Funerária vendia corpos de pessoas que deveriam ser cremadas

25/03/2020 às 08:002 min de leitura

Promotores federais dos Estados Unidos acusaram duas mulheres do Colorado, que possuíam uma funerária, de vender partes de corpos e cadáveres inteiros de pessoas que deveriam ser cremadas. Megan Hess e sua mãe, Shirley Koch, foram presas na semana passada e se declararam inocentes de nove acusações de fraude postal e transporte de materiais perigosos.

Na acusação, os promotores disseram que as mulheres ganharam centenas de milhares de dólares entre 2015 e 2017. Elas vendiam cabeças, torsos, braços, pernas e até corpos inteiros a clientes que usavam os restos mortais para fins científicos, médicos ou educacionais.

Os promotores disseram ainda que as mulheres enganavam os compradores, falsificando os resultados dos exames de sangue para que os corpos apresentassem resultados positivos em relação a doenças infecciosas, como HIV e hepatite.

As duas não são as únicas vendedoras apanhadas no crescente setor de "corretagem de corpos". Uma investigação da Reuters em 2017 descobriu que um mercado lucrativo (quase não regulamentado) de partes de corpo está prosperando em todo os Estados Unidos e está repleto de abusos. O relatório descreveu uma rede de corretores que atacava famílias pobres trocando uma doação de corpo por uma cremação parcial gratuita.

A estratégia da coleta de corpos

(Fonte: Insider/Reprodução)(Fonte: Insider/Reprodução)

A acusação dizia que Hess e Koch frequentemente se encontravam com famílias que solicitavam os serviços de cremação, mas depois colhiam as partes do cadáver sem discutir seus planos com os familiares. Outras vezes, elas levavam as famílias a concordar com as doações, mas com a impressão de que apenas pequenas amostras seriam colhidas, como tumores ou pedaços de pele, revelou o indiciamento. Nesses casos, os promotores apontaram para o fato de ambas costumarem colher muito mais do que as famílias concordaram em doar.

O dinheiro ganhado com a venda de partes de corpos permitiu às acusadas reduzirem sua taxa de cremação, tornando seus serviços um dos menos caros da região, conforme a acusação. Em alguns casos, mãe e filha até ofereceram taxas reduzidas ou cremações gratuitas às famílias se concordassem em doar os restos mortais de seus parentes.

De acordo com a acusação, para evitar as suspeitas dos familiares, as donas da funerária até forneciam o resultado da suposta cremação, fazendo eles acreditarem na autenticidade das cinzas serem de seus entes queridos.

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