Regra de três: um jeito fácil para quem quer se comunicar melhor

18/02/2018 às 03:003 min de leitura

Seres humanos são comunicativos por natureza, mas algumas pessoas não têm muita desenvoltura na hora de iniciar ou manter uma conversa. Isso acontece por inúmeros motivos: insegurança, medo, desconforto. A mente humana, às vezes, consegue nos sabotar sem dar muitas pistas.

O fato é que conseguir se comunicar com eficiência é fundamental para vários aspectos da vida de uma pessoa: desde o convívio familiar, passando pela vivência escolar e acadêmica, pelos relacionamentos amorosos e, claro, chegando ao ambiente de trabalho.

Felizmente, inteligentes que somos, quase sempre conseguimos encontrar soluções para os problemas que nos afligem. O Psychology Today publicou recentemente uma forma de aperfeiçoar suas habilidades comunicativas com base em uma regra de três. Não, você não leu errado: estamos realmente falando de regra de três, mas não do jeito que você a conhece.

Não tem nada a ver com matemática

Karl Albrecht, autor de mais de 20 livros sobre psicologia, explica que, de modo geral, o segredo para se tornar uma pessoa comunicativa e com a qual os outros sentem prazer em conversar é simples: é conversar COM alguém, e não PARA alguém. “Funciona como mágica”, ele diz.

Para explicar melhor o que significa essa dica, Albrecht usou a citação de um dos responsáveis pelo surgimento da psicologia moderna, William James: “A necessidade mais profunda de cada ser humano é o desejo de ser apreciado”. Não adianta nem tentar negar: quando somos benquistos entre as pessoas de nosso convívio, nos sentimos bem.

É a partir desse raciocínio que Albrecht prossegue: para ele, o que torna uma pessoa chata é quando ela fala apenas de si mesma e não se preocupa em ouvir o outro. Ele explica também que uma conversa não é feita apenas de diálogo, mas de outros elementos que se revelam por meio do que dizemos: respeito, apreço, generosidade. Para Albrecht, existem três pequenos passos para se comunicar melhor, e você vai conhecê-los a seguir.

Declarações: Alguns fatos são verdades incontestáveis e, se for o caso, você pode citá-los em uma conversa. Quer um exemplo? “Atualmente, Papa Francisco é o maior representante da Igreja Católica”. Isso é uma informação certa e incontestável, não é mesmo? Simplesmente não existe outro Papa. Agora, quando a pessoa diz coisas como “nenhum plano de saúde funciona neste país”, ela demonstra que a conversa é sobre ela mesma e sobre a opinião que ela considera como a única verdadeira.

Perguntas: Aqui o ponto é complementar ao item anterior. Quando uma pessoa não fica enfiando suas opiniões goela abaixo dos outros, ela geralmente faz perguntas durante uma conversa. “O que você acha dos candidatos?” e “como você está lidando com essa mudança?” são pequenas sentenças que demonstram interesse no que o outro tem a dizer e que passam a ideia de que o interlocutor está realmente participando do diálogo.

Qualificadores: Marca ponto aqui quem consegue expressar suas opiniões de maneira clara, bem fundamentada e sem agressividade. Se não há consenso nem a respeito do uso de biscoito ou bolacha, qualquer questão mais profunda do que essa também vai ter sempre, pelo menos, dois pontos de vista. Quer um exemplo? “Não posso dizer em nome de todo mundo, mas para mim o melhor jeito de estudar para uma prova é fazendo anotações com canetas coloridas”. Isso mostra que você respeita as outras formas de estudo e que você entende que o que dá certo no seu caso não precisa ser aplicado a todas as pessoas.

Lendo comentários...

Basta ler qualquer seção de comentários na internet para ver que muitas pessoas têm dificuldades em lidar com opiniões contrárias às suas próprias e que isso gera desconforto, agressividade e indisposição. Essas pessoas são as que menos conseguem entender essas três vertentes exploradas por Albrecht.

Ele explica que quem passa a vida inteira lutando contra as opiniões alheias age dessa forma porque inconscientemente acredita que se admitir que o outro pode pensar de maneira diferente, será visto como fraco ou perdedor. É... faz muito sentido.

Albrecht nos convida a experimentar sua regra de três, no sentido de tentar monitorar o que dizemos durante uma conversa e, inclusive, a forma como fazemos tais declarações. Será que damos espaço à opinião alheia? Será que nos interessamos pelo que o outro pensa ou nos preocupamos apenas em dizer o que achamos que é o certo?

Como você se sente quando alguém começa a falar sem dar espaço para a sua resposta? O que você pensa de quem não ouve a sua opinião nem demonstra interesse no que você fala? Se você não gosta desse tipo de pessoa, o que é mais do que natural, basta se monitorar para não agir como ela.

*Publicado em 28/12/2016

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