Tumbas de 6 mil anos podem ser primeiro telescópio astronômico do mundo

01/07/2016 às 11:442 min de leitura

Como você sabe, o que não falta por aí são coisas com mais de uma utilidade! Mas você já tinha ouvido falar de tumbas que pudessem servir de telescópio astronômico? Aliás, o mais intrigante a respeito das sepulturas sobre as quais vamos falar a seguir é que elas — possivelmente — eram usadas para a criação de calendários há 6 mil anos!

De acordo com Nicola Davis, do portal The Guardian, as tumbas se encontram em Portugal e consistem no que os arqueólogos chamam de “sepulturas de corredor”. Entretanto, pesquisadores do Reino Unido acreditam que, além de servir de morada para os mortos, elas podem ter sido o primeiro telescópio astronômico do mundo.

Tumoloscópio

As sepulturas de corredor, como o próprio nome sugere, consistem em estruturas do neolítico feitas de pedra que contam com longos corredores que dão acesso aos túmulos. Pois, no caso das tumbas de Portugal, elas contam com uma abertura estreita que cria um efeito de visão em túnel que facilitaria a observação das estrelas.

Entrada de uma das tumbas de Portugal

Segundo os cientistas britânicos, o “tumoloscópio” permitiria que as pessoas focassem sua atenção em porções específicas do céu, ao mesmo tempo que bloqueariam regiões que não interessavam no momento das observações. Ademais, os pesquisadores explicaram que o ambiente escuro no interior das tumbas ajudaria os olhos a se adaptarem à escuridão, permitindo que estrelas menos brilhantes fossem mais facilmente identificadas.

Os pesquisadores também acreditam que o posicionamento dos corredores e a orientação das tumbas não tenham sido escolhidos aleatoriamente, mas sim para servir ao propósito de ajudar na observação das estrelas. Além disso, é possível que outras tantas estruturas semelhantes que existem espalhadas por Portugal tenham sido construídas com o mesmo objetivo em mente.

Astrônomos pré-históricos

De acordo com os cientistas, as tumbas parecem estar alinhadas com Aldebaran, a estrela mais brilhante da constelação de Touro. Conforme eles acreditam, os povos que construíram essas estruturas provavelmente usavam as sepulturas para acompanhar as estações do ano e em rituais nos quais os integrantes da comunidade que tinham permissão para entrar nos túmulos recebiam conhecimentos específicos ou, ainda, em ritos de passagem envolvendo os mais jovens.

Sepultura vista de outro ângulo

Agora, os pesquisadores pretendem conduzir uma série de testes para comprovar a hipótese de que as tumbas serviam de telescópios para os antigos. Eles também esperam descobrir se outras estruturas semelhantes que existem ao longo da costa noroeste da Europa — há mais de mil! — também eram usadas para observar as estrelas ou para outras finalidades além de serem sepulturas.

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