Empresa francesa anuncia primeiros espermatozoides feitos em laboratório

15/05/2015 às 12:191 min de leitura

Um grupo de cientistas franceses recentemente anunciou a criação dos primeiros espermatozoides funcionais cultivados em laboratório. Funcionários de uma companhia chamada Kallistem, sediada na cidade de Lyon, os pesquisadores afirmaram ter conseguido transformar pedaços de material genético em células ativas de esperma humano.

A descoberta pode significar uma revolução no campo dos estudos de fertilidade, eventualmente levando até mesmo a um tratamento voltado para homens que hoje não podem ter filhos. Segundo o laboratório, a previsão é que testes clínicos em pacientes humanos sejam realizados dentro de dois anos e, se o procedimento der certo, a empresa tem esperanças de tratar até 50 mil pessoas por ano.

Até o momento, a pesquisa ainda não foi publicada, revisada por outros pesquisadores ou verificada por especialistas, de forma que muitos estudiosos permanecem céticos a respeito a declaração. Segundo a Kallistem, o estudo resultou em uma transformação de células masculinas de fertilidade – as espermatogônias – em células maduras de esperma dentro de tubos de ensaio.

“A Kallistem está abordando uma grande questão cujos impactos são sentidos por todo o mundo: o tratamento da infertilidade masculina. Nossa equipe é a primeira no mundo a desenvolver a tecnologia necessária para obter um espermatozoide completamente formado in vitro em quantidade o suficiente para fertilização em laboratório”, destaca Isabelle Cuoc, CEO da companhia.

Testando o caminho

Ainda segundo a executiva, a novidade abre as portas de um mercado global que tem potencial de gerar vários bilhões de euros e que ainda não é explorado por companhia alguma. A Kallistem pretende realizar testes pré-clínicos já em 2016 para mostrar que o procedimento será seguro para seres humanos.

Caso essa tentativa dê certo, a companhia chegou a afirmar que poderia ajudar no nascimento de uma criança como fruto dos exames. Se chegar ao mercado, o procedimento da Kallistem permitiria remover espermatogônias de um paciente para transformá-las em esperma, que pode ser usado para fertilização in vitro ou congelado para uso futuro.

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