É possível ter alergia a WiFi?

15/09/2017 às 02:002 min de leitura

Há algum tempo, uma família do Reino Unido alegou que a filha de 15 anos cometeu suicídio depois de sofrer alergia a sinais de WiFi. A condição estranha tem sido chamada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de hipersensibilidade eletromagnética (EHS), que causaria tonturas e irritação na pele. Mas será que isso é possível?

Um grupo de pessoas que se dizia sensível a sinais eletromagnéticos provenientes de WiFi, telas de computadores e telefones celulares participou de uma pesquisa para saber até onde isso é uma condição real. Segundo elas, bastava se afastar dessas fontes de sinais para os sintomas desaparecerem.

Entretanto, a pesquisa mostrou que essas pessoas não foram capazes de determinar, em laboratório, quando as ondas eletromagnéticas estavam presentes ou eram cessadas. Segundo o autor do estudo, essas pessoas possuíam algum tipo de doença, mas não necessariamente ela estaria ligada aos emissores de sinais eletromagnéticos.

O doutor James Rubin, responsável pela pesquisa, não conseguiu repetir os sintomas das pessoas em testes de laboratório

Falta base científica

A própria OMS não caracteriza a hipersensibilidade eletromagnética como um diagnóstico médico, ainda que não duvide dos sintomas apresentados pelas pessoas que dizem sofrer dessa condição. A organização acredita que não existe base científica para comprovar que as frequências eletromagnéticas podem causar algum tipo de alergia ou tontura.

Os supostos sintomas apresentados por pessoas que alegam ter EHS são facilmente atribuídos a diversas outras doenças, portanto é necessário um acompanhamento de cada caso para identificar a real condição que o paciente apresenta. Uma dor de cabeça, por exemplo, pode ser o início de um resfriado ou o excesso de cafeína no corpo.

Entretanto, nem todo mundo pensa assim: nos EUA, uma família entrou com uma ação contra uma escola particular depois que foi instalado um “sistema de WiFi com capacidade industrial” e, supostamente, isso teria causado problemas de saúde em seu filho. Na França, uma mulher alega que precisou viver sem eletricidade a partir do momento em que os seus sintomas relacionados à EHS se agravaram.

Mulher tem aparelho para medir sinais eletromagnéticos e saber se pode ficar ou não em determinado local

O que você acha?

A hipersensibilidade eletromagnética parece ser uma doença do mundo moderno, ainda que não tenha sido possível reproduzir, até então, seus sintomas em um ambiente controlado. Pode ser culpa do WiFi? Talvez sim, mas é necessário investigar se outros fatores não estão influenciando esse diagnóstico precoce.

Enquanto isso: você conhece alguém com esses sintomas? Já se sentiu mal na presença de muitos equipamentos ligados e achou que pudesse ter alguma relação com a tecnologia? Não deixe de comentar suas experiências para sabermos se os brasileiros também estão sentindo essa nova condição.

*Publicado em 01/08/2016

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