Pai-coruja e assassino frio: diário perdido revela rotina de líder nazista

09/08/2016 às 13:202 min de leitura

O mais famoso relato dos horrores nazistas é o “Diário de Anne Frank”, que, sob a ótica de uma adolescente, mostra atrocidades cometidas na Alemanha nazista. Agora, outro diário promete mexer ainda mais nas feridas da Segunda Guerra Mundial: cerca de mil páginas do diário de Heinrich Himmler, um dos chefões do nazismo, foram descobertas depois de 70 anos.

Algumas páginas já tinham sido descobertas anteriormente, mas o novo achado traz uma nova ideia de como era viver durante um dos períodos mais terríveis da humanidade. O jornal Bild, da Alemanha, está publicando o diário de um dos líderes do Partido Nazi. Histórias de jantares e telefonemas para a filha são tão corriqueiros quanto a ordem de um assassinato em massa, nos escritos de Himmler.

Muitos escritos são parecidos: o dia de Himmler começava com uma sessão de massagem que durava 2 horas e depois ligava para a esposa, Margarete, e para a filha, Gudrun – esta última, atualmente com 86 anos, esteve envolvida em escândalos recentes na Alemanha por conta apologias neonazistas.

Mais de mil páginas do diário de Heinrich Himmler ficaram perdidas por 70 anos

Rotina familiar e assassinatos cruéis

O jornalista Damian Imoehl, que está divulgando os relatos de Himmler, acha interessante o fato de o militar nazista ser um pai-coruja e um assassino de sangue frio. “Ele era muito cuidadoso com a esposa e a filha, apesar da relação extraconjugal com sua secretária. Mas também tem o lado de homem do horror”, conta Imoehl.

Algumas passagens mais cruéis da Segunda Guerra ganham contornos rotineiros nas palavras do Himmler. “Tour pelo SS-Sonderkommando” é o que está escrito no dia em que Himmler fez uma viagem para ver os motores a diesel que iriam ser utilizados mais tarde em uma câmara de gás. Como não havia muitos prisioneiros nazistas nesse dia, 400 mulheres e crianças foram trazidas de uma cidade vizinha para testar o equipamento. Depois disso, Himmler foi a um suntuoso jantar.

O comandante foi destituído do poder e preso em abril de 1945 ao ser pego negociando um acordo com os Aliados. Ele fugiu, foi capturado pelos britânicos e se matou com cianeto poucos meses antes do fim da Segunda Guerra Mundial.

Henrich Himmler com sua filha Gudrun, em 1941

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