Cientistas podem ter descoberto que orientação sexual é genética

12/10/2015 às 07:102 min de leitura

A questão da sexualidade é um tema que incomoda muita gente – principalmente quem vive na religiosidade e considera pecado os diferentes arranjos amorosos. Afinal: Deus fez o Adão e Eva, e não Adão e Ivo, não é mesmo? Muitos acreditam que uma “opção” sexual “errada” pode ser facilmente “consertada”.

Porém, para os homossexuais, isso não se trata de uma escolha. Afinal, quem é que escolheria enfrentar a sociedade para poder ter direito à própria felicidade sem ninguém ficar metendo o bedelho onde não é chamado? Para os gays e lésbicas, eles nasceram assim e pronto! E é aí que a ciência fica ao seu lado.

Novos estudos apontam que existe, de fato, um gene que está relacionado à sexualidade humana. Pesquisas feitas com gêmeos homossexuais tentam elucidar como isso acontece, já que eles compartilham do mesmo DNA. No ano passado, o maior estudo desse gênero completou duas décadas, propondo que o cromossomo X e o cromossomo 8 são os responsáveis pela orientação sexual das pessoas.

Porém, nem tudo ainda está comprovado pela genética. Voltado aos gêmeos: se um dos irmãos é homossexual, existem 20% de chance de o outro também ser. E se a mulher já tem um filho homem, a chance de o próximo ser homossexual (caso seja homem) é de 33%. Pesquisas que chegaram a essas conclusões explicam que esses resultados indicam, sim, que um fator genético pode estar envolvido no desenvolvimento sexual dos indivíduos.

Estudo com gêmeos homossexuais tenta entender se orientação sexual faz parte da genética humana

Um pouco além da genética

Algumas pesquisas tentam entender, também, se não seria o meio e a criação que “formaria” os indivíduos homossexuais. Para isso, existe a epigenética, que tenda entender se certas características são passadas de pai para filho através de informações “genéticas”, mas que, de fato, não fazem parte dos genes. É como no caso dos judeus que teriam passado o trauma do Holocausto a seus filhos.

Os estudos em epigenética querem entender se existe alguma relação entre informações “escondidas” nos genes e que não fazem parte diretamente do DNA – a homossexualidade poderia ser uma dessas características. Ela explicaria como, por exemplo, existem gêmeos com DNA idêntico e comportamentos sexuais diferentes.

Uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia, feita com 37 pares de irmãos gêmeos em que apenas um deles era gay, analisou a estrutura molecular de seu DNA e padrões de marcas epigenéticas. Para efeito de pesquisa, 10 pares de gêmeos em que os dois são heterossexuais fizeram parte do estudo.

Depois que todos os indivíduos tiveram seu mapeamento de DNA feito, descobriu-se que cinco marcas epigenéticas apareciam com frequência muito mais alta nos homossexuais. Tanto que, depois de esses dados serem inseridos em um algoritmo de computador, era possível determinar com precisão de 67% se o indivíduo da amostra era gay ou não. Esse valor alto de acerto abriu caminhos para mais estudos na área da epigenética.

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E para você, caro leitor, a homossexualidade está realmente na genética ou no modelo de criação das pessoas? Acredita que um indivíduo escolhe sua orientação em algum momento da sua vida? Se você for heterossexual e acreditar na última frase, em que momento você escolheu ser hétero? Lembre-se de manter o respeito nos comentários, ok?

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