Conheça os ingredientes básicos de um shampoo e como ele surgiu

12/11/2014 às 07:545 min de leitura

Eles estão nas prateleiras dos supermercados e das farmácias e possuem uma quantidade enorme de frascos, fragrâncias e funcionalidades. Para cabelos oleosos, mistos ou secos, para fios quebradiços, antiqueda, anticaspa, para madeixas quimicamente tratadas, a verdade é que você sempre vai encontrar um shampoo que supra as necessidades dos seus cabelos.

Além disso, eles estão disponíveis em uma variedade bem diversificada de preços dependendo dos ingredientes que fazem parte de sua composição: henna, aloe vera, camomila, entre muitos outros. E tem também aqueles compostos que a gente não faz nem ideia do que significa. Lauril sulfato de amônia? DMDM hidantoína? O que é isso?

E então fica a pergunta: você sabe quais são os ingredientes básicos do seu shampoo e o que eles significam? A menos que você seja farmacêutico ou químico, pesquisar os compostos do cosmético não passa pela sua cabeça. A fim de esclarecer essa pergunta, nós mostramos do que é feito esse produto tão amado que deixa seus cabelos sempre impecáveis.

Basicamente, é isso

Existem dois ingredientes básicos na composição do shampoo: água — que compõe 80% do volume do cosmético — e detergente. É dele o poder de limpeza do couro cabeludo. Sem ele, o produto não conseguiria eliminar todos os óleos, a graxa e aquela sujeira que aparecem diariamente nos fios. O agente faz parte de 10% a 15% do shampoo.

Aliás, você sabia que existe uma razão pela qual ensaboamos os cabelos duas vezes? A primeira serve para ligar os agentes sintéticos presentes no detergente à sujeira, a retirando completamente. A segunda vai fazer com que as moléculas de água se misturem com a gordura, eliminando-a com o enxague.

Os demais ingredientes

Mas é claro que o seu shampoo não contém somente detergente e água. Aliás, existem muitas outras substâncias que são imprescindíveis para tornar o produto um agente de limpeza profunda como é conhecido, o que também o transforma em um cosmético específico para cada tipo de cabelo. Entre elas, estão:

Fragrância

O que seria de um shampoo sem aquele cheirinho gostoso? Quase nada. Muitas vezes, ele é o ingrediente mais característico, que faz as pessoas reconhecerem determinada marca e serem fiéis a ela. Quando uma empresa encontra a fragrância certa, ela faz a patente e aquele aroma se torna exclusivo, quase que um segredo.

Agentes condicionantes

Óleos à base de silício, como o dimeticona e ciclometicone, são compostos que têm como função hidratar os seus cabelos e evitar irritações no couro cabeludo depois que todas as gorduras e sujeiras forem retiradas. O pantenol ou ácido cítrico são outros agentes encontrados no shampoo que servem para dar brilho aos fios.

Espessantes

Sabe aquele aspecto cremoso e denso que o shampoo possui? Então, ele só é possível graças aos espessantes. Você gostaria de passar um produto aguado que escorre pelas mãos, ou alguma coisa melada que gruda na pele e causa irritação? O cloreto de amônio — ou de sódio (está aí o sal do shampoo) — é muito usado para esse fim.

Porém, como o sal costuma prejudicar um pouco os fios e faz os olhos arderem demais, algumas marcas substituem o composto por outros espessantes mais caros, como o glicol, álcool etílico, xileno sulfonato de amônio, entre vários outros, diminuindo consideravelmente a quantidade de cloreto de sódio na composição do cosmético.

Modificadores

Assim como os espessantes são importantes para dar densidade e cremosidade ao shampoo, os modificadores não ficam atrás. Eles dão as cores e texturas do produto. Vai dizer que aquele brilho perolado, aquelas partículas de reflexo, não são fatores que fazem você se decidir por uma marca? O diestearato de glicol é um dos ingredientes usados para isso.

Impulsionadores de espuma

A espuma é como um resultado visível de que o produto está agindo no cabelo. Então, não importa quanto eficiente seja o shampoo, se ele não fizer espuma, a gente não acredita que ele esteja funcionando. Os dois tipos de impulsionadores de espuma mais usados são o lauramida DEA e a cocamida DEA, derivados de ácidos graxos

Esses dois produtos trabalham em conjunto com o trietilenoglicol, que por sua vez mantém aquela firmeza, aquele aspecto de "nuvem". E, para que ela permaneça assim, também são usados produtos químicos chamados alcanolamidas. Tudo isso junto faz com que a espuma permaneça nos cabelos e dê a sensação de limpeza.

Conservantes

Esses ingredientes são muito importantes para manter o seu shampoo sempre na validade. Diante de tantos produtos químicos, ele poderia criar fungos e colônias de bactérias por ficar em lugares úmidos, mas os conservantes impedem essa ação. O DMDM hidantoína, o benzoato de sódio, o isotiazolinona e o metilparabeno são os mais usados.

Regulamentação dos cosméticos

No Brasil, todos os cosméticos, incluindo os shampoos e produtos para os cabelos, são regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que solicita a interdição do item caso ele não apresente resultados satisfatórios nos testes realizados, ficando fora dos padrões e, principalmente, oferecendo risco à saúde dos consumidores.

É obrigação das empresas colocarem a data de validade do shampoo em um lugar de fácil visualização. E é dever do consumidor não usar o produto caso esse prazo tenha passado. Caso ele venha a utilizar, está ciente de que o conservante já não está mais fazendo efeito e o cosmético pode facilmente estar propenso à criação de fungos e bactéria.

Isso pode causar vários problemas de saúde, como irritação, vermelhidão, alergias, coceiras, micoses, bolhas, queimaduras e várias outras coisas. A validade, em especial dos shampoos e condicionadores, normalmente é de 2 anos. Caso não encontre a data de vencimento, verifique ao menos a data de fabricação e calcule mais ou menos esse tempo.

Um produto cada vez mais consumido

O shampoo é hoje um dos cosméticos mais consumidos. Graças à grande variedade de valores, existem opções para todos os bolsos. Nos Estados Unidos, a cada ano são gastos cerca de US$ 1 bilhão com esses produtos. No mundo inteiro, acredite, US$ 40 bilhões são dispensados para a aquisição de shampoos.

Os fabricantes precisam investir em marketing para divulgar os diferenciais de seus produtos, tendo o seu público-alvo fiel e, talvez, vencendo a concorrência. Não importa quais são os extratos usados para a produção do cosmético, há sempre quem compre e quem divulgue, principalmente quando o shampoo faz a diferença para alguém.

No entanto, alguns consumidores acham que os shampoos não têm muita diferença e continuam sua incessante busca à procura de produtos inovadores para o cuidado dos cabelos. Por isso, as indústrias são estimuladas a criarem cosméticos novos e, principalmente, preocupando-se com o meio ambiente, já que há uma grande demanda por essa postura.

Como os shampoos foram criados

Curiosidades são sempre muito legais, e por isso, trazemos algumas coisas interessantes sobre o cosmético em questão. Por exemplo, você sabia que a palavra "shampoo" é um derivado da palavra hindi "chhamna", que significa apertar, amassar ou fazer massagem? Mas isso não tem nada a ver com o fato de ser friccionado no couro cabeludo.

O shampoo teria surgido na Índia. Vários extratos de ervas como a Sapindus (uma árvore da família da lichia) e groselhas eram fervidos, amassados e espremidos para formar um surfactante líquido usado na higiene diária. Esse produto se espalhou para a Europa, já que naquela época as pessoas ferviam sabão raspado com água e ervas para criar um sabonete líquido.

Existem também alguns relatos de que o shampoo teria surgido na Indonésia e que o primeiro deles foi feito a partir de cinzas de palha de arroz misturadas com água. As pessoas usavam essa mistura para tirar a gordura dos cabelos e, posteriormente, aplicavam óleo de coco como condicionador para hidratar os fios, já que os óleos foram todos retirados.

O shampoo como conhecemos hoje foi criado por Hans Schwarzkopf em Berlim, em 1927, enquanto os americanos ainda usavam sabão em barra para limpar os cabelos. A empresa Proctor e Gamble começou a fabricação do produto em larga escala e então surgiu o Drene, o primeiro shampoo sintético na História.

Para que o Drene fizesse sucesso, a P&G investiu em campanhas de marketing agressivas e grandes divulgações em todos os meios de comunicação, o que fez com que as vendas do shampoo estourassem. A marca ficou em circulação até meados de 1970, quando a empresa resolveu investir no tão famoso 2 em 1 Head & Shoulders.

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