Lua de Júpiter poderia abrigar formas de vida em seus oceanos gelados

24/05/2016 às 05:452 min de leitura

Como você sabe, existem muitos astrônomos dedicados à missão de encontrar formas de vida em outros planetas — afinal, a ideia de que somos únicos no Universo é tão... deprimente! Pois nem precisamos ir tão longe para encontrar candidatos promissores, e nós aqui do Mega Curioso já publicamos matérias sobre um em especial: Europa, uma das 67 luas de Júpiter.

O satélite jupiteriano pode ser pequenino — ele é ligeiramente menor do que a nossa Lua — e gelado. Entretanto, existem fortes evidências de que há um enorme oceano salgado sob a espessa camada de gelo que cobre sua superfície, cujo volume poderia ser equivalente ao dobro de toda a água que existe na Terra. Esse, aliás, é um dos ingredientes indispensáveis para a existência de vida (como conhecemos).

Novas descobertas

Agora, um estudo recente conduzido pela NASA revelou que a composição química do — possível — oceano que existe em Europa pode ser muito parecida com a do que temos aqui no nosso planeta. Os cientistas da agência espacial empregaram os mesmos métodos utilizados para avaliar os oceanos terrestres e compararam o potencial da lua jupiteriana em produzir oxigênio e hidrogênio com o da Terra.

(Fonte: NASA)

Os pesquisadores acreditam que o satélite de Júpiter conte com um núcleo rochoso, e as simulações permitiram que eles estimassem quanto de hidrogênio e oxigênio poderia ser liberado graças à reação da água com as formações rochosas que se encontram sob o oceano. Os cientistas ainda pretendem avaliar como o líquido interage com possíveis fissuras que se formam na superfície rochosa.

A razão disso é que, quando uma nova fissura se forma aqui na Terra, a rocha recentemente exposta entra em contato com a água, formando minerais e liberando hidrogênio — e os pesquisadores querem descobrir se o mesmo fenômeno acontece em Europa. Segundo a NASA, a intenção é determinar se o satélite dispõe dos elementos necessários e da energia química na proporção exata para permitir que processos biológicos ocorram por lá.

A equipe da agência espacial também está de olho na superfície gelada do satélite para encontrar evidências que demonstrem a possibilidade de que formas de vida sobrevivam naquelas condições. E nesse sentido, os cientistas também fizeram avanços significativos.

Avanços

De acordo com a NASA, como a atmosfera no satélite é pouco abundante, Europa não conta com muita proteção contra os raios cósmicos que chegam até a sua superfície. Pois essa radiação possivelmente provoca reações químicas no gelo que resultariam na liberação de oxidantes — que também são ingredientes necessários para a existência de vida.

(Fonte: NASA)

Acontece que, segundo os astrônomos, a superfície gelada de Europa é constantemente renovada por meio da atividade tectônica do gelo, o que significa que existe a possibilidade de os oxidantes acabarem se dissolvendo no oceano sob a superfície e, uma vez na água, eles podem reagir com outros elementos químicos.

As simulações apontaram que, por conta disso, pode existir dez vezes mais oxigênio do que hidrogênio no satélite — taxa semelhante à da Terra. O próximo passo será determinar o ciclo de outros elementos importantes para a existência de vida, como é o caso do fósforo, do carbono, do nitrogênio e do enxofre, por exemplo.

De qualquer forma, o que foi descoberto até o momento só reforça a teoria de que Europa realmente é um dos locais mais promissores no Sistema Solar até o momento para se encontrar formas de vida alienígena.

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