Guerra Mundial, à Revolução Russa, à Segunda Guerra Mundial e à deportação de todo o país checheno por Josef Stalin ao Cazaquistão e à Sibéria ("sentimos como os cazaques nos odiavam", afirma ela).

Sem lições

Ela se lembra de ter sido espancada pela avó por não se vestir de forma modesta quando criança e constantemente cavava buracos e plantava melancias. Todos os seus filhos já morreram, incluindo uma que viveu até os 104 anos.

Koku aparentemente não tem nenhuma lição para tirar de sua longa jornada pela Terra. "Olhando para a minha vida infeliz, gostaria de ter morrido quando era jovem", disse ela ao Mail. "Enquanto eu estava trabalhando, meus dias passavam, um por um. E agora eu não estou vivendo, estou apenas me arrastando."

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