Cientista prevê que aprenderemos novos idiomas apenas tomando pílulas

09/07/2014 às 08:333 min de leitura

No passado, algumas previsões de Nicholas Negroponte, fundador do MIT Media Lab, arrancaram risos de descrédito da mídia especializada em tecnologia. Entre os “absurdos” antecipados pelo cientista, estão a tela sensível ao toque e certa diminuição sistemática dos aparelhos — desengonçados à época —, os quais deveriam se tornar “menores, mais finos e mais brilhantes”.

E há ainda quem tenha tirado sarro de outra previsão de Nicholas. Particularmente, a revista Newsweek. Em uma de suas edições, havia uma nota tornada particularmente infeliz pelo passar dos anos: “Nicholas Negroponte, diretor do MIT Media Lab, prevê que nós em breve vamos comprar livros e jornais pela internet. Ah, é claro” disse o editor Clifford Stoll à época.

Dessa forma, quando um sujeito com esse histórico resolve lançar novas previsões, o mínimo que qualquer sujeito consciente deveria fazer seria ouvir do que se trata com atenção, certo? De fato, durante recente palestra conduzida pelo TED, Negroponte lançou mais duas de suas previsões.

Em uma delas, ele retoma uma proposta sua, expandindo a ideia do famoso “One Laptop Per Child” (um computador por criança). Mas a coisa pode ficar ainda mais digna de ficção científica: para o visionário do MIT, em algumas décadas, caso se queira aprender uma nova língua, bastará engolir a pílula apropriada.

Aprendizado digestivo?

“Nós temos consumido muita informação através dos nossos olhos, e talvez esse seja um canal pouco eficiente”, disse o cientista durante a referida palestra para o TED (Tecnologia, Entretenimento e Design). Dessa forma, deve haver um jeito mais apropriado, que nos permita ir de uma nova língua a Shakespeare sem acabar com uma bela azia, certo?

“A minha previsão, portanto, é que nós poderemos ingerir informação”, ele continua. “Eu vou engolir uma pílula e vou aprender inglês.” Para Negromonte, a absorção das informações se dará por meio da corrente sanguínea, de tal forma que a informação seja transportada até o cérebro e, posteriormente, se aloque em seu devido lugar... E voilà!

“Você vai engolir uma pílula e aprender Shakespeare”. Ou italiano, ou latim. Ironicamente, talvez até microbiologia e ciência da computação. De acordo com o cientista, um tal método de aprendizado deve se tornar o padrão daqui a aproximadamente 30 anos. “Uma das vantagens da idade, é que eu posso dizer com bastante confiança que eu estive no futuro”. É esperar para ver.

Como conectar o “último bilhão” de pessoas?

Nicholas Negroponte foi particularmente feliz em suas previsões com interfaces e, de forma geral, com tecnologias ligadas à computação — sabe o CD-ROM, por exemplo? Pois é. Mas uma das investidas sociais do cientista também se tornou particularmente célebre, sobretudo quando ele passou a se dedicar às formas possíveis de aprendizado por meio da computação.

Trata-se da intitulada “One Laptop Per Child” (um computador por criança) — sim, aquela mesma que assistiu crianças na África, permitindo que em seis meses os pequenos, sem qualquer instrução prévia, pudessem “hackear” o Android. Essa propostal deu origem a uma mescla de previsão e convite à filantropia, amparada na ideia de que “é possível ter aprendizado sem escolas”, pelo menos em situações-limite.

De acordo com Negroponte, o “último bilhão” de pessoas no globo poderia ser interconectada com um esforço relativamente modesto dos EUA. Para ele, as comunidades primitivas (de natureza rural) da África poderiam se beneficiar de satélites estacionários que conectassem os indivíduos, transformando o acesso à rede em um dos direitos humanos fundamentais.

O montante impressiona, a princípio. Seriam necessários US$ 2 bilhões para cada 100 milhões de habitantes lançados à internet. Entretanto, o cientista lembra que esse valor é gastado semanalmente pelos Estados Unidos da América na Guerra do Afeganistão.

A propósito, sobre a tela sensível ao toque...

Sim, as telas sensíveis ao toque foram fortemente criticadas quando a tecnologia foi divulgada pelo MIT durante a década de 1970. E havia pelo menos três motivos que justificavam a inviabilidade da proposta, os quais foram lembrados por Negromonte.

Vale a pena conferir:

  • A mão tampa a visão do usuário;
  • Uma resolução muito baixa associada à tecnologia; e
  • A tela do dispositivo invariavelmente acaba suja.

Bem, juntamente com o prognóstico jocoso deixado para os e-books e jornais online, isso certamente conta pontos para Nicholas Negroponte e nos faz esperar por um futuro interconectado... E com informações digeridas circulando pela corrente sanguínea, até chegar ao cérebro.

Via TecMundo

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