Como aliviar a 'culpa de mãe' sem negligenciar sua carreira?

13/05/2023 às 12:002 min de leitura

Há um ditado que diz que "mãe é tudo igual, só muda de endereço". Porém, ele não é totalmente verídico se considerarmos que as gestações são diferentes, os períodos da história variam e nem todas acreditam que vão dar conta do recado – e aí surge uma coisa que conhecemos como culpa materna, ou "culpa de mãe".

Em linhas gerais, esse sentimento é visto sempre que a mãe se culpa por alguma situação envolvendo seus filhos, seja por ter dormido sem dar um beijo de boa noite, por estar com raiva, ou se dedicar demais ao trabalho. 

Como esse fenômeno não é algo recente, a equipe do aplicativo de relacionamento Bumble fez uma pesquisa para entender como as matriarcas modernas se encaixam nesse cenário.

A culpa ainda prevalece

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

O estudo em questão foi feito entre agosto e setembro do ano passado com 2.581 pessoas. Desse montante, 85% das mulheres de todo o mundo concordam que as mães se sentem mais culpadas gastando tempo no trabalho para avançar em suas carreiras do que os pais. 

Outro ponto mencionado por 83% das respondentes é que muitas mulheres percebem que suas carreiras ficam prejudicadas após tirar a licença-maternidade.

Para encontrar algumas saídas sobre essa questão, Whitney Wolfe Herd, diretora-executiva e fundadora da Bumble, dá algumas dicas do que é possível fazer para tentar evitar a culpa materna.

3 dicas para lidar com a "culpa de mãe"

1. Tenha uma agenda favorável

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Para Whitney, encontrar um equilíbrio entre as responsabilidades parentais e profissionais é algo constante, por isso é importante dividir o tempo entre ambas as funções.

"Às vezes precisarei fazer ligações com equipes em fusos horários diferentes e isso exigirá flexibilidade no meu horário de trabalho. Eu me certifico de que isso não significa que eu perca tempo com a família. Se acordo cedo para ler e-mails, arrumo um tempo à tarde para ficar com meus filhos ou me certificar de que estou lá para buscá-los", comentou a executiva.

2. Líderes devem ajudar as mães

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Em algumas empresas, ainda é comum encontrar a figura daquele líder que já lança o famoso "olho-torto" quando descobre que alguém do time vai ter um bebê em breve – afinal, isso significa que algumas vezes essa pessoa vai precisar sair no meio do expediente para socorrer o filho ou em emergências. Porém, esse sentimento não é benéfico para ninguém.

"Navegar na paternidade/maternidade e na carreira é um desafio, independentemente do suporte que você tenha. Sempre quero que os pais possam priorizar o bem-estar de seus filhos e nunca quero que eles sintam que precisam escolher um em detrimento do outro. É preciso haver mudanças tangíveis e estruturas para apoiar uma visão verdadeiramente equitativa. Se você não tem certeza de como ajudar, pergunte aos pais em seu escritório", destacou Whitney.

3. Tenha contato com seu "eu" pré-maternidade

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Por fim, Whitney dá uma dica para quem está mergulhada no universo da maternidade: não esqueça das coisas que lhe davam prazer antes do bebê vir ao mundo.

"Não acho que devemos nos perder. Acho que devemos evoluir, crescer e expandir, mas não encolher. Não posso me sentir culpada por fazer as coisas que me trouxeram alegria antes do bebê ou fizeram parte de quem eu era como indivíduo. Quando você pensa sobre isso dessa maneira, ajuda a reformular essa culpa", finaliza a executiva.

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