Modernidade está reduzindo variedade de bactérias em nosso trato digestivo

22/01/2017 às 15:001 min de leitura

É inegável que as “maravilhas da modernidade”, como a urbanização, o saneamento básico e o desenvolvimento da medicina e da farmacologia, têm aumentado muito a qualidade de vida das pessoas. Contudo, isso não significa que só existem pontos positivos graças a isso.

Um estudo realizado na Universidade de Alberta, no Canadá, comparou amostras de fezes de cidadãos dos Estados Unidos com as de residentes de Papua-Nova Guiné, uma das nações menos desenvolvidas nos dias de hoje, localizada no Pacífico Sul. A pesquisa mostrou que americanos têm cerca de 50 tipos de bactérias a menos em seus tratos digestivos do que os papuas.

Isso seria um indicativo de que a dieta de países com alto nível de industrialização impacta diretamente o equilíbrio do microbioma digestivo, que é o conjunto de microrganismos presentes em nosso sistema digestório. A ingestão constante de antibióticos e alimentos com substâncias que aumentam seu tempo de conservação, a sanitarização de nossos ambientes e a baixa ingestão de fibras podem ser fatores que expliquem essas diferenças.

Somos o que comemos

O estudo não se foca especificamente nos efeitos que essa dieta mais refinada pode causar à nossa saúde. No entanto, uma das hipóteses levantadas pelo estudo é a de que essas alterações no microbioma podem ser responsáveis pelo aumento das ocorrências de doenças crônicas relacionadas aos hábitos alimentares.

Alguns exemplos são a diabetes tipo 2 e a obesidade, que afetam uma parcela da população muito maior do que 50 anos atrás. Essas enfermidades praticamente não existem em Papua-Nova Guiné e em outros países com pouca industrialização. Em compensação, há altos índices de infecções e uma expectativa de vida consideravelmente menor nesses lugares.

Ou seja, nosso estilo de vida moderno nos trouxe diversos benefícios, mas ainda é necessário descobrir quais fatores gerados pelo nosso desenvolvimento urbano causam essa elevação nos índices de doenças crônicas. Então seremos capazes de combatê-los de forma eficiente e tornar as pessoas mais saudáveis de modo geral.

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