Relatório aponta que a emissão de gás carbônico aumentou de forma significativa desde 2016.

Em 2015, quando 195 países assinaram o Acordo de Paris da ONU, foi firmado um compromisso que determinava a adoção de medidas para frear as mudanças climáticas e promover o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/sustentabilidade-5-cidades-que-fazem-do-planeta-um-lugar-melhor" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desenvolvimento sustentável</a>. Tal esforço era encarado como o mínimo necessário para limitar o aumento das médias de temperatura em 1,5&nbsp;°C até 2050.Seria natural pensar que, apesar de se desdobrar em uma transição gradual, algum avanço poderia ser percebido após mais de sete anos. No entanto, um relatório divulgado pela organização sem fins lucrativos Influence Map aponta que há um cenário crítico envolvendo a emissão de poluentes.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/11/11094440406049.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">&nbsp;<a class="fonte_imagem" href="https://www.gettyimages.com.br/"> GettyImages </a>Tanto empresas estatais quanto organizações privadas foram consideradas no estudo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figure><h2>Destaques do relatório global</h2>O documento destaca que as emissões de gás carbônico seguem aumentando no planeta. Dentro do período estudado, de 2016 a 2022, foi percebido que apenas 57 empresas respondem por 80% das emissões mundiais. Historicamente, dentre as organizações privadas, a Chevron, ExxonMobil e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116067-energias-renovaveis-vao-substituir-o-petroleo-ate-2050.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">British Petroleum</a> (BP) são as que apresentaram as maiores emissões nas últimas décadas.Entre as estatais, temos a Saudi Aramco, Gazprom e a National Iranian Oil Company como as principais contribuintes. A produção de carvão da China e da extinta URSS também foram elencadas quando consideradas no longo prazo. Além disso, a Ásia foi o continente que apresentou a maior proporção de empresas: 13 das 15 companhias figuram entre as principais poluentes, o que corresponde a 87% do total.No Oriente Médio, 7 em cada 10 empresas aderem a tais práticas, totalizando 70%. Já na Europa, a proporção é de 57%, com 13 das 23 companhias. Na América do Sul, por sua vez, 3 das 5 empresas foram apontadas, alcançando 60%. E na América do Norte, 16 das 37 corporações foram associadas à emissão de poluentes, valor que corresponde a 47%.Tais atividades, provenientes de combustão de fósseis e também da indústria de cimento, conferem um caráter bastante crítico para a questão climática. Isso considerando que quando se debate esse tema, países que passaram por um processo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121830-entenda-a-relacao-entre-a-1-guerra-mundial-e-as-revolucoes-russas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">industrialização tardio</a> (após a Segunda Guerra Mundial), e que figuram como as economias do Sul Global, argumentam que historicamente foram prejudicados.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/11/11095050258054.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">&nbsp;<a class="fonte_imagem" href="https://www.gettyimages.com.br/"> GettyImages </a>O consumo de carvão aumentou em 8% entre 2015 e 2022. Neste último ano, foram 8,3 mil milhões de toneladas emitidas, segundo a AIE. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figure><h2>Emissões de CO2 aumentaram de forma gradual desde 2016, destaca relatório</h2>Nesse sentido, esse grupo entende que se medidas de cunho ambiental forem aplicadas exatamente da mesma forma que nos países mais desenvolvidos, do Norte Global, isso tenderia a ampliar as desigualdades. Mas vale destacar que os países que não apresentam uma economia tão fortalecida são justamente os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127091-nacoes-em-risco-5-paises-vulneraveis-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais vulneráveis às mudanças climáticas</a>, uma vez que desfrutam de menos recursos para atenuar os eventuais danos sofridos e de responder aos desafios.Segundo o relatório, esse aumento nas emissões de CO2 tem ocorrido juntamente desde 2016, e que as metas adotadas não teriam surtido o efeito esperado, portanto. Inclusive, em se tratando da produção de energia, as emissões de poluentes atingiram nível recorde em 2023, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).Se por um lado o relatório sugere como ainda há muito a ser feito, por outro, também destaca a responsabilidade que essas organizações partilham. Afinal, enquanto as mudanças climáticas evoluem, elas demonstram como a ação de um grupo afeta de forma direta e indireta a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo.A conclusão é que, mais do que nunca, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128010-baterias-sustentaveis-super-potentes-poderao-ser-feitas-de-algodao-no-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transição energética</a> rápida se faz necessária, principalmente quando se torna cada vez mais evidente que as instabilidades de ordem econômica, social e climática tendem a estar cada vez mais relacionadas.

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57 empresas respondem por 80% das emissões de CO2

Organização do ator hollywoodiano e empresa que busca "reviver" espécies extintas estão trabalhando juntas para preservar espécies em perigo.

Você já ouviu falar da vaquita? Não, não é uma vaca pequena. Na verdade, estamos falando de um pequeno boto, parente das baleias e golfinhos, que vive em um canto esquecido do Golfo da Califórnia e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/esse-e-o-mamifero-marinho-mais-ameacado-do-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">está lutando por sua sobrevivência</a>. Hoje, existem apenas cerca de 10 indivíduos vivos na natureza.&nbsp;É nesse cenário que uma nova e poderosa aliança está se formando no mundo da conservação — e pode ser a jogada que faltava para salvar algumas das criaturas mais raras e ameaçadas do planeta.<h2 style="text-align:justify;">Juntando forças&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/05/05112506827119.jpg" alt="Vaquita pode ser extinta a qualquer momento. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução) "><figcaption>Vaquita pode ser extinta a qualquer momento. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 2023, a Comissão Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês) emitiu seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127058-vaquita-animal-marinho-rarissimo-corre-serio-risco-de-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeiro "alerta de extinção" em 70 anos de história</a>, destacando a situação crítica pela qual a vaquita passa no momento.&nbsp;A chance iminente de aniquilação da espécie chamou a atenção da Re:wild, uma organização liderada por cientistas conservacionistas e pelo ativista ambiental Leonardo DiCaprio. Contudo, seus esforços não eram suficientes e o grupo precisava de auxílio, principalmente técnico.&nbsp;É nesse contexto que a organização juntou forças com a Colossal Biosciences, uma empresa que tem planos ambiciosos de trazer de volta à vida espécies extintas, como o mamute-lanoso e, quem sabe, outros animais já mortos.&nbsp;A empresa conta com especialistas em genômica e com tecnologias de reprodução assistida, edição de genes e biologia computacional, tudo voltado para reintroduzir no meio ambiente algumas espécies extintas ou que estão muito perto de sumirem de vez do mapa.&nbsp;A aposta principal da Colossal é na tecnologia CRISPR, que é basicamente a ferramenta de edição de genes dos sonhos dos cientistas. Com isso, eles podem fazer ajustes precisos no genoma das espécies para torná-las mais resistentes e adaptáveis aos desafios modernos.Mas não é só a vaquita que vai se beneficiar dessa parceria. Outras espécies também estão na lista de prioridades, como os elefantes-asiáticos, os rinocerontes-brancos-do-norte e até mesmo o dodô, aquele pássaro extinto que todo mundo só conhece dos desenhos animados.<h2>Necessidade de preservação</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/05/05112623777122.jpg" alt="Recriação do dodô pode ser uma realidade. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Recriação do dodô pode ser uma realidade. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Especialistas explicam que quando os números de uma espécie caem muito, elas ficam extremamente vulneráveis à extinção. Para evitar essa tragédia, é necessário o uso de medidas urgentes e eficientes para driblar o problema.Além do mais, isso não é um fato isolado. Os cientistas revelam que estamos em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125295-quase-50-das-especies-na-terra-estao-caminhando-para-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crise global de biodiversidade</a> e que, por isso, precisamos de abordagens inovadoras para salvar espécies criticamente ameaçadas.E é justamente por isso que a Colossal é tão importante. Suas técnicas genômicas podem desempenhar um papel crucial na reprodução conservacionista.&nbsp;Isso significa não apenas ajudar na reprodução das espécies existentes, mas também preservar as informações genéticas das espécies ameaçadas, garantindo a possibilidade de reintrodução desses animais no futuro, se a extinção se concretizar.&nbsp;Portanto, essa colaboração não poderia vir em melhor hora. A vaquita, em particular, está em uma corrida contra o tempo. Outros animais estão indo pelo mesmo caminho e em breve precisaremos de muito mais ajuda se quisermos preservá-los. A união de vontade, dedicação e tecnologia é primordial para o sucesso da vida na Terra.

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ONG de Leo DiCaprio e empresa de tecnologia podem salvar vaquitas da extinção 

Conheça as cidades mais sustentáveis e acolhedoras para os turistas de acordo com o Índice Global de Sustentabilidade dos Destinos.

Criado pelo Global Destination Sustainability Movement, iniciativa de associações de Conventions &amp; Visitors Bureau (conselheiros sobre turismo) espalhadas pelo mundo, o Índice Global de Sustentabilidade dos Destinos é responsável por analisar 69 indicadores.A partir de dados como taxa de reciclagem, nível de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/taxas-de-suicidio-podem-ser-diminuidas-com-reducao-da-poluicao-do-ar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poluição</a>, quantidade de ciclovias e hotéis ecológicos, são selecionadas as cidades consideradas mais sustentáveis do mundo. O mais recente levantamento mostra quais são as cidades com melhor acolhimento aos turistas a partir dos quesitos. Confira algumas delas e as razões para estarem bem posicionadas.<h2>1. Goyang (Coreia do Sul)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04201851808022.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>oyang está entre as mais bem avaliadas no quesito sustentabilidade. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Goyang é a primeira cidade da iniciativa a estar fora da Europa. Localizada na região de Seul, entrou para o GSD-Movement em 2017. Desde então, tem escalado rapidamente as posições, especialmente pelo grande investimento na obtenção de certificações. Os espaços para convenções e exposição foi adaptado de modo que a água utilizada no espaço seja proveniente da chuva.O governo local investe pesado na criação e no cuidado com os parques públicos, além de ter implantado um sistema de compartilhamento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122340-as-6-bicicletas-mais-bizarras-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bicicletas</a>, excelente para aproveitar os mais de 400 quilômetros de ciclovias. Outra medida importante foi assumir um compromisso de reduzir a emissão de carbono.<h2>2. Bordeaux (França)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04202210439023.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>&nbsp;fama positiva de Bordeaux vai muito além dos vinhos. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Conhecida pela arquitetura e pelos vinhos, Bordeaux tem apostado cada vez mais em tornar-se um centro sustentável, pensando na elevação do número de viajantes, mas também em sua população. É fácil encontrar bicicletas compartilhadas, transporte fluvial e ônibus elétricos, que facilitam a locomoção enquanto reduzem a emissão de carbono.Atualmente, 3/4 das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127002-4-regioes-vinicolas-que-voce-provavelmente-nunca-ouviu-falar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vinícolas</a> e 1/3 das empresas turísticas possuem certificados de ecossustentabilidade. Há uma meta ainda mais ambiciosa: chegar em 2026 com no mínimo 80% da infraestrutura turística da cidade (de agências a hotéis) com certificação ecológica. E o objetivo inclui o principal festival de vinhos de Bordeaux.<h2>3. Glasgow (Escócia)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04202416214024.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>Glasgow traz no próprio nome o apreço à preservação do verde. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A histórica cidade escocesa de Glasgow, cujo nome tem origem na palavra gaélica glaschu, que significa "querido espaço verde", é a mais sustentável de todo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128784-margaret-thatcher-5-razoes-pelas-quais-ela-e-odiada-no-reino-unido-e-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Reino Unido</a>. Medidas como a criação de zonas de baixas emissões de carbono, que restringem o acesso de veículos que utilizam combustíveis fósseis, ajudaram a reduzir a poluição.O governo apostou em veículos elétricos e um sistema de iluminação pública com lâmpadas LED "inteligentes", além de construir vários quilômetros de ciclovias concomitantemente à disponibilidade de bicicletas para locação. Soma-se a isso a presença de muitos espaços verdes pela cidade, garantindo lazer e ar puro.<h2>4. Oslo (Noruega)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03192327577368.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>Oslo quer ser protagonista na diminuição dos combustíveis fósseis. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nomeada de Capital Verde Europeia em 2019, Oslo, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126826-casa-viking-gigante-e-encontrada-por-arqueologos-na-noruega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Noruega</a>, tenta liderar a transição de um país economicamente dependente de combustíveis fósseis. Para isso, investe em um sistema integrado de ciclovias e bicicletas urbanas, além de disponibilizar estações de carregamento para veículos e scooters&nbsp;elétricas.Apoiar que o sistema de turismo da cidade obtenha certificação ambiental também está nos planos, de modo a garantir que a redução de emissão de carbono possa impactar, também, toda a extensão verde da capital norueguesa — 63% do território é composto por florestas, enquanto 9% são áreas verdes e parques públicos.<h2>5. Gotemburgo (Suécia)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03192531519369.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>95% do transporte público em Gotemburgo usa energia renovável. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar de aparecer por último, a sueca Gotemburgo lidera o Índice Global de Sustentabilidade de Destinos. Fruto de um esforço de todo o país (outras cidades da Suécia já lideraram o ranking), <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113525-aconteceu-em-gotemburgo-o-desaparecimento-dos-tres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gotemburgo</a> possui 95% de seu transporte público com veículos que utilizam fontes de energia renovável, especialmente ônibus elétricos. Para o aeroporto, o governo criou um esquema para reduzir a emissão de gases, ao mesmo tempo em que procura compensar o que é sai das aeronaves.Aproximadamente 90% da rede hoteleira possui certificação ambiental. Mesmo os festivais dos mais variados tipos que ocorrem na cidade entram no movimento. Além de tentar frear a emissão de poluentes, alguns optam por servir apenas refeições vegetarianas, usar material reciclável para palcos, merchandising&nbsp;e vestimenta, além de servir refeições somente em material descartável.

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Sustentabilidade: 5 cidades que fazem do planeta um lugar melhor

Diferente do que se pensava, o cupuaçu não é um fruto nativo. Pesquisadores descobriram que ele foi domesticado pelos indígenas há pelo menos 5 mil anos.

O cupuaçu é um fruto encontrado na região da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112015-encontrada-arvore-mais-alta-da-amazonia-e-com-ela-alguns-enigmas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">floresta amazônica</a>, mas bastante popular em diversos pontos espalhados pelo país, já que se consagrou na nossa culinária. Seu nome vem do tupi, onde "kupu" significa "parecido com cacau" e "uasu" significa "grande".Fato é que esse fruto bastante nutritivo e fonte de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122300-vitamina-c-6-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-esse-nutriente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vitamina C</a> ganhou fama por ser considerado uma espécie nativa brasileira, de ocorrência natural. Mas pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) foram investigar essa história mais a fundo e descobriram que a origem desse fruto, na verdade, é bem diferente da que se imaginava.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/28/28105503385067.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cupuaçu surgiu a partir da intervenção dos indígenas, que cruzaram cupuís gigantes e selecionaram os frutos que tinham maior tamanho para cultivo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Investigando a origem do cupuaçu</h2>Os estudiosos notaram algo bastante curioso envolvendo o cupuaçu: o fruto nunca era encontrado em regiões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128759-mata-atlantica-5-fatos-importantes-sobre-o-bioma-mais-ameacado-do-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mata</a> fechada, muito pelo contrário, sua ocorrência parecia sempre estar ligada aos centros populacionais. Descobrir a origem do fruto, portanto, seria importante para esmiuçar sua história.A partir do sequenciamento do DNA de cupuaçus e cupuís, foram percebidas grandes semelhanças entre os frutos. Ou melhor, foi revelado a que nível ela existe: o cupuaçu é uma variante dele.Com base nos dados genômicos obtidos, foi possível descobrir que o cupuaçu foi produzido a partir de um cuidadoso processo de domesticação desenvolvido pelos indígenas. Isso revela um expressivo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128565-antigas-cidades-de-2-500-anos-sao-encontradas-na-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">manejo de terras</a> e de conhecimentos aprofundados sobre as diferentes espécies.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/28/28105553757070.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os indígenas teriam desenvolvido técnicas de plantio e conservação de espécies há 5 mil anos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Como e quando os indígenas domesticaram o cupuaçu</h2>Prova disso é que já existem evidências de como os índios nativos se alimentavam de diversos tipos de leguminosas, árvores frutíferas, entre outras variedades existentes na amazônia. O estudo que revelou detalhes sobre esse processo de domesticação do cupuaçu foi publicado na revista Communications Earth &amp; Environment em novembro do ano passado.O trabalho destaca que os antigos habitantes que viviam no entorno do Rio Negro teriam explorado as características do cupuí. Entre 5 e 8 mil anos atrás, os indígenas optaram por selecionar aqueles frutos que apresentavam maior tamanho e polpa mais volumosa para cruzá-los.Ou seja, o objetivo era, à medida que os novos cupuís nasciam e cresciam, selecionar aqueles que apresentavam as características desejadas para serem cultivados novamente mais adiante, num ciclo que se repetia de tempos em tempos. Assim, surgiu o cupuaçu como conhecemos atualmente, uma espécie domesticada, ou seja, fruto do processo de seleção artificial.Esse método, biologicamente falando, é análogo ao que possibilitou que os cachorros, que são descendentes dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127956-qual-e-a-diferenca-entre-cachorros-lobos-e-dingos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lobos</a>, se tornassem espécies <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120857-a-domesticacao-diminuiu-o-cerebro-dos-animais-ao-longo-das-geracoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">domesticadas pelos humanos</a> há 12 mil anos. Com isso, fica o questionamento: será que há outras espécies brasileiras que surgiram da mesma forma?

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Como o cupuaçu foi "criado" pelos indígenas há mais de 5 mil anos

Apesar de sua importância, a agricultura também é devastadora para o planeta. Confira as culturas de plantio mais prejudiciais.

Dados divulgados pelo governo federal evidenciam a importância do agro para países como o Brasil: só em 2023, o setor cresceu 15,1%. Na história da humanidade, a agricultura foi fundamental, tanto por fornecer alimentos necessários à sobrevivência, como por ajudar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123106-qual-e-o-papel-do-agronegocio-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">organizar e impulsionar as sociedades</a>. Porém, nem tudo são flores: o cultivo de certas culturas também representou problemas ambientais em larga escala.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127359-estudo-diz-que-a-cerveja-foi-a-grande-responsavel-pelo-desenvolvimento-da-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estudo diz que a cerveja foi a grande responsável pelo desenvolvimento da civilização humana</a></li></ul>A ausência de medidas para mitigar o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/241898-desmatamento-amazonia-perder-especies-animais-plantas-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desmatamento</a>, degradação do solo e a poluição da água podem fazer com que a agricultura impacte nossas vidas em mais do que um prato de comida, mas no próprio esgotamento de recursos. Confira abaixo algumas das culturas de plantio que mais têm causado problemas.<h2>1. Café</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/25/25111558207059.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>O plantio do café emite altas quantidades de carbono. (Fonte: Katya Ross/Unsplash)</figcaption></figure></figure>Além de paixão nacional, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/afinal-quem-inventou-o-cafe" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o café</a> por muito tempo foi um dos principais produtos de exportação do Brasil. Grande parte das duas bilhões de xícaras de café consumidas por dia são feitas com o grão brasileiro. Agora, outra realidade é a quantidade de carbono emitida pelo plantio de café, considerando todo seu ciclo.&nbsp;As práticas agrícolas como irrigação, fertilização e uso de pesticidas são responsáveis por 40% a 80% do total das emissões de carbono. No contexto histórico, é importante lembrar que no Brasil e em demais países produtores, o cultivo de café levou a intensas transformações, especialmente à redução da biodiversidade por conta do desmatamento de extensas áreas para plantio.<h2>2. Milho</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/25/25112509012070.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>O plantio do milho costuma envolver uso excessivo de fertilizantes e pesticidas. (Fonte: Christophe Maertens/Unsplash</figcaption></figure>&nbsp;</figure>O cultivo do milho em larga escala é outro vilão, principalmente pelo uso agressivo de fertilizantes em seu processo de produção, liberando óxidos de nitrogênio nocivos à atmosfera. Mas não é o único problema. A cultura do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/116086-por-que-o-milho-nao-e-digerido-entenda-de-uma-vez-por-todas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">milho</a> também tem hábito do uso de pesticidas para controle de pragas que acabam por flutuar no ar, contaminando até mesmo áreas distantes.Em diversas regiões produtoras, foram identificados rios poluídos em virtude do plantio, além do esgotamento de fontes subterrâneas de água pelo grande uso exigido no cultivo. Até mesmo o aquecimento global se agravou pelas grandes quantidades de gases emitidos, principalmente pelos fertilizantes usados.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127071-quem-sao-os-3-maiores-proprietarios-de-terra-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quem são os 3 maiores proprietários de terra do mundo?</a></li></ul><h2>3. Trigo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/25/25112414607069.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>O cultivo do trigo costuma abusar de fertilizantes sintéticos. (Fonte: Tomasz Filipek/Unsplash)</figcaption></figure></figure>Usado pelos humanos há pelo menos 10 mil anos, o trigo também é apontado como prejudicial à saúde de nosso planeta. Na verdade, é o uso de fertilizantes sintéticos nas plantações que contribuem com as alterações climáticas, proliferação de algas e zonas mortas oceânicas, por conta do escoamento de nutriente.Toda a vida marinha é afetada, dessa forma. Além disso, a&nbsp;dependência destes fertilizantes agrava as emissões de gases causadores do efeito estufa, hoje representando 5% de todas as emissões globais.<h2>4. Cacau</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/25/25112332552067.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>O cultivo do cacau pelo mundo envolve denúncias de trabalho infantil. &nbsp;(Fonte: Kyle Hinkson/Unsplash)</figcaption></figure></figure>O seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124057-por-que-chocolate-e-tao-gostoso-cientistas-podem-ter-encontrado-o-segredo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chocolate</a> de todo dia também entra na lista. Até se tornar aquele tablete delicioso de ser consumido, ele deixa muito impacto pelo caminho, a começar pelo desflorestamento de regiões tropicais para ampliação das plantações de cacau.O cenário é alarmante, especialmente na África Central, que representa cerca de 70% de todo o grão cultivado no planeta. Vale pontuar, ainda, que existem graves denúncias do uso de trabalho infantil nas plantações.<h2>5. Soja</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/25/25112234785064.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>O cultivo da soja causa muitos danos ao meio ambiente. (Fonte: Meredith Petrick/Unsplash)</figcaption></figure></figure>Nem todo mundo sabe, mas um dos principais produtos da agricultura brasileira para pouco em nossa mesa. Dados da produção global indicam que aproximadamente 77% de toda soja produzida tem como destino a alimentação de gado, seguido por uso em biocombustíveis e outras aplicações industriais. Apenas 7% chega à nossa mesa, enquanto o impacto de seu cultivo é bastante presente.O desflorestamento, a redução da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125295-quase-50-das-especies-na-terra-estao-caminhando-para-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biodiversidade</a> e o aumento das emissões de carbono são algumas das consequências diretas do plantio da soja. Soma-se a esse cenário o grande uso de recursos hídricos para irrigação, além do uso intensivo de pesticidas e fertilizantes, que levam à contaminação das fontes de água.

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Café, soja e outras 5 plantações que mais têm prejudicado o planeta

Estudo sugere que o derretimento das geleiras está desacelerando o movimento de rotação da Terra; entenda o que isso significa.

O movimento de translação da Terra, em que ela gira ao redor do sol e completa uma volta a cada 365 dias, não é totalmente linear — ou seja, a cada 4 anos, incluímos um dia ao mês de fevereiro para evitar que distorções se acumulem e deixem o nosso calendário fora de correspondência com o respectivo período do ano.Em se tratando do movimento de rotação, que em teoria dura 24 horas, por incrível que pareça, não é tão diferente assim. Pequenas variações ocorrem de tempos em tempos, mas o ajuste se dá de forma mais sutil. Assim, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123961-segundo-bissexto-saiba-o-que-e-e-por-que-ele-esta-prestes-a-acabar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"segundos bissextos"</a> são incluídos ao nosso relógio pontualmente. Ou melhor, isso ocorreu 23 vezes entre 1972 e 1999.E podem ser vários os motivos que justificam isso, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118207-como-a-lua-afeta-as-mares-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimento das marés</a>, influenciado pela Lua, bem como abalos causados por terremotos de grande escala e até mesmo o movimento que ocorre no núcleo da Terra. Segundo um novo artigo publicado na revista Nature, há um novo motivo para incluir nessa lista: o derretimento das geleiras.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02034421993012.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Deslocamento de massa para região equatorial do planeta foi analisada em estudo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Descobertas do estudo</h2>O estudo, publicado no último dia 27, deixa visível que se trata de um impacto adicional das <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128284-7-doencas-que-podem-aumentar-devido-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a>. O derretimento do gelo, por si só, representa o risco de que cidades desapareçam devido ao aumento do nível do mar.Mas ao considerar esse novo aspecto, há algo que nunca havia sido identificado até então: enquanto as geleiras derretem, esse volume se espalha e se desloca para a região equatorial do planeta. Esse processo, no entanto, por ser expressivo, é capaz de desacelerar o movimento de rotação da Terra.Na prática, isso tornaria o dia um pouco mais longo do que os nossos relógios registram, o que eventualmente exigiria ajustes de tempos em tempos. Por exemplo, o terremoto ocorrido em 2004 na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127939-piramide-localizada-na-indonesia-pode-ser-a-mais-antiga-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indonésia</a>, que apresentou escala 9,1, acelerou o movimento de rotação, e com isso, pode-se dizer que uma parte do tempo, ainda que imperceptível, foi "roubada".Mas neste caso, ocorre o contrário: ao desacelerar o movimento, o derretimento do gelo aumentaria a duração do dia terrestre. Estes são efeitos percebidos em geleiras que fazem parte de territórios da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128000-derretimento-das-geleiras-da-groenlandia-aumentou-5-vezes-em-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Groenlândia</a> e do continente antártico.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02034546714013.jpg" alt="(Fonte: Getty IMages/Reprodução)"><figcaption>Há diferentes motivos que podem afetar o movimento de rotação da Terra, e agora o aquecimento global se tornou um deles. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Mudanças na rotação da Terra</h2>O estudo ainda destaca que o movimento do núcleo da Terra, enquanto desacelera internamente, acaba permitindo que o planeta se mova mais rapidamente — o que tem sido percebido nos últimos anos, vale destacar. Mantida essa aceleração no movimento de rotação terrestre, ela poderia ocasionar a perda de 1 segundo até 2029.Considerando o dano que as mudanças climáticas representam, 1 segundo não parece ser tão grave. Mas para satélites, por exemplo, como seria ajustar um dia com um segundo a menos de duração? Será que há <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/100967-12-vezes-em-que-o-mundo-deveria-ter-acabado-mas-continuamos-aqui.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistemas</a> preparados para isso?Por ora, não há previsão de que isso ocorra, já que, ironicamente, esse deslocamento massivo provocado pelo derretimento das geleiras tende a corrigir esse problema de cronometragem global, devolvendo o 1 segundo que perderíamos devido à menor movimentação do núcleo do planeta.Além disso, apenas em 2026 será avaliada a eventual necessidade de incluir um "segundo bissexto". De toda forma, as complicações associadas ao aquecimento global só se multiplicam e nos forçam a reparar em detalhes que sequer imaginamos.

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Derretimento das geleiras está desacelerando a rotação da Terra

A descoberta de uma nova espécie de cervo na América do Sul é a primeira ocorrida nos últimos 60 anos.

Os cervos pertencem ao grupo dos mamíferos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124507-a-complexa-e-fascinante-vida-social-das-vacas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ruminantes</a>, sendo encontrados em quase todos os continentes do planeta. Atualmente, eles são alvo de estudos que buscam descobrir mais informações sobre o desenvolvimento destes animais e que também visam desmistificar a noção de que se trata de um animal pouco diversificado.O mais recente deles, publicado no Journal of Mammalogy no mês de março, conduzido aqui na América do Sul, conseguiu avançar nesses dois objetivos — um esforço que também é tido como importante para a preservação animal. Pesquisadores descobriram uma nova espécie nativa da região dos Andes Centrais.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03020303819012.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Novo cervo descoberto foi batizado de Pudella carlae. O nome faz homenagem à Carla Gazzolo, uma das biólogas que participou do estudo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Como a descoberta ocorreu</h2>Com tamanho de um cachorrinho de médio porte, pode-se dizer que essa espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128582-doenca-dos-cervos-zumbis-esta-se-espalhando-pelos-eua-e-canada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cervo</a> é bem menor do que estamos acostumados a ver por aí. Ele se consagrou como o primeiro cervídeo documentado no século XXI.Além disso, vale destacar que é a primeira descoberta ocorrida nos últimos 60 anos na América do Sul. A forma como essa constatação ocorreu foi atípica: quando avistaram um grupo de pudus, esses cervos menores, estudiosos notaram que os animais apresentavam diferenças entre si.A partir de testes genéticos, eles se debruçaram em análises do DNA destes mamíferos que viviam em território peruano para entender melhor o que essas diferenças significavam. Dados de animais conservados em museus também foram considerados para a análise.O estudo destaca que até então apenas 2 espécies de Pudu eram conhecidas: "o Pudu do Norte, Pudu mephistophiles do Peru, Equador e Colômbia; e o pudu do sul, P. puda, do sul do Chile e da Argentina". No entanto, o estudo acabou por revelar que, diferente do que se pensava até então, estes cervos não são como P. mephistophiles que estão no norte do Peru. Ou seja, estes dois animais foram confundidos por décadas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03020631125013.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Nova espécie foi descoberta na porção norte do território peruano. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Características da nova espécie descoberta</h2>E se antes o animal, encontrado em Huancabamba, no Peru, parecia ser um cervo da espécie Pudu mefistófilos, os resultados sugeriam uma divisão dentro deste grupo. Isso porque as linhagens dos animais eram distintas. Ou seja, além de diferenças na composição corporal, ainda há aspectos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> que confirmam essa constatação.Reconhecido como Pudella carlae, ou melhor, pudu da selva peruana, o animal apresenta uma pelagem mais clara, num tom de vermelho alaranjado — isso quando em comparação com os P. mephistophiles. Além disso, esses cervos possuem um tamanho mediano dentre os cervídeos de menor tamanho que já eram conhecidos.Ainda é cedo para dizer como essa diferenciação entre as espécies se desdobrou, e se isso teria ocorrido quando um grupo teria ficado isolado ou mesmo se um grupo com características diferentes começou a predominar. Mas os pesquisadores seguem motivados para encontrar novas pistas e também para descobrir mais características envolvendo essa nova espécie.

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Nova espécie de cervo é descoberta no norte do Peru

Dois peixes-dourados foram encontrados na natureza e a hipótese de que pertençam a uma espécie rara vira assunto na internet.

Uma discussão ganhou espaço no Reddit algumas semanas atrás: tudo começou quando um usuário relatou ter resgatado dois peixes de um lago. Ele havia notado que ambos apresentavam particularidades, ou melhor, tinham um corpo dourado e não apresentavam cauda.Ao compartilhar a imagem, usuários passaram a especular a qual espécie esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121802-6-dos-tipos-de-peixe-mais-lindos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a> pertencem. E assim surgiu a hipótese que eles seriam de uma espécie rara, conhecida como peixe-dourado-meteoro. Será que isso é possível?<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04002315324009.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Será que os peixes encontrados realmente pertencem a uma espécie rara? (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Peixe-dourado-meteoro: o que se sabe sobre a espécie, considerada rara</h2>A origem do peixinho-dourado-meteoro é incerta, mas acredita-se que tenha sido fruto do trabalho de criadores no século XIX ou início do século XX. Como consequência, essa variedade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127271-5-dos-animais-marinhos-mais-venenosos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animal marinho</a> não apresenta barbatana caudal. Por outro lado, a outra barbatana, bem como as suas nadadeiras apresentam uma maior dimensão e são melhor desenvolvidas.Isoladamente, essa deficiência representa uma desvantagem significativa, pois dificulta que o animal marinho se desloque nas águas como os demais. Por outro lado, essas outras características atuariam justamente para amenizar esse efeito, de modo que o peixinho-dourado meteoro consiga nadar normalmente.Fato é que apesar desse aparente equilíbrio, reza a lenda que essa espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122145-como-alguns-peixes-desenvolveram-orgaos-eletricos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixe</a> apresentou dificuldades para se reproduzir. Além disso, ela teria apresentado uma saúde mais frágil, sendo facilmente atingida pela ação de patógenos. A partir disso, foi questão de tempo para que o animal nunca mais fosse encontrado. E em meio aos questionamentos de como seria possível que uma espécie considerada extinta reaparecesse, surgem outros pontos que não podem ser ignorados.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03235321496002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O peixinho-dourado meteoro é tido como uma lenda urbana por muitos, dada a falta de imagens dele. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Especulações ganharam espaço na internet</h2>Infelizmente, não é raro que muitos peixes acabem nascendo com deformidades, a exemplo das que podem ser percebidas na ausência de um olho no animal, na falta de barbatana, ou de outras falhas no desenvolvimento — o que, na prática, tende a comprometer sua sobrevivência no longo prazo.Tais modificações, vale destacar, tornam-se mais recorrentes na medida em que a poluição das águas avança, que as temperaturas médias aumentam, e que em meio a condições adversas para sobreviver, os animais acabem se adaptando ao meio ou mesmo sofrendo com <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/34189-peixe-mutante-poderia-explicar-surgimento-de-membros-em-nossos-antepassados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mutações</a> e deficiências que eventualmente surgem. Ainda há lesões que causam efeitos semelhantes.Somado a tudo isso, a falta de imagens de peixinho-dourado meteoro é o que dificulta qualquer certeza, de modo que se especule a própria existência da espécie. Afinal, o peixe não foi documentado até então. Essa possibilidade foi considerada pelo Bristol Aquarists' Society há alguns anos, de modo que o peixe tenha ganhado fama de ser uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/lendas-urbanas/35738-3-lendas-urbanas-que-acabaram-se-provando-reais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lenda urbana</a>.Ou seja, por mais que algumas dessas lendas possam ter se mostrado reais, pelo menos neste caso, tudo indica que muito provavelmente os peixinhos encontrados recentemente tenham apenas sido vítimas de um acaso infeliz. De toda forma, eles foram batizados de Chicken Nugget e Tater Tot e ainda chegaram a ganhar contas nas redes sociais, para a apreciação de muitos observadores ao redor do mundo.

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Peixes-dourados encontrados em lago podem ser de espécie rara "lendária"

Os ortolans são pequenos pássaros europeus considerados uma iguaria culinária sem igual.

O ortolan é um pequeno pássaro migratório, primo do pardal, que tem o tamanho de um polegar e pesa cerca de 30 gramas. Essa ave pode ser encontrada principalmente na Europa e está envolvida em uma polêmica: ela é consumida como uma iguaria culinária francesa, tal como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123161-foie-gras-5-fatos-sobre-esse-curioso-prato-culinario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foie gras</a>.Supostamente é uma comida tão deliciosa que se alimentar dele compreende um ritual estranho: as pessoas cobrem a cabeça com um guardanapo enquanto consomem o pássaro inteiro, no intuito de bloquear os seus sentidos enquanto desfrutam exclusivamente de seu sabor.Mas há quem diga que as pessoas cobrem a cabeça de vergonha, pois o ortolan tem uma vida muito sofrida até chegar aos pratos – a ponto de a caça do bichinho ter sido proibida na União Europeia.<h2>O sofrimento do ortolan</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/18/18130914001171.jpeg" alt="(Fonte: Netflix)"><figcaption>Cena da série Billions onde os personagens se preparam para comer ortolans. (Fonte: Netflix)</figcaption></figure></figure>O pássaro ortolan é considerado uma iguaria pelo menos desde os tempos dos antigos romanos. Mas a forma como é capturado e preparado para o consumo é realmente terrível: primeiro, os caçadores franceses os pegam com redes chamadas matoles. Isso é feito à noite, que é quando eles saem para procurar comida. Depois de presos, os ortolans são mantidos em gaiolas escuras por três semanas e são forçados a se alimentar apenas de grãos e figos, até que dobrem de tamanho.Quando chegam no ponto desejado, eles são afogados em conhaque Armagnac, depenados, assados e colocados em um prato. É dessa forma que eles vão à mesa, que é quando os clientes cobrem a cabeça com um guardanapo, pegam o pássaro e o consomem em uma única mordida, devorando tudo menos o bico.Segundo o&nbsp;chef francês Michel Guérard, o ortolan "está envolto em gordura que tem sutilmente gosto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/culinaria/37124-8-fatos-que-voce-provavelmente-nao-sabe-sobre-nutella.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">avelã</a>. Comer a carne, a gordura e seus ossinhos quentes, todos juntos, é como ser levado para outra dimensão", afirmou em entrevista ao The New York Times&nbsp;em 2014.O famoso chef <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110442-veja-o-que-esteve-em-alta-em-todo-o-mundo-nas-buscas-do-google-em-2018.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Anthony Bourdain</a> também deu uma descrição parecida do sabor: "é uma espécie de onda quente de gordura, vísceras, ossos, sangue e carne, e é realmente delicioso", declarou em uma entrevista a Stephen Colbert em 2011.<h2>Como surgiu a proibição de caça?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/18/18131025896176.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Casal de ortolans. (Fonte: GettyImages)</figcaption></figure></figure>Em 1979, a União Europeia proibiu a caça do ortolan e o colocou na lista das espécies protegidas. Isso causou um efeito indesejado: ele se tornou tão raro que os ricos passaram a desejar ainda mais devorá-lo. Conta a lenda que quando o ex-presidente francês <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124136-5-lideres-mundiais-que-governavam-pela-astrologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">François Mitterrand</a> estava à beira da morte, em 1995, ele pediu uma refeição final luxuosa que incluía não um, mas dois ortolans.Já em 1997, o The New York Times divulgou uma notícia sobre um jantar secreto ocorrido na França apenas com comidas "proibidas". Uma delas seria justamente ortolans. Pratos compostos com esse pequeno pássaro também apareceram em séries como Billions e Succession, sempre sendo mostrados para saciar a gula dos milionários.Ocorre que a França proibiu a caça dos ortolans em 1999, mas a determinação só começou a ser colocada em prática cerca de dez anos depois. Ainda hoje, essas aves são capturadas, o que pode significar em breve o fim da espécie.Em 2019, foi publicado um estudo na Science Advances afirmando que dos 300 mil pássaros que migraram naquele ano da França, cerca de 30 mil foram caçados. "Se a caça ao ortolan continuar, isso levará ao seu desaparecimento. Remover 30 mil aves a cada outono da população que atravessa a França constitui uma contribuição significativa para o declínio da espécie", disse Frédéric Jiguet, professor do Museu Nacional de História Natural da França em entrevista à Smithsonian Magazine.

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Ortolan: o pássaro tão delicioso que foi proibido de ser caçado na Europa

Restaurar uma espécie à beira da extinção é um desafio monumental; e para o peixe-mão-vermelho, cada novo nascimento traz uma esperança renovada.

Os recifes da costa da Tasmânia abrigam uma das criaturas mais raras do mundo: o peixe-mão-vermelho. Com uma população estimada em apenas cerca de 100 adultos, esses peixes enfrentam uma ameaça de extinção devido à degradação do habitat e às mudanças climáticas.No entanto, um projeto de conservação pioneiro oferece uma chance única de sobrevivência para essa espécie única. Essa iniciativa oferece uma nova esperança para o futuro do peixe-mão-vermelho e de outras espécies ameaçadas.<h2>O renascimento de uma espécie</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/24/24201204310068.jpg" alt="Mãe peixe-mão-vermelha e seus ovos. (Fonte: University of Tasmania/Reprodução)"><figcaption>Mãe peixe-mão-vermelho e seus ovos. (Fonte: University of Tasmania/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apelidado de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105632-um-dos-peixes-mais-raros-do-mundo-e-visto-na-tasmania-e-ele-e-bem-bizarro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixe mais raro do mundo</a>", o peixe-mão-vermelho, conhecido cientificamente como Thymichthys politus, enfrenta uma ameaça iminente de extinção. No entanto, graças ao programa de reprodução em cativeiro, coordenado pela "Fundação para as espécies mais ameaçadas da Austrália", 21 filhotes foram criados com sucesso em 2023. Esse marco histórico representa um quarto da população selvagem conhecida desses peixes únicos, oferecendo uma nova chance para sua sobrevivência.A mãe dos peixes-mão-vermelho cuida dos ovos até a eclosão, após cerca de 50 dias. O objetivo final é reintroduzir esses filhotes na natureza, fortalecendo assim a população selvagem e garantindo sua sobrevivência a longo prazo. No entanto, antes de serem liberados no oceano, os filhotes passam por uma fase crucial de treinamento.<h2>'Escola' prepara os peixes para a vida selvagem</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/24/24202159243069.jpg" alt="Peixes-mão recém-nascidos em um aquário de laboratório. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Filhotes de peixes-mão em um aquário de laboratório. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os desafios são grandes após a eclosão, já que os filhotes emergem como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115303-instituto-ambiental-decreta-extincao-de-peixe-mao-australiano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes-mão</a> completamente formados, medindo apenas 10 milímetros de comprimento. Alimentá-los e garantir seu bem-estar é uma tarefa árdua, mas crucial para seu desenvolvimento saudável e sua futura sobrevivência na natureza.Financiada pela Fundação, a "escola de peixes" é uma iniciativa que visa desenvolver habilidades essenciais para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119249-tubarao-branco-por-que-e-impossivel-te-los-em-cativeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes criados em cativeiro</a>. Isso inclui a introdução de habitats complexos, interações com outras espécies e condições que eles provavelmente encontrarão na natureza. Essa fase de aclimatação oferece aos peixes a oportunidade de aprender comportamentos naturais, como procurar comida, encontrar abrigo e interagir com membros de sua própria espécie. O objetivo é aumentar suas chances de sobrevivência após a reintrodução na natureza.No entanto, a jornada não termina com o sucesso na "escola de peixes". O futuro do peixe-mão-vermelho e de outras espécies ameaçadas depende da restauração de seu habitat e da continuidade dos esforços de conservação. A reintrodução de filhotes criados em cativeiro na natureza é apenas um passo no longo caminho para a recuperação dessas espécies. Cada filhote de peixe-mão-vermelho representa uma nova esperança e um passo na direção certa para proteger essa espécie única e preciosa, preservando assim a rica biodiversidade das águas da Tasmânia e além.

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