Prestes a morrer, artista com doença terminal faz festa de despedida

15/08/2016 às 03:582 min de leitura

No início de julho deste ano, os familiares e amigos mais próximos da artista norte-americana Betsy Davis, de 41 anos, receberam convites para uma festa, que aconteceu no último final de semana do mesmo mês. O motivo da comemoração? Betsy estava doente, em estágio terminal, e iria morrer em breve. Antes de partir, porém, ela quis se despedir das pessoas que amava.

“Essas circunstâncias são improváveis em qualquer festa que você tenha ido antes e exigem estrutura emocional e mente aberta”, disse ela no convite, que pedia para que os convidados não chorassem em sua frente e apenas se divertissem.

Portadora de esclerose lateral amiotrófica, uma condição degenerativa e sem cura, Betsy sabia que, com o passar do tempo, não conseguiria mais falar, comer e realizar tarefas básicas de seu cotidiano. Para evitar passar por isso, ela recorreu ao suicídio assistido, que foi legalizado recentemente no estado da Califórnia.

Partida agendada

Reprodução

A técnica consiste, basicamente, em escolher uma data para tomar uma dose de medicamentos fatais, na companhia de uma equipe médica. Para ter direito ao suicídio assistido, que é legalizado somente em alguns países do mundo (nos EUA, não é permitido em todos os estados), a pessoa precisa estar em uma situação como a de Betsy: em estágio terminal, sem chances de cura.

No último final de semana de julho, Betsy esteve acompanhada de 30 pessoas na cidade de Ojai, na Carolina do Sul. Lá, ela se divertiu, conversou com amigos, sorriu, tirou fotos e assistiu a seu filme favorito, que foi exibido em um telão. O evento contou com música ao vivo, coquetéis e muita pizza.

Assim que a festa acabou, todos os que estavam presentes se despediram de Betsy, que foi levada para uma região próxima às montanhas, onde tomaria os medicamentos.

Trabalho de arte

Reprodução

Segundo Kelly, irmã da artista, Betsy não trabalhava há três anos devido ao avanço da doença: “É claro que foi difícil para mim, ainda é. Mas as pessoas entenderam, elas sabem que ela estava sofrendo e que estava tranquila com sua decisão”, falou ela, em uma declaração publicada no Voice of San Diego.

“O que Betsy fez deu a ela a morte mais bonita que qualquer pessoa poderia desejar. Ao assumir o comando, ela transformou sua partida em um trabalho de arte”, disse o amigo e cinegrafista Niels Alpert, em declaração publicada na People.

Betsy morreu assistindo ao pôr do sol, vestindo um quimono japonês, acompanhada da irmã Kelly, de sua cuidadora, de seu médico e de um massagista. A artista faleceu quatro horas após ingerir uma combinação de morfina, pentobarbital de hidrato de cloral. Em junho do ano que vem, mês de seu aniversário, os amigos se reunirão no mesmo local para espalhar suas cinzas.

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