'Prótese neural': programa RAM pretende tratar lesões cerebrais traumáticas

10/07/2014 às 09:512 min de leitura

Traumas cerebrais provocados por lesões são capazes de destituir um sujeito de personalidade. Significa, em outros modos, que pessoas vítimas destes tipos de acidentes podem não conseguir recuperar memórias – a retenção de informações também fica comprometida em casos do gênero. Mas e se for possível restaurar determinadas funções cerebrais por meio de um chip e fazer assim com que veteranos de guerra, por exemplo, superem traumas?

Pois é justamente esta a proposta do programa Restoring Active Memory (RAM), empreitada conduzida pelas universidades da Califórnia e Pensilvânia sob a supervisão da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA). Apesar de ousada, a proposta é de fato promissora. Acontece que, em 2013, próteses neurais funcionaram junto ao cérebro de ratos – provando que a interação cérebro/máquina em circuito fechado é possível. Atualmente, não existem métodos eficazes capazes de tratar traumas cerebrais graves e recuperar memórias perdidas.

O que motiva o desenvolvimento de RAM é também o fato de que, desde o ano 2000, cerca de 270 mil membros dos serviços militares norte-americanos foram acometidos por algum tipo de lesão cerebral traumática. Estima-se ainda que 1,7 milhão de civis dos EUA também são afetados por traumas que não permitem a retenção de memórias.

O conceito

A universidade da Califórnia (UCLA) pretende coletar dados a partir de eletrodos implantados no cérebro de pacientes epiléticos. A intenção desta ação é analisar o comportamento do córtex entorrinal e também do hipocampo – ambas áreas diretamente envolvidas nos processos de aprendizagem e memorização. Na Pensilvânia, os estudiosos vão observar a forma de comportamento do cérebro de pacientes que praticam jogos de memória.

Uma vez desenhados ambos os sistemas, modelos criados por computadores serão capazes de descrever o funcionamento das “memórias em código de neurônios” – o que deverá possibilitar a criação de um “circuito fechado” funcional. E deve-se deixar claro: todos os pacientes que participarão do RAM serão voluntários.

Em suma, pretende-se fazer com que o mecanismo capte sinais de uma área não danificada do cérebro e o faça passar pela região lesionada para criar então uma nova ligação neural. A pesquisa toda poderá durar até quatro anos. Mais detalhes acerca do programa Restoring Active Memory podem ser conferidos no site da DARPA, em inglês.

Via TecMundo

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